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Set15

O Engenho de Erva Mate

Categorias // Flagrantes do mundo jurídico - Por Édison Vidal Lidos 52

 Quem percorrer a rua Marechal Floriano Peixoto, vindo do bairro para o centro, após atravessar a rua Visconde de Guarapuava e olhar para o lado esquerdo, nem vai imaginar que após o antigo casario da esquina (que tinha o nome de “Pensão Floriano”), funcionava o engenho de erva mate de propriedade do engenheiro e professor universitário Algacyr Munhoz Mader. A construção imponente do engenho tinha ao lado um enorme portão de ferro, que dava acesso ao pátio interno onde as dezenas de carrocinhas, puxadas por cavalo, transportavam os sacos de erva mate que chegavam na estação ferroviária de Curitiba e depois de beneficiados eram ou ensacados ou colocados em barris de madeira, para serem levados à mesma ferroviária com destino aos navios em Paranaguá, para serem exportados à Argentina e Uruguai; e por trem para São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Naquela época o mate para chimarrão e tererê era, depois do café e da madeira, o principal produto da economia do estado. E nos fundos, logo após o pátio onde os carroceiros e os animais muitas vezes paravam para descansar, tinha um enorme casa de madeira que servia de residência para o gerente e contador da firma, Alfredo Ribeiro, que era casado com Alayde Stinglin Ribeiro, meus tios, ela irmã de minha mãe. Passei grande parte de minha infância na casa de meus tios, pois eles tiveram um único filho que não era mais adolescente, e por serem meus padrinhos me levavam para dormir nos finais de semana. E por isto testemunhei a época (década de cinquenta) de ouro da erva mate, a concorrência com outros engenhos da Capital, e conheci de perto a rigorosa fiscalização que era feita pelo Instituto Nacional do Mate, um órgão importante da administração federal, cuja sede ocupava um dos andares do “Edifício Demeterco”, na praça Zacarias. Sei de tudo isto porque minha tia era funcionária federal, no cargo de tesoureira, do referido Órgão Público. O engenho depois de beneficiar a erva mate e também para vender no varejo acondicionava o produto dentro de uma pequena caixa de madeira, que era aberta pelo usuário empurrando para um dos lados a tampa superior, que deslizava por dentre dois sulcos existentes na parte interna, e abria sem nenhum esforço. Na face externa da tampa estava escrito: “Mate Indaiá” - produzido por Jordão Mader & Cia. Ltda (o Jordão era filho do Prof. Algacyr). O maior cuidado era a prevenção de incêndio por ser de alta combustão a erva mate, depois de seca. Dentro do engenho enormes pilhas de sacos da erva “in natura” que eram armazenados aguardando o processo mecânico do beneficiamento. O cheiro era forte, mas não enjoativo, e sempre um pó muito fino pairava por todo o interior da  construção. O serviço só era interrompido no final dos sábados, pois domingo era dia de descanso. Nestes dias então, no pátio do engenho, o meu primo Luiz Carlos Ribeiro reunia os amigos do “bairro” para a tradicional pelada de futebol, lembro que dentre os “jogadores” sempre estavam presentes o Jamil Lourenço, o Carlito (filho do dono da Churrascaria São João), o Jairo Campos Sales, o Jaime Lerner e tantos outros cujos nomes não trago mais na memória. E as vezes jogavam também vôlei. Curitiba não era como hoje, a população não chegava a quatrocentos mil habitantes , as pessoas se conheciam ao menos de vista, as famílias muito mais ainda, na Marechal Floriano passavam os bondes, as lotações, os fordinhos, chevrolet, Studebaker, Morris, Dodge, Cadilac e não existiam veículos nacionais. Tinham poucos edifícios e dava para contar nos dedos, poucos anúncios luminosos, mas o principal deles estava num prédio da Praça Zacarias, era propaganda da Caixa Econômica Federal, onde tinha a figura de um cofre e as moedinhas, em perfeita sincronia com o contorno luminoso em forma de moedas, apareciam de um lado do painel, andavam e caíam na abertura existente no teto do cofre. Hoje, ficou bem para traz o ciclo da erva mate, embora nos municípios vizinhos da cidade da Lapa, ainda existam muitos cultivadores do produto, e naquela cidade parece que ainda funciona o engenho do saudoso Sr. Alexandre Weinhardt Silveira
 que produz o famoso “Mate Legendário”. Espero que estas minhas reminiscências sirvam para uma leitura domingueira leve, com cenários que possam despertar curiosidade e para uma reflexão de que tudo passa, a vida é curta e por isto é importante saber viver…


“Fecho meus olhos e vejo no pátio do engenho de erva mate os carroceiros, de pé, em cima de suas diminutas carroças, levando sacos do produto, em direção a Estação Ferroviária de Curitiba. O vai e vem destes carrinhos, puxados por um só cavalo, era frenético, dezenas destes condutores ganhavam deste modo o pão de cada dia. Uma profissão que não existe mais. Era o retrato da provinciana Curitiba e seus empreendedores.”

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Blog da Bebel

A primeira bienal a gente nunca esquece

Após autografar seus livros solos e o lançar “Retalhos em flor”, Bebel Ritzmann autografou duas coletâneas das quais fez parte: “Mulheres Extraordinárias”, volume 3 da Rede Sem Fronteiras e “Navegar é preciso”, da AJEB São Paulo. “Fiquei surpresa com a Menção Honrosa que recebi da AJEB São Paulo pela poesia “Mapeando a vida”. Que venham mais surpresas por este caminho.

 

 

 

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Escritores da Oficina Literária lançam livros no Rio de Janeiro

Escritores da OLIP - Oficina Literária Ivan Proença, há mais de 50 anos no mercado, lançarão livros, no próximo dia 17.09, no Rio de Janeiro. O lançamento coletivo contará com a presença do professor Proença, vencedor do Prêmio Especial Esso de Literatura, que apresentará os autores. Participam do lançamento Isabel Corsetti com “Mosaico”, Ascensión Chanqués com “Revivo Renasço Rompo e Rasgo a Fantasia”, Bebel Ritzmann com “Retalhos em Flor” e José Leonidio com “Metamorfóse Friccional”.

 

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Universal Service da TK Elevator revoluciona o serviço de mobilidade urbana com cobertura multimarca e suporte global

A TK Elevator apresenta ao mercado, Universal Service, a plataforma de serviços de manutenção de equipamentos multimarcas, que engloba soluções inovadoras para atender os clientes de forma proativa, independente da marca e do modelo dos equipamentos que movem as pessoas em todo o mundo.       

 

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Flagrantes do Mundo Jurídico

Osso Atravessado na Goela

 Sabe “aquele” ossinho que fica escondido no meio da farofa de frango que engolimos, sem querer, mas fica enroscado na garganta ? Pois é, até hoje, e olhe que a eleição do Luiz Ignácio já faz um tempão, e eu continuo com o maldito pedacinho de osso enroscado nos meus “gorgomilos”. Não acredito (embora seja verdade) que o Bolsonaro perdeu uma eleição aparentemente fácil por ene motivos, contra um sujeito moralmente liquidado, rejeitado e mal amado. Mas perdeu, ninguém sabe como, mas perdeu.

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O Engenho de Erva Mate

Quem percorrer a rua Marechal Floriano Peixoto, vindo do bairro para o centro, após atravessar a rua Visconde de Guarapuava e olhar para o lado esquerdo, nem vai imaginar que após o antigo casario da esquina (que tinha o nome de “Pensão Floriano”), funcionava o engenho de erva mate de propriedade do engenheiro e professor universitário Algacyr Munhoz Mader.

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Ninguém Explica a Fórmula

 É como dizem por aí: “em questões de finanças ninguém decifra a burla do brasileiro.” E é uma verdade absoluta. Pois quanto maior a inflação e a dívida pessoal o brasileiro mais ostenta riqueza, não importa como, pois ele compra os melhores carros, frequenta os melhores clubes, viaja de avião, mora muito bem, tem casa ou apartamento na melhor praia, os filhos estão matriculados nos melhores colégios, tem esposa e as vezes também sustenta a outra, mas dinheiro mesmo para pagar todas estas despesas sempre é insuficiente.

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No balcão sem frescura

Não poderia ser outro!

 Nunca duvidei desde muito tempo que o tal do Dino seria indicado pelo Luiz Ignácio  como candidato ao STF na vaga da Rosa Weber; e a previsão se confirmou

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Italianos e o Churrasco...

Quando criança, íamos passar o final de semana na chácara em São Luiz do Purunã. Me recordo de acordar aos domingos com o sino da igreja soando de maneira extremamente delicada, é algo que até hoje tem um significado

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Festival de Petisco em bares de Curitiba

Os amantes das comidas típicas de bares assim como eu, poderão se deliciar com o 1º Festival de Petisco de Curitiba

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Mamãe, eu quero!

Concerto de Natal beneficente terá entrada gratuita no Teatro Positivo

Apresentação adiciona tecnologia e interatividade a espetáculo de música e dança

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Espetáculo inovador de teatro ilusionista no Ave Lola

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Cada vez mais as road trips são um novo segmento de destaque entre os Brasileiros. O resgate de viajar de carro é poder explorar e conhecer sem pressa os encantos de cada região

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Barreado fora de Morretes!!

Com esses dias frios, nada como comer bem. A dica de hoje é uma tradicional receita do litoral Paranaense: o barreado. Mas nem só em Morretes, podemos degustar essa maravilha e por isso mesmo listamos algumas opções locais imperdíveis

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Sim, a notícia mais comentada da semana no setor de Turismo, depois das Olimpíadas, foi a divulgação da companhia aérea holandesa KLM que a partir de agosto, passará a servir chope de barril em seus voos

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Em setembro de 2022, Portas se abrem para os fãs de Marisa Monte em Curitiba

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Positivo faz concerto internacional de Natal no Barigui

Inspirado nos grandes festivais europeus, Clássicos Positivo leva orquestra filarmônica ao parque em duas apresentações, abertas e gratuitas, no dia 11 de dezembro

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