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Set15

O Engenho de Erva Mate

Categorias // Flagrantes do mundo jurídico - Por Édison Vidal Lidos 159

 Quem percorrer a rua Marechal Floriano Peixoto, vindo do bairro para o centro, após atravessar a rua Visconde de Guarapuava e olhar para o lado esquerdo, nem vai imaginar que após o antigo casario da esquina (que tinha o nome de “Pensão Floriano”), funcionava o engenho de erva mate de propriedade do engenheiro e professor universitário Algacyr Munhoz Mader. A construção imponente do engenho tinha ao lado um enorme portão de ferro, que dava acesso ao pátio interno onde as dezenas de carrocinhas, puxadas por cavalo, transportavam os sacos de erva mate que chegavam na estação ferroviária de Curitiba e depois de beneficiados eram ou ensacados ou colocados em barris de madeira, para serem levados à mesma ferroviária com destino aos navios em Paranaguá, para serem exportados à Argentina e Uruguai; e por trem para São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Naquela época o mate para chimarrão e tererê era, depois do café e da madeira, o principal produto da economia do estado. E nos fundos, logo após o pátio onde os carroceiros e os animais muitas vezes paravam para descansar, tinha um enorme casa de madeira que servia de residência para o gerente e contador da firma, Alfredo Ribeiro, que era casado com Alayde Stinglin Ribeiro, meus tios, ela irmã de minha mãe. Passei grande parte de minha infância na casa de meus tios, pois eles tiveram um único filho que não era mais adolescente, e por serem meus padrinhos me levavam para dormir nos finais de semana. E por isto testemunhei a época (década de cinquenta) de ouro da erva mate, a concorrência com outros engenhos da Capital, e conheci de perto a rigorosa fiscalização que era feita pelo Instituto Nacional do Mate, um órgão importante da administração federal, cuja sede ocupava um dos andares do “Edifício Demeterco”, na praça Zacarias. Sei de tudo isto porque minha tia era funcionária federal, no cargo de tesoureira, do referido Órgão Público. O engenho depois de beneficiar a erva mate e também para vender no varejo acondicionava o produto dentro de uma pequena caixa de madeira, que era aberta pelo usuário empurrando para um dos lados a tampa superior, que deslizava por dentre dois sulcos existentes na parte interna, e abria sem nenhum esforço. Na face externa da tampa estava escrito: “Mate Indaiá” - produzido por Jordão Mader & Cia. Ltda (o Jordão era filho do Prof. Algacyr). O maior cuidado era a prevenção de incêndio por ser de alta combustão a erva mate, depois de seca. Dentro do engenho enormes pilhas de sacos da erva “in natura” que eram armazenados aguardando o processo mecânico do beneficiamento. O cheiro era forte, mas não enjoativo, e sempre um pó muito fino pairava por todo o interior da  construção. O serviço só era interrompido no final dos sábados, pois domingo era dia de descanso. Nestes dias então, no pátio do engenho, o meu primo Luiz Carlos Ribeiro reunia os amigos do “bairro” para a tradicional pelada de futebol, lembro que dentre os “jogadores” sempre estavam presentes o Jamil Lourenço, o Carlito (filho do dono da Churrascaria São João), o Jairo Campos Sales, o Jaime Lerner e tantos outros cujos nomes não trago mais na memória. E as vezes jogavam também vôlei. Curitiba não era como hoje, a população não chegava a quatrocentos mil habitantes , as pessoas se conheciam ao menos de vista, as famílias muito mais ainda, na Marechal Floriano passavam os bondes, as lotações, os fordinhos, chevrolet, Studebaker, Morris, Dodge, Cadilac e não existiam veículos nacionais. Tinham poucos edifícios e dava para contar nos dedos, poucos anúncios luminosos, mas o principal deles estava num prédio da Praça Zacarias, era propaganda da Caixa Econômica Federal, onde tinha a figura de um cofre e as moedinhas, em perfeita sincronia com o contorno luminoso em forma de moedas, apareciam de um lado do painel, andavam e caíam na abertura existente no teto do cofre. Hoje, ficou bem para traz o ciclo da erva mate, embora nos municípios vizinhos da cidade da Lapa, ainda existam muitos cultivadores do produto, e naquela cidade parece que ainda funciona o engenho do saudoso Sr. Alexandre Weinhardt Silveira
 que produz o famoso “Mate Legendário”. Espero que estas minhas reminiscências sirvam para uma leitura domingueira leve, com cenários que possam despertar curiosidade e para uma reflexão de que tudo passa, a vida é curta e por isto é importante saber viver…


“Fecho meus olhos e vejo no pátio do engenho de erva mate os carroceiros, de pé, em cima de suas diminutas carroças, levando sacos do produto, em direção a Estação Ferroviária de Curitiba. O vai e vem destes carrinhos, puxados por um só cavalo, era frenético, dezenas destes condutores ganhavam deste modo o pão de cada dia. Uma profissão que não existe mais. Era o retrato da provinciana Curitiba e seus empreendedores.”

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Blog da Bebel

Advogada paranaense lança segunda edição do livro de poesias “Você é o que Você Sente”

A advogada Rafaela Aiex Parra, reconhecida por seu trabalho ligado ao Direito Agrário e ao Agronegócio, com uma série de livros jurídicos publicados, lança no dia 26.11, no espaço multicultural Honey Vox, a segunda edição de seu livro de poesias, “Você é o que Você Sente”. O material reúne 40 contos, de leitura dinâmica e envolvente. Na primeira edição, a autora reuniu 25 poemas, publicados em 2018.

 

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Obra Hudson Melo exposta na Artestil encanta público

O artista piauiense Hudson Melo e a galerista Liliana Cabral abriram a mostra individual Muitos Caminhos, com doze obras em óleo sobre tela, na Artestil Galeria de Arte, no Batel. O público se encantou com o conjunto da obra urbana, colorida e contemporânea do artista, que segue em exposição até 22 de novembro.

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Thayana Barbosa em dose dupla, no Paiol e no Kraide

A cantora e compositora Thayana Barbosa começa no palco do Teatro do Paiol, em Curitiba, a turnê de lançamento presencial de seu mais recente trabalho, o disco Toda Pele. Depois de Curitiba, ao longo de 2025, outras oito cidades, de todas as regiões do estado, receberão o show da turnê, sempre com entrada franca.

 

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Flagrantes do Mundo Jurídico

No Tempo da Mimosa

Ouvi dias atrás na rádio BandNews Curitiba, o âncora do programa matinal, comentar com indignação o quanto subiu o preço da carne, do abacate e da laranja, com alegação de que a inflação e a falta de alguns produtos estão encarecendo a vida dos paranaenses. É claro que a inflação por si só já é o fator principal da carestia, reflexo de um desgoverno federal inoperante, e da alta  do dólar, moeda que está atrelada na economia dos países emergentes, que influem de forma direta no custo de vida.

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Para Os Amigos Tudo

 A panelinha dos compadres, amigos e militantes está funcionando a todo vapor, nunca nenhum governo que não fosse petista, soube aproveitar tão bem para aparelhar o Estado brasileiro com pessoas subservientes e agradecidas. Um exemplo clássico? A atual composição do STF onde  a maioria dos inquilinos ou foi nomeado pelo Luiz Ignácio ou pela  Dilma, levando em conta que o Temer também um escolheu um a dedo, o Xandão, quando o seu partido MDB estava , mais do que nunca, alinhado (como sempre esteve) com Lulapetismo

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A Morte do Português

 Você sabia que na última sexta-feira o STF começou a julgar o uso da linguagem neutra nas escolas brasileiras? Ah, não sabia não? Mas é verdade, sente, relaxe e não pense que vem coisa boa por  aí, pois referida Corte de Justiça em precedentes publicados, já alinhavou a possibilidade de admitir a “morte do português”. É claro que por inconformismo da animada turma LBTI e pela Associação Brasileira de Famílias Homoafetivas, que se insurgiram contra uma lei do Município de Votorantin (SP) proibindo o ensino da linguagem neutra nas escolas públicas e privadas, a questão novamente será abordada judicialmente para não despertar a ira das minorias

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No balcão sem frescura

Não poderia ser outro!

 Nunca duvidei desde muito tempo que o tal do Dino seria indicado pelo Luiz Ignácio  como candidato ao STF na vaga da Rosa Weber; e a previsão se confirmou

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Italianos e o Churrasco...

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O público paga quando quiser no ingresso, ao final do espetáculo

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Viajar de carro no Brasil

Cada vez mais as road trips são um novo segmento de destaque entre os Brasileiros. O resgate de viajar de carro é poder explorar e conhecer sem pressa os encantos de cada região

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Barreado fora de Morretes!!

Com esses dias frios, nada como comer bem. A dica de hoje é uma tradicional receita do litoral Paranaense: o barreado. Mas nem só em Morretes, podemos degustar essa maravilha e por isso mesmo listamos algumas opções locais imperdíveis

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Chope nas alturas

Sim, a notícia mais comentada da semana no setor de Turismo, depois das Olimpíadas, foi a divulgação da companhia aérea holandesa KLM que a partir de agosto, passará a servir chope de barril em seus voos

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Curso: designer de sobrancelhas, um mercado promissor e rentável

Com aulas didáticas e metodologia simplificada, o curso de design de sobrancelhas, ministrado por Livia First, ensina os segredos para quem deseja se aprimorar ou entrar neste vantajoso segmento da estética facial.

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