O Furacão Janot!
Hoje, 15 de setembro de 2017, sexta feira.
Na antevéspera de deixar o cargo o Procurador Geral da Republica Rodrigo Janot, ou mostrou afinal suas garras afiadas de homem da lei ou perdeu totalmente o juízo! Num primeiro momento é difícil saber ao certo qual o seu verdadeiro papel. Por quê? Porque nos três primeiros anos de seu mandato não denunciou gente importante, ademais dizem os noticiosos que muitos inquéritos de repercussão permaneceram em berço esplêndido nas gavetas de sua escrivaninha.
E de repente, num passe de mágica, como que despertando de seu torpor letárgico resolveu abrir o arsenal da Procuradoria e passou a atirar contra tudo e contra todos. Não se importou com quem estava fora ou dentro da mira, atirou para todos os lados e acertou em velhas e conhecidas raposas da República. Nomes de peso que fizeram ninho na vida pública através das asas fáceis da política, pois nas condições de caciques de seus partidos políticos sempre foram alcançados por tratamentos aquinhoados de privilégios.
Fórmula facilitadora de suas inacabáveis reeleições. Deputados e senadores profissionais, macacos velho da nova selva brasiliense, lá proliferaram no solo seco, porém fermentado pela podridão da corrupção. É espantoso o rol das "autoridades" e "ex-autor idades" que foram atingidos em cheio pela chuva de chumbinho da garrucha sem uso do Janot, munição retirada dos barris recheados pelas delações premiadas.
São fatos ou ilações? Além das delações existem provas palpáveis? Na aparência as denúncias materializadas nestas últimas semanas trazem detalhes aparentemente circunstanciados de fatos estarrecedores que, se provados, vai implodir à política brasileira e fazer ressurgir uma nova ordem de políticos alinhados na conduta cívica. Porém, se não julgadas procedentes gerará um estado geral de frustração e de total desconfiança nas atuações pretérita e futura do Ministério Público brasileiro.
E já não faltam vozes gritando "quem fiscalizará o fiscal da lei?" Clamor ainda tímido, mas nada benfazejo para as atuações dos atuais Procuradores da República e Promotores de Justiça, que receberam de mão beijada dos antigos integrantes do Parquet a total autonomia funcional e financeira para atuarem como lídimos e únicos guardiões da Lei.
As consequências dos tiroteios de Janot só poderão ser aferidas com o passar do tempo. Vozes poderosas de combativos advogados estão tentando desde já desmerecer o conteúdo das acusações e desacreditar as delações porque nascidas de criminosos confessos.
Enfim, o filme de faroeste está começando na tela jurídica enquanto o principal xerife, logo nas primeiras cenas está na iminência de deixar o cast. dos atores principais. Será que a nova xerife terá fôlego e um cavalo tão rápido para alcançar e prender os ladrões? É o que os pobres figurantes chamados de “povo brasileiro”, verão nos próximos capítulos...
“Janot é como um homem que está no cadafalso da História. Se as denúncias prosperarem terá uma página especial. Caso contrário, será lembrado porque perdeu a cabeça!"
Edson Vidal Pinto