O futuro alcaide curitibano
Uma análise política do atual quadro eleitoral e as chances dos pré-candidatos ao cargo de Prefeito Municipal de Curitiba. Uma visão realista para ser cobrada pelos leitores de minhas crônicas no final do pleito. Vamos ao assunto, sem dó e nem piedade. A capital do Paraná, Curitiba, por ser um cidade que na sua história teve grandes prefeitos que lhe deram invejável aporte urbanístico e modernidade, proporcionando alta qualidade de vida aos seus habitantes como tal reconhecida internacionalmente, sempre despertou nos políticos até entre os mais despreparados o desejo de querer ser o seu timoneiro-mor. Neste ano a disputa eletiva do cargo de Prefeito Municipal elenca dentre os postulantes pelo menos cinco nomes conhecidos dos eleitores : dois jovens e idealistas democratas e três velhas e conhecidas raposas da velha política que já ocuparam o cargo anteriormente, mas não se destacaram dentre os prefeitos mais inovadores e criativos. Quanto aos dois primeiros - Eduardo Pimentel e Ney Leprevost - ambos ao que tudo indica são os mais preferidos dos curitibanos, Pimentel por ser o vice-Prefeito cuja experiência adquirida em razão do cargo lhe dá amplo conhecimento dos problemas do município, portanto, bem habilitado ao posto; o Ney, ocupando uma cadeira de deputado estadual, de há muito tempo tem colocado seu nome como pré-candidato e está sempre disposto a concorrer para alcançar seu intento, tendo ao seu favor vontade política e idéias para implantar projetos que impulsionem ainda mais a cidade. De outra banda, aparecerem no páreo dois ex-governadores - Roberto Requião e Beto Richa - ambos tentando ressurgir das cinzas, o primeiro aposentado compulsoriamente da política e escanteado pelo Governo Federal; e o outro tentando reverter o desgaste de um rumoroso processo criminal que acabou extinto no joelho do Tofoli. E dentre estes, também, o deputado federal Luciano Ducci, do PDT e teleguiado do Lulapetismo para servir de aríete e abrir espaço para a esquerda implantar sua bandeira no município. E todos os outros candidatos menos cotados são os inocentes úteis de partidos políticos para aparecerem com suas siglas nas urnas eletrônicas. São anões entre os gigantes. E as chances de cada um dos cinco candidatos nominados? Neste momento que antecede as Convenções Partidárias é possível depreender que o Eduardo Pimentel além de receber o apoio do Prefeito Rafael Greca terá, ao menos do que se sabe até aqui, também o apoio do Governador Ratinho, aparecendo, em razão destes dois cabos eleitorais de relevo a possibilidade viável de poder ser eleito. Por seu turno o Ney Leprevost tem ao longo dos anos feito contatos importantes para alicerçar sua eleição, sendo habilidoso e trabalhador por isto tem chances, porém mais remota, de chegar ao seu sonhado objetivo. Quanto aos governadores referidos parece que serão meros protagonistas nas eleições por terem os votos de seus eleitores mais fiéis (que não são muitos) e dentre aqueles que participaram de seus governos, parentes, amigos e nada mais. Seus passados são seus próprios estorvos. Suas candidaturas não empolgam mais ninguém. E o homem do Luiz Ignácio, da Gleisi e da foice e do martelo? Ele vem com o poderio do Governo Federal no bolso, pois não faltará dinheiro para sua campanha e nem simpatizantes canhotos para arregimentar um número razoável de eleitores, mas, insuficiente para sua eleição. O curitibano não é bobo e saberá muito bem proteger sua cidade dos predadores e daninhos, que querem fazer seus ninhos para beneficiar os indesejáveis…
“A eleição para a Prefeitura Municipal de Curitiba terá ao que parece um grande número de candidatos, porém, dentre estes, apenas dois com chances de serem eleitos. Eduardo Pimentel e Ney Leprevost. Todos os demais serão figurantes ou porquê já foram e os curitibanos conhecem muito bem, ou porquê são inocentes úteis de partidos inexpressivos.”