O Livro dos Livros.
Para quem está muito próximo dos dois últimos degraus para alcançar a idade de oitenta anos; e portanto presenciou modificações extremas da sociedade humana durante este longo tempo de vida, inclusive com opiniões de grandes líderes que surpreendem e impactam a opinião pública, vivenciando, também, a mudança nunca esperada do comportamento ético e moral dos indivíduos, faltava quase nada para esperar pelo pior de tudo. Mas vamos devagar para chegar ao pomo da questão. O que ontem era indecente e pérfido hoje é aceito e aí daqueles que não tolerarem a licenciosidade imposta porquê são tripudiado e publicamente execrados pelos mais pervertidos.
Sei que é um tema perigoso de abordar porque logo vem a enxurrada de ofensas para atribuir aos que pensam de maneira contrária o pejo de discriminador e intolerante, usualmente empregados para impedir ou inibir qualquer reação.
No Brasi, do momento atual, parece que só tem vez e lugar na administração do Estado para exercer cargos comissionados de relevo, pessoas processadas, condenadas, com biografia repleta de escândalos e minorias oportunistas. E claro sem mencionar os comunistas porque o momento político é só para eles. Sob outro prisma é inegável que mundo está em efervescência moral, política, bélica e econômica. Lembro que nas ocasiões de maior desesperança e ceticismo, quando nem o ONU de outrora conseguia buscar um entendimento entre as Nações, orientar os dirigentes para encontrar o melhor caminho para superar as divergências nas suas diversas modalidades, surgia, de repente, uma única voz que através da serena prudência e cuidadoso enfoque indicava a solução dos problemas que era de pronto acatada, até pelos ateus. O personagem em questão era o Papa, líder da religião católica, homem ungido para ocupar a cadeira de Pedro, sempre um filósofo, um pensador quase Santo, que servia e dignificava os seres humanos espargindo luz para iluminar com inteligência e coerência a escuridão do mundo. Ninguém ousava divergir porque suas palavras sempre apropriadas eram benfazejas e aplacavam a ira dos mais exaltados. Só que a Igreja de Pedro também foi alcançada pela ideologia da utopia. Com Bento XVI foi encerrado um ciclo que marcou o comportamento da geração que pertenço, porque o atual Papa oriundo da Ordem dos Jesuítas, o ramo mais radical da esquerda religiosa, por insistir em que os excluídos tenham lugar e vez na “Mesa do Senhor” sem freiar seus excessos e por tolerar todas as suas idiossincrasias tem colocado em polvorosa os fiéis mais fervorosos. A CNBB que reúne os bispos brasileiros dá mostras evidentes que segue fielmente a orientação do Francisco, calando-se às injustiças do novo governo e fazendo ouvidos de mercador aos reclamos de seu “rebanho”. É um grupo de homens que acredita piamente na inocência do Luiz Ignácio. É claro que no conjunto da obra o catolicismo tem perdido número cada vez maior de seguidores, porque religião e política partidária nunca caminharam de mãos dadas, por ser aquela o trigo e esta o joio. E pior. Agora o controvertido Francisco que diz coisas maravilhosas em suas homilias quando fala da família, alardeia para o mundo todo que a Bíblia está obsoleta e é preciso reescrever a mesma para atualizar sua aceitação pelos fiéis. Vale dizer : será uma segunda edição , melhorada, mais atualizada, com comentários contemporâneos do frei Beto para compatibilizar com o que pensam os bispos e os Príncipes da Igreja. Pode ? Tem cabimento ? Cada um julgue como quiser. Acho, sim, que estamos muito próximo do final dos tempos. Tomara que na nova redação da Bíblia (para melhor) o cenário hediondo do Apocalipse ceda lugar a um típico carnaval de rua baiano, onde as almas sejam iguais (como manda o bom figurino) e que a farra seja do gosto do capeta…
“Já pensou em alterar o conteúdo da Bíblia Sagrada para adaptar aos novos tempos ? Adão seria uma borboleta e a Eva um coturno militar. Seus descendentes seriam assexuados e filiados ao PT. Só o Luiz Ignácio seria ele mesmo -, tudo ao gosto do Frei Beto.”
Édson Vidal Pinto