O Maduro Morreu ou a Venezuela Mudou de Endereço?
Hoje, 17 de novembro de 2.017, sexta-feira.
O pretexto de que hoje em dia a internet trás a notícia em nossa casa na mesma hora em que os fatos acontecem, razão pelo qual nossa cidade não tem nenhum jornal que preste, não é menos verdade que assim que os fatos são destaques na mídia eles da noite para o dia desaparecem por encanto.
Exemplo? Lembram que os acontecimentos nefastos gerados pelo ditador Maduro da Venezuela foram noticiados com alardes, o povo oprimido e esfomeado, a brutalidade dos militares e os arroubos inconsequentes do bolivariano presidente mereceram toda a atenção da Imprensa brasileira.
De repente, como um passe de mágica, todo aquele descalabro de notícias simplesmente deixou de existir. Evaporou. Ninguém mais fala do tresloucado Maduro e muito menos da situação trágica do povo venezuelano. O que aconteceu? O Maduro de tão maduro caiu do galho ou a Venezuela mudou de endereço e se mudou para o longínquo Polo Norte? Pois ninguém dá mais notícias de nenhum deles; eles deixaram de existir.
As notícias são assim: no primeiro momento vale o sensacionalismo do momento; depois os comentários cáusticos e tenebrosos dos jornalistas palpiteiros; e por fim, o esquecimento absoluto. A notícia deixa de existir quando falta assunto ou porque se tornou insossa e sem atrativos para o grande público. Na imprensa a notícia requentada e contumaz cai no esquecimento porque se tornou banalizada.
A violência no Rio de Janeiro tornou-se fato corriqueiro, os escândalos dos políticos brasileiros e as reiteradas denúncias contra os homens públicos, assim como as mortes no trânsito, estão saturando o povo porque as punições estão engavetadas. Ninguém mais se importa com que possa acontecer. Mais algum tempo a mídia deixará de noticiar esses fatos criminosos e tudo ficará como sempre foi.
Daqui a pouco alguém poderá perguntar: acabaram os escândalos e as corrupções desenfreadas? Ninguém mais fala deles. Será que todos nós morremos ou o Brasil mudou para o longínquo pré-sal? Será este mesmo este o nosso futuro? É o que parece, pelo andar da carruagem...
“Quando o toque é feito na mesma tecla, de duas uma: ou ela acaba quebrando ou enche o saco. A repetição da notícia é atrativa num primeiro momento e depois corriqueira. A contumácia gera aceitação!
Edson Vidal Pinto