O Mito
Pensando bem o Luiz Ignácio tem razão de ter ciúme doentio do Bolsonaro, pois este desfruta de imensa popularidade em todo o país, é ovacionado por onde passa, pedem para tirar fotografia ao seu lado, é líder de todos os motoqueiros, as crianças gritam pelo seu nome, tem uma mulher bonita, e além de tudo isto é chamado de “mito”. Só que ninguém explica porque é considerado um mito. Graças a Deus não sou e nem sonho em ser, mas se eu fosse o Luiz Ignácio acho que nesta hora também estaria enciumado do ex.
Mas por quê mito? Vamos raciocinar juntos: o Bolsonaro quando Presidente montou o melhor e o mais capacitado grupo de pessoas para a sua equipe de trabalho, na maioria técnicos colocados nos Ministérios certos; viajou sem proporcionar grandes gastos, não houve escândalos de desvio de dinheiro público no seu governo que tivesse maculado sua gestão, embora seus filhos tivessem dado o que falar. Teve o melhor Ministro da Fazenda de toda a história da República e quando saiu do governo deixou muito dinheiro em caixa. Fez grandes obras e terminou todas elas no período de seu mandato. Lembrando que a nova ponte que liga o Brasil ao Paraguai só não foi inaugurada até agora por birra do Luiz Ignácio. No seu período de governo a economia estava controlada apesar de dois anos da pandemia do COVID. Mas nem tudo foi um mar de rosas, pelo contrário, pois iniciou brigando com a poderosa Rede Globo de Televisão numa guerra em que sua imagem foi triturada, seu governo tripudiado e sua família escorraçada. Até a morte da tal Marielle tentaram fazer respingar na biografia do capitão. E isto tudo aconteceu num período em que a governabilidade do ex estava em frangalhos, pois lhe faltava apoio político para conter a ganância desenfreada dos parlamentares. Como resultado o Bolsonaro acabou nas mãos do “Centrão”, um grupo muito assemelhado ao PCC (guardadas as devidas proporções). Com todas estas amarras puxou o freio de mão para não sair mais tosquiado, por sorte contou com o apoio de milhares de patriotas que confiando na sua liderança perante as FFAA foram nas frentes dos quartéis porque temiam pelo avanço dos canhotas nas eleições que se avizinhavam. E as motivações para tais manifestações populares decorreram da insegurança jurídica, impunidade e decisões monocráticas e colegiadas do TSE do STF sem muito viés jurídico. Antes da eleição o Bolsonaro construiu com suas aparições públicas e manobras de motociclista a figura de um “mito”, alguém que teria uma cartola mágica para no último minuto encontrar a melhor saída para o país. Mesmo “derrotado” nas urnas não renunciou suas aparições na frente do Palácio Alvorada para o delírio de seus seguidores, dando falsas esperanças ao povo. E quando a vaca foi mesmo para o brejo optou por viajar aos EEUU, deixando para trás incertezas e dúvidas, lavando as mãos como fez Pôncio Pilatos. O Luiz Ignácio no dizer do Barroso “tomou” o poder e está se deliciando com ele até hoje, mas o homem do momento ainda continua sendo o Bolsonaro, o mito. O Presidente de verdade, que felizmente hoje está na Europa passeando, carrega o peso do descrédito público, do engodo, da incompetência e da ladroagem explícita. Enquanto que o “mito” continua com o seu prestígio nas alturas, um cabo eleitoral que tudo o político quer, embora, politicamente falando ele não seja de nada. Perdeu uma eleição que era sua, contra um adversário sem um pingo de moral, tudo porque não soube matar um pequeno inseto com própria unha. Então? O Luiz Ignácio não tem razão de ficar fulo da vida? Claro que tem,pois embora esteja Presidente não está com nada; por seu turno o Bolsonaro que não não é nada, está com tudo…
“Se for analisar com olho clínico o Bolsonaro de mito não tem nada; mas como o apelido vem do povo pegou para a vida toda. Quanto ao Luiz Ignácio o título honorífico que o povo lhe deu de ladrão, também, será sua marca registrada na longa estrada da vida.”