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Mar05

O toc toc do tamanco

Categorias // Flagrantes do mundo jurídico - Por Édison Vidal Lidos 236

Tem dias que levanto nostálgico e lembro passagens de minha infância, da imagem serena e carinhosa de meu avô paterno Gustavo Vidal Pinto filho de portugueses,  porém nascido em Antonina. Vovô viveu a maior parte de sua vida no mar, dedicou-se a Marinha Mercante antes e depois que sua esposa Hanna Maria (minha avó) faleceu quando nasceu meu pai, só retornando para sua terra natal depois que sentiu o peso da idade. Ele faleceu quando eu tinha nove anos de idade mas lembro de seu carinho para comigo, do jeito que ele fazia na plataforma da estação ferroviária quando o trem chegava e ele me puxava pela janela, apertando-me nos seus braços. Ah, que saudades! E todas as vezes que íamos visitá-lo e ficávamos em sua casa dois ou três dias, a cena da estação se repetia e por toda minha vida lembro do abraço carinhoso de meu avô. Ele morava atrás da Igreja de São Benedito em uma casa de material cuja frente dava para a calçada e a porta de entrada ficava dia e noite aberta. Sinal dos bons tempos. E como um velho marujo meu avô tinha dois papagaios, ambos falavam de tudo, um deles se chamava “Vovô” e era velho e temperamental. Vivia preso com uma corrente no pé que estava afixada em seu poleiro, pois solto quando ele não gostava de uma pessoa ele atacava e queria bicar. Não gostava de provocação e muito menos da letra da música de carnaval “Nega Maluca”, quando alguém cantava ele   eriçava as penas e dizia palavrões. A casa era simples, mas muito bem arejada, com fotos de meus bisavós pendurados na parede, bem como do meu pai e da minha mãe. Meu pai era filho único. A cidade de Antonina era toda ela de paralelepípedo, com casarios antigos, a praça principal com o seu coreto, rodeada de árvores e bancos, entre os jardins. Numa área elevada está a Igreja de Nossa Senhora do Pilar, a Padroeira, com a porta da frente voltada para o mar de onde os moradores rés e turistas podem enxergar ao longe os contornos do Porto de Paranaguá. Um passeio imperdível continua sendo a Ponta da Pita com seus bares  típicos e sua prainha para um bom banho de mar. Do iate clube muitos barcos e veleiros saem e voltam depois  de fazerem manobras na baía, com alguns pescadores praticando seus esporte prediletos, ou em visita às ilhas mais próximas.
A beleza da baía de Antonina , para quem gosta do mar, é inesquecível. Nos velhos tempos o Mercado Municipal era agitado, com canoas chegando de todos os lados, repletas de peixe,  camarão, palmito, laranja, mimosa, cana de açúcar e melado. Era um tal de vender e comprar sem parar. Também tinha um canto reservado para o comércio de ostras, podendo seus apreciadores comerem as mesmas, salpicadas por gotas de limão espremido com as mãos. Tinham carrinhos de garapa espalhados ao redor do Mercado, tudo com muita higiene e cuidado, fiscalizados por funcionários da Prefeitura. E tinha também o melhor bolinho de camarão feito com muito esmero nas bancas do Mercado. E claro não faltavam os bolinhos de banana da Terra e os pastéis.  Ao lado do mercado o trapiche de madeira avançando em direção do mar. Um espaço que os turistas curtiam e os rapazes da cidade diziam de trampolim para mergulharem n’agua. E como reflexo da tradição portuguesa tinha os tamancos de madeira, calçado obrigatório dos pescadores pela facilidade de calçar e tirar quando precisavam colocar os pés na água do mar. E muitos pescadores colocavam os peixes em balaios de vime que eram transportados no ombro, por duas pessoas, pendurados pelo remo da própria canoa, para serem vendidos por toda a cidade. Lembro até hoje do toc, toc, toc, dos tamancos numa sinfonia cadenciada e que mais parecia um sapateado dos homens do mar. Esta a Antonina do tempo de meu avô, uma pequenina pérola encrustada no litoral do estado, repleta de histórias e de gente simplesmas que ama sua terra, tanto quanto ama o mar…


“É difícil falar de Antonina sem lembrar a Fonte da Santa, a Maria Fumaça, o Morro do Bom Brinquedo, o Bairro da Graciosa, a Banda de Antonina, o bloco dos Apinajé, a Casa do Sr. Winther e o Velho trapiche de madeira. Foi o primeiro porto do Paraná. Uma terra de gente forte, hospitaleira e feliz.”

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Blog da Bebel

O curitibano Alexandre França retorna aos palcos da capital após 6 anos

Um dos nomes de destaque da cena de compositores da cidade, Alexandre França volta aos palcos da cidade para uma única apresentação no Wonka bar, dia 15 (terça), após um hiato de seis anos, dentro do projeto Porão Loquax. No show, França vai mostrar seu repertório novo, misturado à alguns clássicos de seu repertório, como “Inverno” e “Mercadoramama”. Ao seu lado no palco estarão os músicos Mauro Castilhos (percussão), Cláudio Rombauer (baixo) e Gilson Fukushima (guitarras), além da participação especial de Nati Bermúdez.

 

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Thayana Barbosa finaliza temporada do projeto 

No palco do simpático teatro José Maria Santos, na região central de Curitiba, a cantora e compositora Thayana Barbosa encerra a temporada do projeto Toda Pele – Escola no Teatro. Pensado cuidadosamente para dar a estudantes a oportunidade de vivenciar uma experiência completa de assistir a um show musical com todos os detalhes que uma produção profissional oferece, o projeto começou em 2024 e lotou os teatros Cleon Jacques e o Paiol, com um total de público próximo de mil pessoas.

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Academia Feminina de Letras do Paraná dá posse à escritora Bebel Ritzmann

Nesta sexta-feira (21.02),  a Academia Feminina de Letras do Paraná realizará uma cerimônia especial para empossar a escritora Bebel Ritzmann, que passará a ocupar a Cadeira nº 6. O evento está marcado para às 15h, no Teatro Chloris Casagrande Justen, em Curitiba, e reunirá amantes da literatura, admiradores da autora e representantes do meio cultural.

 

 

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Flagrantes do Mundo Jurídico

Abominável Violência

A crescente onda de criminalidade que tomou conta do país só não é sentida por quem nunca (ainda) sofreu na pele o dano psíquico ou a dor física da brutalidade, pois as sequelas causadas nas vítimas, são de consequências imprevisíveis. E digo isto por conhecimento próprio. Foi num sábado pela manhã, do mês de janeiro (década de 1.970) na praia de Copacabana - RJ, quando em férias com a família, eu e meus dois filhos (estes menores de idade) fomos assistir um jogo de futebol entre jogadores famosos, bem próximo do Posto 5, imediações da rua Santa Clara com a Av. Atlântica, enquanto meus meninos ficaram próximos da calçada eu resolvi assistir do outro lado do campo de areia, perto do mar.

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A Matinê do Cine Ópera

A gurizada aguardava ansiosa a chegada do domingo pois as 10 horas da manhã no Cine Opera, localizado na menor avenida do mundo a Luiz Xavier, começava a sessão de desenhos animados com uma hora e alguns minutos de duração. Devem lembrar disto, quase com certeza, dos sessentões em diante, época em que os filmes de desenho, como, também, os de faroeste americano eram os preferidos do público de todas as idades.

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Onde Vai o Dinheiro?

Quem neste país não gostaria de saber para onde vai a receita arrecadada pela diretoria brasileira da Itaipu Binacional? Pois é, este é um mistério que poucos sabem, mas com certeza muitos usufruem. E tudo sem uma explicação razoável, porque a receita devida ao governo brasileiro não é fiscalizada pelo TCU. A dita cuja empresa é a verdadeira casa da Mãe Joana, o diretor e demais comissionados podem livremente e a bel prazer destinar o dinheiro arrecadado para quem o governo federal quiser, ou a diretoria decidir, pois os integrantes do Conselho que têm o dever de aprovar referidas contas são pessoas nomeadas pelo próprio Presidente da República, portanto ganham muito bem para ficar de olhos e bocas fechadas.

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No balcão sem frescura

Não poderia ser outro!

 Nunca duvidei desde muito tempo que o tal do Dino seria indicado pelo Luiz Ignácio  como candidato ao STF na vaga da Rosa Weber; e a previsão se confirmou

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Italianos e o Churrasco...

Quando criança, íamos passar o final de semana na chácara em São Luiz do Purunã. Me recordo de acordar aos domingos com o sino da igreja soando de maneira extremamente delicada, é algo que até hoje tem um significado

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Festival de Petisco em bares de Curitiba

Os amantes das comidas típicas de bares assim como eu, poderão se deliciar com o 1º Festival de Petisco de Curitiba

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Mamãe, eu quero!

Concerto de Natal beneficente terá entrada gratuita no Teatro Positivo

Apresentação adiciona tecnologia e interatividade a espetáculo de música e dança

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Beakman é presença confirmada no Geek City

Atração promete trazer muita nostalgia e ciência para o evento

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Espetáculo inovador de teatro ilusionista no Ave Lola

O público paga quando quiser no ingresso, ao final do espetáculo

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E-ticket

Viajar de carro no Brasil

Cada vez mais as road trips são um novo segmento de destaque entre os Brasileiros. O resgate de viajar de carro é poder explorar e conhecer sem pressa os encantos de cada região

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Barreado fora de Morretes!!

Com esses dias frios, nada como comer bem. A dica de hoje é uma tradicional receita do litoral Paranaense: o barreado. Mas nem só em Morretes, podemos degustar essa maravilha e por isso mesmo listamos algumas opções locais imperdíveis

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Chope nas alturas

Sim, a notícia mais comentada da semana no setor de Turismo, depois das Olimpíadas, foi a divulgação da companhia aérea holandesa KLM que a partir de agosto, passará a servir chope de barril em seus voos

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Aplausos

Curso: designer de sobrancelhas, um mercado promissor e rentável

Com aulas didáticas e metodologia simplificada, o curso de design de sobrancelhas, ministrado por Livia First, ensina os segredos para quem deseja se aprimorar ou entrar neste vantajoso segmento da estética facial.

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Marisa Monte anuncia shows em Curitiba no Teatro Positivo

Em setembro de 2022, Portas se abrem para os fãs de Marisa Monte em Curitiba

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Positivo faz concerto internacional de Natal no Barigui

Inspirado nos grandes festivais europeus, Clássicos Positivo leva orquestra filarmônica ao parque em duas apresentações, abertas e gratuitas, no dia 11 de dezembro

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