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Ago24

Os Bobocas

Categorias // Flagrantes do mundo jurídico - Por Édison Vidal Lidos 238

Há trinta e cinco anos atrás o então Procurador-geral de Justiça do Estado do Paraná o saudoso dr. Jerônimo de Albuquerque Maranhão, instituiu na Comarca de Curitiba o Serviço Especial de Defesa do Consumidor (SEDEC) plantando um dos mais importantes serviços que o MP poderia propiciar ao povo em geral. Na época não existia o Código de Defesa do Consumidor e tudo que se fazia para defender o lado mais fraco da relação consumerista estavam distribuídas em mais de quinhentas leis esparsas que não permitiam o devido manuseio e compreensão.

Elas eram difíceis até de serem localizadas para serem aplicadas nos casos concretos. Com o advento da Lei 7.347/85 que instituiu as Ações Públicas para as defesas dos Valores Culturais, Artísticos, Paisagísticos, Turísticos, Meio Ambiente e Defesa do Consumidor motivou de pronto a criação do serviço referido. A rigor no que tange aos consumidores foi previsto no art. 50, parágrafo único, de que todo o acordo celebrado (entre o prestador de serviços e o consumidor), desde que referendado pelo agente do Ministério Público, valeria como título executivo extrajudicial. Portanto cabia ao Promotor de Justiça referendar (homologar) com sua assinatura a aludida avença, adotando as formalidades da legislação civil, para dar executividade ao novo título.

Na época eu era o Promotor titular da 1a. Vara Criminal e fui escolhido pelo Procurador-Geral para ser o primeiro Promotor de Justiça da Defesa do Consumidor no Estado do Paraná. Portanto tendo recebido as chaves de uma casa alugada para instalar o novo serviço, contando com auxílio de apenas dois funcionários e de um veículo Volkswagen, sedan, declarado inservível pela Polícia Civil, iniciamos no estado os trabalhos de Defesa dos consumidores. Não existia o Procon e o governo estadual colocava à disposição dos consumidores a CODEC (Coordenadoria Estadual de Defesa do Consumidor), um setor mais de orientação publicitária, porém sem nenhuma objetividade prática. Não demorou para que o SEDEC cooptasse e desse um feitio parecido, inclusive para que fossem realizadas audiências similares para eventual celebração de acordo entre as partes envolvidas.

Só que faltava para a CODEC o devido escoro legal para que seu acordo valesse como título extrajudicial, o que tornava inócua a validade de suas avenças. Assim, enquanto a produtividade dos serviços da Promotoria crescia assustadoramente aquele do governo estadual permanecia estática, mesmo após com a nova formatação do PROCON. 

Anos depois foi criada por Lei a Promotoria de Defesa do Consumidor que passou a promover apenas as ações públicas de defesa dos consumidores, cabendo ao PROCON realizar os acordos entre os interessados. E foi só em janeiro de 1.991 que o Código de Defesa do Consumidor passou a vigorar em todo o território nacional, facilitando muito o trabalho dos operadores do direito e conscientizando os consumidores das medidas que lhes são protetivas. Apesar de decorridos trinta anos do CDC falta muito ainda para uma conscientização acerca da importância desta lei para a harmonia das relações consumeristas. Exemplo? A inflação crescente e a burla no comércio alimentício. Como? Basta fazer compras em supermercado e deparar com um meio habitual de querer enganar os consumidores.

Os fabricantes mantêm o mesmo valor do produto colocado à venda, todavia diminuem a sua quantidade, facilmente notado nos pacotes de bolacha. Mas não ficam apenas nestes produtos como também outros dos mais variados tipos compreendendo desde o peso das pastas de dentes até o tamanho de sabonetes e assim por diante. Para o consumidor menos atento a inflação parece que sobe pouco e não se dá conta que a mercadoria comprada diminuiu de tamanho, peso ou quantidade.

E isto não caracteriza lesão ao direito de quem compra? Eis uma questão que mereceria a devida reprimenda protetiva ou um esclarecimento razoável de que não se trata de má-fé do fabricante. Fica aqui lançada no ar a sugestão que poderá servir de mote para comemorar os trinta anos CDC. Afinal os consumidores não são tão bobocas como podem parecer ... 

“Eu não aumento o valor do produto que fabrico, mas diminuo o peso, a quantidade e o tamanho. Isto não é uma burla para enganar o consumidor? O pão de água está diminuindo a olhos vistos com possibilidade no final do ano que vem estar do tamanho de uma bolacha Maria. Alguma coisa não está muito certa, você não acha? Ninguém engana ninguém?” 

Edson Vidal Pinto

 

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A primeira bienal a gente nunca esquece

Após autografar seus livros solos e o lançar “Retalhos em flor”, Bebel Ritzmann autografou duas coletâneas das quais fez parte: “Mulheres Extraordinárias”, volume 3 da Rede Sem Fronteiras e “Navegar é preciso”, da AJEB São Paulo. “Fiquei surpresa com a Menção Honrosa que recebi da AJEB São Paulo pela poesia “Mapeando a vida”. Que venham mais surpresas por este caminho.

 

 

 

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Escritores da Oficina Literária lançam livros no Rio de Janeiro

Escritores da OLIP - Oficina Literária Ivan Proença, há mais de 50 anos no mercado, lançarão livros, no próximo dia 17.09, no Rio de Janeiro. O lançamento coletivo contará com a presença do professor Proença, vencedor do Prêmio Especial Esso de Literatura, que apresentará os autores. Participam do lançamento Isabel Corsetti com “Mosaico”, Ascensión Chanqués com “Revivo Renasço Rompo e Rasgo a Fantasia”, Bebel Ritzmann com “Retalhos em Flor” e José Leonidio com “Metamorfóse Friccional”.

 

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Universal Service da TK Elevator revoluciona o serviço de mobilidade urbana com cobertura multimarca e suporte global

A TK Elevator apresenta ao mercado, Universal Service, a plataforma de serviços de manutenção de equipamentos multimarcas, que engloba soluções inovadoras para atender os clientes de forma proativa, independente da marca e do modelo dos equipamentos que movem as pessoas em todo o mundo.       

 

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Osso Atravessado na Goela

 Sabe “aquele” ossinho que fica escondido no meio da farofa de frango que engolimos, sem querer, mas fica enroscado na garganta ? Pois é, até hoje, e olhe que a eleição do Luiz Ignácio já faz um tempão, e eu continuo com o maldito pedacinho de osso enroscado nos meus “gorgomilos”. Não acredito (embora seja verdade) que o Bolsonaro perdeu uma eleição aparentemente fácil por ene motivos, contra um sujeito moralmente liquidado, rejeitado e mal amado. Mas perdeu, ninguém sabe como, mas perdeu.

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 É como dizem por aí: “em questões de finanças ninguém decifra a burla do brasileiro.” E é uma verdade absoluta. Pois quanto maior a inflação e a dívida pessoal o brasileiro mais ostenta riqueza, não importa como, pois ele compra os melhores carros, frequenta os melhores clubes, viaja de avião, mora muito bem, tem casa ou apartamento na melhor praia, os filhos estão matriculados nos melhores colégios, tem esposa e as vezes também sustenta a outra, mas dinheiro mesmo para pagar todas estas despesas sempre é insuficiente.

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