Osmar, o Ungido?
Hoje, 03 de abril de 2017, segunda feira.
A mídia tem veiculado que políticos paranaenses articulam lançar Osmar Dias para ser o próximo Governador do Estado. Dizendo que é muito cedo para uma candidatura e que é preciso aguardar como refletirá a futura reforma política, Osmar, no entanto não se faz de rogado e tem percorrido o trecho das estradas do interior em busca de apoio.
Tanto os articuladores da ideia quanto o indicado são profissionais da velha e batida política, que vivem da encenação e do engodo para gerar expectativa entre o eleitorado. Os mais ousados afirmam de pés juntos que ele ganhará o pleito de tala erguida! Será? Não parece que seja fácil o eleitor da República de Curitiba esquecer que Osmar é do PDT (um dos partidos que deu sustentação ao Lula e sua criatura) e que se refestelou em uma diretoria do Banco do Brasil, sem se importar com a grossa roubalheira que seus colegas de governo praticavam às escâncaras no país.
Se ele é o preferido e quase certo governador eleito, ao que parece esqueceram-se de combinar previamente com os eleitores Curitibanos. Ninguém ignora que Osmar não tem densidade eleitoral no sul no Estado, a sua soberba conhecida por todos parece impor barreira intransponível para que sua fama chegue entre nós.
Se os políticos matreiros (todos conhecidos) pensam que vão chegar à próxima eleição com prato feito, com um nome ungido para ser digerido mesmo contra vontade do mais incauto eleitor, vão ter uma surpresa. Ninguém mais aceita conversa fiada e promessas vãs, quem não tem coerência pública e passado honrado, que não venha querer garimpar o nosso voto.
E nada de conversa que aceitou ocupar a diretoria de agronegócios do Banco do Brasil para atender o segmento e contribuir para o desenvolvimento do Brasil. Esta é justificativa de nenhuma credibilidade.
Além do mais vai ter que esclarecer sua convivência de homem de governo com o MST notório grupos guerrilheiros de intimidação dos produtores do campo, que na administração de seu irmão Álvaro no Governo do Paraná, e então na titularidade da Secretaria de Agricultura colocou a correr os li daquele movimento em uma memorável reunião, por mim testemunhado. Homem público confiável é aquele que tem coerência nas suas atitudes e ações.
Não basta se achar com possibilidades de vencer um pleito majoritário é imprescindível um acervo pessoal acima de qualquer suspeita. Suspeita? Sim, por ter convivido no seio de um governo corrupto! Sem esclarecer os seus passos naquele terreno movediço e fétido, nada de voto! Ninguém ganha eleição na véspera.
A urna eletrônica é uma caixinha de surpresas. Política daqui em diante tem que ser tratada como coisa séria. Chega dos mesmos!
"O voto é a única arma que dispõe o eleitor no Estado Democrático de Direito para colocar um país nos eixos. A reeleição é causa dos piores males
porque profissionaliza o político e perpetua o medíocre no cargo eletivo" .
Edson Vidal Pinto