Parcimônia
Tem homem publico que nem bem esquentou a cadeira em que está sentado e logo abre a boca para falar o que não deve, parece igual aquele que nunca comeu melado e quando come se lambuza. Não pode ver a imprensa por perto.
Abrindo um parênteses: por acaso já viu o Luiz Ignácio numa postagem feita no Facebook discursando para meia dúzia de incautos falando na guerra que o Putin está criminosamente promovendo contra a Ucrânia ? Mais um disparate do inveterado alcoólatra dentre tantas que já insinuou contra o Estado Democrático de Direito; na ocasião referida aludiu que a guerra se fosse no Brasil seria resolvida ao redor de uma mesa com as partes envolvidas tomando uma cerveja, duas, três, quatro ou quantas garrafas fossem preciso para que reinasse a paz.
Um argumento insano que bem demonstra o perigo desse indivíduo chefiar uma nação. E o que ele falou é de levar na gozação porém tem seguidamente atacado a democracia sempre que pode quando alude que quer acabar com a igreja, a família e estabelecer uma ordem “igualitária” para todos. E nenhuma autoridade se insurge contra como se isto não pudesse acabar com os princípios que regem o próprio Estado brasileiro de defesa das religiões com total liberdade; a família e os valores cívicos com a Pátria.
Quem um dia leu sobre a intolerância de Marx com a sociedade civilizada sabe muito bem o que ele está pretendendo. Não só o dito cujo como o Dirceu, Gleisi, Requião, Benedita e outros da mesma cor e panelinha. Pois bem : o agora presidente do TSE o Luiz Edison resolveu dar uma entrevista na última semana para criticar o Presidente da República e dizer que o mesmo está atentando contra a democracia quando critica a Justiça Eleitoral e desta forma pretende colocar em dúvida a retidão daqueles que compõem o tribunal.
Ora bolas, isso não é em absoluto atentar contra a democracia. Neste país dividido entre “nós” e “eles” quem não conhecer de perto o trabalho da Justiça Eleitoral, o zelo no preparo das eleições, a fiscalização das urnas eletrônicas e a eficiência de seus funcionários tem a mesma dúvida do Bolsonaro ou não ? Fui presidente do TRE/Pr. e sempre sou questionado sobre a lisura das eleições, a segurança das urnas eletrônicas e por mais detalhes que dê sobre os cuidados com todo o certame eleitoral e fiscalização sempre paira dúvida e um sorriso maroto.
E duvidar da lisura dos Juízes e do Poder Judiciário não é atentar contra a democracia porque o direito de criticar e duvidar dos agentes dos Poderes faz parte do direito de opinião de cada indivíduo, inclusive está assegurado na Constituição. Pessoalmente como Magistrado nunca me importei sobre comentários levianos (ou não) de minhas decisões ou de meu procedimento pessoal porque sempre estive em paz com minha consciência. E como Presidente de Tribunal zelei pelo seu prestígio e quando surgia crítica sempre rebati não em tom de crítica mas de esclarecimento. Criticar quem critica por quê? Só para colocar lenha no fogo e querer embate desgastante.
A República precisa de paz e harmonia entre os Poderes e ficar alimentando discussão estéril não leva a nada, salvo que seja intencional pelo fato do Luiz Edison ter sido oriundo do Foro de São Paulo e que esteja a serviço de alguém dessa turma. Mas não creio : a manifestação deve ter outra motivação como a de querer contestar a crítica pela crítica sem aferir consequências. A desarmonia entre os Poderes está visível e basta querer enxergar, mas é chegada a hora de parar com esse duelo irresponsável e policiar as palavras.
O povo brasileiro quer viver em paz e a discórdia entre autoridades ocasiona sempre um mal estar e não ajuda em nada. Até o Marcos Aurélio que está sem Toga e de pijama resolveu criticar o Moraes por temer o que ele possa fazer nas eleições quando estiver na presidência do TSE. E olhe que o ex-ministro conhece muito bem cada um de seus ex-colegas do STF. E isto é atentar contra a democracia ? Óbvio que não. Mas é um alerta preocupante do que ainda está para acontecer naquele Tribunal que o Luiz Edison tanto quer defender …
“As pessoas gostam de criticar sem conhecer o tamanho do problema. Direito de opinião agrega a crítica como principal componente. E dizer o que pensa está assegurado na Carta Magna.”
Édson Vidal Pinto