Juro que não fui eu que dei o título desta crônica pois só acatei a sugestão do meu amigo Tucides, que insistiu muito e sugeriu um conteúdo ameno e digerível, tudo por ser domingo. Dia do ócio e de jogar conversa fora sem nenhuma preocupação, apenas para ler e deixar o tempo passar. Eu até hoje não me conformo com duas atitudes comprometedoras (ao meu ver) do senador Sérgio Moro, que me levaram a lembrar da expressão chula “pedir penico” ou “arrego” quanto o nocaute está iminente. Ele (como previsto) não perdeu o mandato no julgamento do TRE/Pr., mas como ainda dependerá da derradeira decisão do TSE/Brasilia foi correndo no gabinete do Gilmar (seu detrator e inimigo) “pedir penico” para que este lhe defenda junto ao Xandão a fim não perder mais um emprego. Em um outro episódio pretérito (na Comissão de sabatina do Senado) quando o então indicado Flávio Dino estava sendo averiguado para saber se teria condições jurídicas e morais para ser nomeado para o STF, este também cão de guarda do Luiz Ignácio e inimigo da Lava Jato, propiciou que dito senador se jogasse nos braços de seu desafeto, com largo sorriso no rosto, no afã de demonstrar apreço e deixar registrado que não iria lhe fazer perguntas tecnicamente embaraçosas. A bem da verdade “pediu penico” para futuramente contar com a simpatia do sabatinado em eventual recurso de sua cassação que possa bater às portas do aludido Tribunal Superior. Em ambos os episódios o Moro pisou na casca de banana e perdeu muito de seus eleitores (inclusive eu). Todo homem publico deve manter a coerência de acordo com seus atos, a fim de não denegrir sua biografia e passar para o time das “Maria vai com as outras”. Neste tópico o ex-deputado federal Dallagnol tem sido coerente e mantido igual poder de fogo contra a quadrilha que tomou conta do país, na trincheira em que continua lutando. Só não deve querer ser candidato a prefeito de Curitiba, pois não é seu chão e nem tarefa do qual possa se desincumbir com acerto, devendo evitar desgaste político e aguardar a volta para a Brasília (como Senador ou Deputado Federal). Lá é o seu verdadeiro campo de batalha e tem muita munição para combater o bom combate. A leitura até aqui está própria para um domingo ensolarado e com ventinho maroto? Mais ou menos? Tá, então vou mudar de assunto com um fato jocosamente bizarro (?). Vocês viram no dia 19 de abril na TV, o dia do Índio, o pronunciamento da ministra Sonia Guajajara titular do Ministério dos Povos Indígenas, ela usando um cocar de uso tradicional dos índios da América do Norte, defendendo a política de seu chefe branco Luiz Ignácio em defesa dos Ianomâmis? Putz, será que ela não sabe que esses indígenas estão sendo dizimados por estarem sendo desassistidos pelo Governo Federal? E que as nações indígenas estão fulos da vida porque o Presidente não assinou o decreto referente a todas as demarcações das áreas que lhes pertencem? Tanto assim que a Organização do Acampamento Terra Livre (ATL), principal ato do movimento indígena em Brasília este ano não convidou o Luiz Ignácio para as suas comemorações. Caraca, até os nossos índios estão de saco cheio com o filho do Brasil. Só a ministra americanizada e com um modelo “sioux” ainda não notou que seu “chefe” não passa de um grande trampa.
Enfim, nem índio quer mais o enjeitado Luiz Ignácio, e pensar que ainda temos que aguentá-lo enquanto o nosso “mosca” permitir…
“É difícil manter a coerência quando o indivíduo não quer perder um emprego rendoso, preferindo abdicar de seus princípios. Ato reprovável com perda sabida de seu prestígio eleitoral. Agora, não ser nem convidado para participar de festa de índio, só pode ser o fim da linha. Amém!”