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E faltando poucos dias para a virada do ano as eleições ainda estão sendo discutidas mais a nível de bastidores porque alguns prováveis candidatos sondam eventuais parcerias e outros tentam se livrar dos impedimentos legais para oficializar a candidatura. Na última sexta-feira por exemplo o Fachin concedeu Habeas Corpus para declarar a incompetência da 13a. Vara Federal de Curitiba para julgar processos criminais do Luiz Ignácio, retirando, assim, qualquer óbice para sua candidatura.
O ladrão está livre, leve e desimpedido para querendo concorrer o pleito. Quem diria, não é mesmo ? E tem muita gente que não admite críticas ao STF como se este fosse atualmente merecedor de aplausos. Prefiro me identificar com aqueles que têm todo o direito de dizer o que vem na cabeça quando a decisão - de qualquer Magistrado - tiver viés de parcialidade, insubsistência jurídica e demonstração de subserviência a uma ideologia castradora. Pois num país democrático o Poder Judiciário não pode subtrair de ninguém o direito de opinião, devendo, sim, exigir que suas decisões sejam cumpridas. Lembro o julgamento do aborto na Suprema Corte Norte Americana quando por apenas um voto tal prática foi autorizada naquele país.
O New York Times publicou na sua primeira página a charge em que um Juiz Togado segurava um ser não firmado fisicamente pelos pés enquanto o outro o esquartejava com um facão e no título em letras garrafais a palavra “Pigs” (Porcos). A Corte de Justiça não editou nenhuma nota sobre a injuriosa crítica mas todos os jurisdicionados da Nação cumpriram o teor da decisão. Infelizmente na nossa “democracia” tem uns e outros que não admitem esse tipo de crítica e muitos Juízes acham que suas decisões são divinas e por isto incensuráveis. Como Magistrado sempre me esforcei e zelei para não errar nas minhas decisões mas sei que errei muitas vezes, inconscientemente mas errei, mas jamais tolhi alguém do direito de criticar meus erros.
Quem julgando nunca errou é porque nunca foi Juiz autentico. Aliás no país tem uma outra coisa que nunca erra : as pesquisas da DataFolha para orientar a opinião dos eleitores. É verdade pois tem muita gente que acredita piamente que ela é a verdade em forma de pesquisa, com idoneidade comprovada por ter na eleição do Bolsonaro acertado a sua vitória nas urnas. Grande coisa pois numa disputa de segundo turno entre o Capitão e o Haddad só uma anta cravaria a vitória do petista.
Mas como enquete, pesquisa e prognósticos eleitoreiros tem para qualquer gosto anoto que saiu a última cotação dos prováveis candidatos com o Luiz Ignácio na liderança com 48 por cento, seguido do atual Presidente com 22 por cento, Moro 9 por cento e Ciro 7 por cento. No segundo turno entre o Luiz Ignácio e o Presidente o placar seria de 59 por cento e 30 por cento, respectivamente. Se isto ocorrer será a primeiramente vez na história da República que o presidente eleito não conseguirá andar pelas ruas de seu país e nem liderar com seu patinete uma multidão de “patilulistas”. E o Moro, hein ? O DataFolha (para quem acredita) comprovou que ele não decolou e nem apareceu na vitrine de preferências como a tão esperada “terceira via”, tudo graças a fidelidade dos eleitores Bolsonaristas e Lulapetistas.
É uma pena para aqueles que acreditam que um apolítico, sem habilidade parlamentar e nem cacoetes de liderança pudesse ser a salvação da Pátria; o Moro (para os que acreditam no DataFolha) vai perder a chance de se eleger Senador pelo Paraná, por sua inexperiência e por ter ficado encantado com as promessas interesseiras dos nossos três Senadores que unidos tentam salvar a reeleição de um deles…
“Se a vacina da COVID-19 é tão eficaz como pode o vírus estar mais vivo do que nunca ? E por quê usar máscara, álcool gel e se precaver nas aglomerações ? Quem tem certeza que atire a primeira pedra. Se as pesquisas do DataFolha tem credibilidade perante a opinião pública, então que o crédulo também atire a primeira pedra! Eu, hein?”
Édson Vidal Pinto
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