Pobre Povo Pobre
Tem dias que leio postagens feitas através da mídia eletrônica que me dá a impressão que sou um beduíno no meio do deserto do Saara que perdeu a memória e não sabe para onde ir. Tamanha balbúrdia de opiniões que chego a perder a noção daquilo em que devo acreditar.
Sei que estamos num país dividido entre “nós” e “eles” e que nunca estivemos tão perto de perder a democracia, pois se escancara a olhos vistos que estamos sob o jugo de um STF tomado de ira e disposto a comandar ditatorialmente o país.
E quando falta segurança jurídica não há democracia que resista por muito tempo. Vemos também um bando de indivíduos sequiosos em retomar o poder para implantar o comunismo no Brasil. Claro que não me importo em conviver com opiniões divergentes e muito menos com àqueles que entendem ser o comunismo o modelo ideal para qualquer sociedade, desde que estes não queiram atentar contra a Ordem Constituída e nem modificar o Regime Democrático.
E não estou sendo incoerente e muito menos contraditório nessa afirmação, pois na França o Presidente é comunista e impera a Democracia. Lá o governo eleito objetiva ajustar as políticas públicas de acordo com a cartilha ideológica que defende sem aviltar os Símbolos da República e nem querer cercear a liberdade do povo.
Portanto são duas situação distintas. Entre nós o Lulapetismo e seus partidos políticos satélites querem transformar o país numa Venezuela para que poucos possam usufruir do Poder deixando a grande maioria vivendo sob cabresto. Esta é a realidade. Daí o abismo entre querer ser livre ou viver sob pressão do Estado.
Evidente que as eleições para a presidência da república já nasceu polarizada desde que o Luiz Ignácio foi beneficiado por decisões do STF, pois uma vez colocado em liberdade ninguém de sã consciência pensaria que ele ficasse num canto obscuro apenas para curtir sua vida de milionário.
A certeza de todos é que tentaria voltar ao Poder para se vingar de seus adversários e mudar a Ordem Social. Mesmo porquê tem seguidores cegos e conta com os votos das periferias e da elite ignara como seus eleitores mais fiéis. Com a Imprensa perfilada entre sua tropa de choque porque perdeu as polpudas verbas de publicidade do Governo Federal, com as Universidades Públicas nas mãos de notórios comunistas e com a Forças Armadas amorfas aos acontecimentos, fazem o ingrediente necessário para fermentar a ideia de mudança.
E como cereja do bolo soma-se a inflação que está corroendo o bolso dos assalariados. Toda essa parafernália de insatisfação ajuda o Luiz Ignácio no seu objetivo. Mas o que também me causa espécie é saber que muitas pessoas de boa índole e com formação universitária insistem que a terceira via nas eleições seja a tábua de salvação para todos os males presente e futuro do Brasil.
Ora, ora, nesta hora e há poucos meses da eleição não existe ninguém no universo político do país que possa desestruturar qualquer das candidaturas já consolidadas, por melhor que seja a biografia e bons propósitos. Na vida pública como na política o jogo de xadrez que já começou entre dois jogadores não possibilita que apareça um terceiro querendo disputar as peças de um mesmo tabuleiro.
O publico que está assistindo a partida já se definiu por um ou pelo outro jogador. O terceiro não passa de um intruso apesar de poder atrair a simpatia de alguns poucos. E como a disputa eleitoral está entre um ladrão e um toureiro não existe como optar por quem não tem pique suficiente para chegar na linha final. Um toureiro porque o Bolsonaro é um homem que tenta driblar as armadilhas para poder se sustentar em pé.
Cometeu equívocos em prol da governabilidade e com isto arranhou sua postura de homem publico, mas encarna o sentido de democrata. E seu adversário é um notório ladrão porquê é a encarnação da verdade sabida. E francamente votar num terceiro seja quem for, nesta hora aflitiva é o mesmo que dar um tiro no pé…
“Insistir que possa um terceiro nome entrar na disputa presidencial e ganhar as eleiçõe é acreditar nos truques de um mágico. Eleição quando polarizada entre nomes conhecidos dos eleitores não permite surpresa final. A terceira via serve apenas para enfraquecer um dos prováveis eleitos e nada mais.”
Édson Vidal Pinto