Policial Não Mata Por Matar!
Difícil neste país alguém levantar a voz para saber por que muitos policiais estão sendo assassinados no cumprimento da lei, abatidos em serviço. Ninguém fica indignado com a morte violenta de um ou uma policial civil ou militar, que sai para cumprir seu dever e volta morto para casa.
No enterro, além dos familiares e amigos próximos, só os companheiros de profissão. A sociedade ignora a morte desses heróis. Claro que estou me referindo aos verdadeiros policiais, aqueles homens e mulheres que são vocacionados e optam profissionalmente em defender a vida, a integridade física e o patrimônio dos cidadãos. Ervas daninha são espécies em qualquer ramo da atividade humana, são exceções nocivas e se servem das Instituições e não figuram em suas histórias.
Existem péssimos policiais, assim como existem também péssimos Magistrados, médicos, dentistas, engenheiros, advogados, empresários, políticos, governantes e cidadãos.
Tudo reflexo do gênero humano. Enalteço aqui os policiais que honram e dignificam seus distintivos e suas fardas. A cerimônia fúnebre no enterro de um policial morto em ação deveria ser sempre solene, respeitosa e contar com as presenças de seus comandantes e autoridades públicas do estado. É o mínimo de reconhecimento e alento aos familiares do falecido.
No entanto, quando ao invés do policial morrer é ele que mata um marginal,
coro de vozes fingidas ecoam nos quatro cantos do país para recriminar e titular o ato extremo, como abuso ou violência policial. Indivíduos que se intitulam expertos em segurança pública, mas comprometidos ideologicamente, são os primeiros a criticar e colocar em dúvida a ação do agente da lei.
Nesse mesmo diapasão se alinham os tais “defensores dos direitos humanos”, valorizando a vida dos bandidos e menosprezando a dignidade e a função do policial que agiu no estrito cumprimento de seu dever legal.
Que sociedade hipócrita é está em que vivemos! No assassinato da vereadora do Rio de Janeiro decorrente de disputa política e executada friamente por marginais, os esquerdistas que são habituados a atear fogo na Bandeira Nacional, fizeram e ainda estão fazendo um estardalhaço exigindo a apuração do infausto episódio nos mínimos detalhes, quase chantageando as Autoridades Policiais para que estas nas investigações pudessem apontar como autores pessoas ligadas ao Governo, como sendo um complô armado contra o PSOL. Manobra frustrada quando a investigação apontou rumos diferentes. Causa indignação e fere o bom senso do homem médio, a dúvida criada com a ação da policial militar que matou um assaltante, em Suzano, São Paulo.
A gravação de rua mostrou todos os detalhes, a força intimidatória do marginal ameaçando mães e crianças com revólver em punho, o cuidado da policial em afastar uma das crianças, para daí atirar. Ato profissional legítimo e apropriado às circunstâncias do evento. Contudo, não lhe faltou cesura.
A heroína foi absurdamente censurada pelo fato de ter agido. Ora, como exigir de um policial que ele deixe de cumprir o seu dever? No caso foram obedecidas todas as regras de segurança e ninguém foi exposto à ação da policial, salvo o próprio marginal que foi morto.
Caramba, tem muita gente falando demais e querendo ser censor da Polícia brasileira; pessoas que não conhecem e nunca conviveram de perto com o perigo que esses profissionais estão sujeitos. Li um dia destes que uma mulher rotulada de “perita na área de segurança pública”, falando para policiais militares, orientava que estes só deveriam revidar atirando depois do bandido atirar. Nunca li e nem ouvi tanta estultice na minha vida.
Óbvio que toda a vida é sagrada, é o bem mais precioso que o Estado tutela através das atividades da Polícia, mas nem sempre é possível preservar quando o próprio indivíduo coloca em risco a vida de outrem. Polícia não mata por matar; ser humano nenhum sente prazer nisso, salvo os tresloucados e os perversos. Estes não estão na Polícia! Enfatizo: louvo respeitosamente os verdadeiros policiais que dão suas vidas, para nos defender...
“O Policial Civil ou Militar tem uma nobre missão profissional a cumprir: a defesa dos cidadãos e a preservação da ordem pública. E quando mata ou fere um marginal, atua atendendo o desenrolar dos fatos e no íntimo lamenta o acontecido. Ele não mata, por querer matar, pois isto não faz parte da índole do Ser Humano bem intencionado!”
Edson Vidal Pinto