Políticos Pífios
Não nego que sou apaixonado por Guaratuba no litoral paranaense, um balneário singular com moradores educados que fora da temporada de verão vivem suas vidas com tranquilidade e sem sobressaltos. São quatro locais para o veranista usufruir de sua estada na cidade começando por uma visita na baía de Guaratuba onde está localizado o Iate Clube com sua marina repleta de barcos de todos os tamanhos, casas de alto padrão , além da parte antiga da cidade recentemente restaurada que permite às pessoas usufruir boa área de lazer e desfrutar no final da tarde do belo espetáculo do por do sol refletindo nas águas e se escondendo por atrás dos morros.
Para quem gosta de surfe e bodyboarder não existe nada melhor que a praia dos “paraguaios” localizada para lá do Morro do Cristo, sempre com ondas de bom tamanho e mar agitado. E para os que querem tranquilidade o melhor lugar está atrás do Morro das Caieiras, tradicional Colônia de Pescadores, onde é possível as crianças brincarem sem estar no meio do agito.
E por último deixei de propósito referência à praia central de um pouco mais de três quilômetros de areia entre o Morro das Caieiras e o Morro do Cristo. Trecho que no verão cada metro é disputado pelos veranistas ávidos para desfrutar o mar e onde a felicidade tira férias . A cidade em si tem um bom comércio, poucos prédios e na maioria casas típicas de balneário que se espraia por todo o limite urbano. A antiga Igreja Católica é o cartão de visitas pela beleza arquitetônica de um passado distante.
Não muito longe de Guaratuba mas no vizinho estado de Santa Catarina está a bela praia de Camboriú com seus enormes edifícios e uma cidade cosmopolita com turismo internacional, ponto marcante de navios de passageiros e dezenas de atrações diárias que fomentam o turismo local. Com um erro urbanístico reprovável porque os prédios foram construídos ao redor da orla que subtraiu o sol da areia, agora está sendo corrigido com o aterramento da praia para recuperar a área dos banhistas. Obra gigantesca e milionária com aparente sucesso. E daí ? Quero com o confronto destas duas praias destacar a diferença das atuações dos políticos dos dois estados.
O autofagismo da política paranaense tem proporcionado a estagnação do Paraná pois nem para as boas causas os adversários partidários são capazes de marchar juntos. No Governo Lerner os três senadores da época (Requião, Álvaro e Osmar) jamais concordaram em beneficiar qualquer projeto de governo. Nem para buscar empréstimo externo para propiciar execução de obras. E o Jaime “pegou” um estado quebrado com o Banestado cooptando recursos do Banco Central e a Previdência quebrada. Sai o Osmar (que aceitou uma diretoria milionário do Banco do Brasil) e entrou a Gleisi, notória inimiga de qualquer governo que não seja do PT.
O contrário ocorre com os políticos catarinenses que são adversários partidários mas sempre estão de mãos dadas para favorecer o estado com as verbas federais. E por aqui o Requião chegou a favorecer a construção de um porto no vizinho estado em detrimento do Porto de Paranaguá.
Esta a diferença das mentalidades políticas dos “nossos” com os “outros políticos” -, onde o governador quase sempre é um órfão porque para conseguir benesse federal ou tem que ser aliado do Presidente da República ou vai administrar obras visionárias. E o nosso litoral fica no descaso porque todos os projetos de revitalização da orla ou morre na prancheta ou na oposição obtusa do Ministério Público na defesa do meio ambiente. E presentemente Guaratuba pede socorro porque a água do mar avança sobre suas praias, ocorrendo o assoreamentos na praia dos pescadores. É preciso reascender o amor pelo Estado do Paraná e cobrar dos políticos, principalmente dos três omissos senadores, compromisso de lealdade nas defesas de nossos interesses comuns e que zelem pelo futuro de nossos filhos …
“É lamentável a atuação dos políticos paranaenses pela desunião e falta de amor ao estado. É imprescindível renovar o quadro político e excluir da vida pública os politiqueiros de carteirinha. Chega de reeleger parasitas!”
Édson Vidal Pinto
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