Pressão?
Para uma pessoa que não se dá o devido respeito e não pode frequentar lugares públicos sem ser admoestado deve ser no início perturbador, mas depois acostuma. É verdade: pois o Gilmar agora quando é achincalhado esboça um sorriso de deboche.
A que ponto pode descer um homem na escala social, não é mesmo? E tudo por se acha dono da verdade e professor do mundo. Quem fala a torto e direito o que não deve está sujeito à lei do retorno, - principalmente quando o seu autor detém a delegação do Estado para julga e o dever de semear a paz social.
Ontem a imprensa destacou que dito ministro disse que o STF não pode sofrer “pressão” da opinião pública para decidir causas de repercussão. Sinceramente? Não entendi o despropositado desabafo.
Nunca no exercício da judicatura sofri coação, constrangimento ou ameaça para julgar qualquer causa; ou, como Promotor de Justiça que fui, para não denunciar ou deixar de acusar no Tribunal do Júri quem quer que fosse.
Com prudência sempre procurei me pautar com absoluta imparcialidade e por isto nunca perdi uma só noite de sono. Se errei? Claro, muitas vezes. Mas inconscientemente. Qual o homem que é coagido a não fazer o que a lei manda? Quer saber? Só aquele que tem telhado de vidro, que faz o que não deve, tem medo de ser desmascarado ou é um ofensor compulsivo a ponto de colher o desprezo popular.
Tal qual o intragável Gilmar que pelo seu estranho comportamento é alvo de admoestações quando está em ambientes públicos e para escapar tem que se valer da polícia federal, pelo menos enquanto estiver no cargo de Juiz. Mas quando estiver fora dele, só fugindo para Portugal!
E eu como magistrado que continuo sendo, apesar de jubilado, me envergonha da atual composição do STF e do STJ (nem de todos seus componentes é verdade) por macularem o prestígio do Poder Judiciário. Não nos lembro de quase cinquenta e dois anos em que sou formado em Direito, ter tido notícias de que a Suprema Corte tivesse se apequenado tanto na história da república.
Tudo pela absoluta falta de critério dos então presidentes nas escolhas de seus ungidos para preencherem tão relevantes cargos. Uma nomeação despropositada apenas para presentear colegas de ideologia, amigos do peito e partidários sem estofo moral é que gera um Colegiado de julgadores, medíocres e desmoralizados.
Quem serviu o próprio governo, discursou no Foro de São Paulo como postulante ao cargo, ou empenhou politicamente a própria alma para chegar ao STF, não está qualificado para vestir a Toga porque não passa de um embusteiro.
Daí a “coação” que sente o Gilmar para não libertar o Lula, quando é sabido e notório pelas suas opiniões inoportunas dadas à imprensa nacional e internacional, que sempre pretendeu favorecer a vida do reles ladrão de lesa Pátria.
A Justiça lamentavelmente está em frangalhos porque totalmente desacreditada. Sinto pelos ótimos juízes operosos e probos da Justiça federal e estadual, dos desembargadores estaduais que zelam (nem todos) pela imparcialidade e acreditam no Império da Lei. E quanto àqueles outros - o joio - que as pressões, vaias e demais constrangimentos continuem em dobro, para que tenham vergonha na cara ...
“No magia da insegurança jurídica o Lula será libertado, apesar da verdade sabida de que é um notório ladrão de bens públicos. Salvo se na hora agá da próxima semana, alguns julgadores tiverem recaída de decência, fazendo ruir o jogo de cartas marcadas. Este é o STF que ainda tem a cara do Brasil de “ontem”!”
Edson Vidal Pinto