Pura Trapaça.
Hoje, 31 de maio 2.017, quarta feira.
Como dar crédito a um homem público quando ele não se dá o devido respeito e brinca com a inteligência do povo? Não basta estampar postura de estadista, reter em sua bagagem pessoal titulo acadêmico e exercer cargo de maior relevância se não tiver bom senso e não primar pela honestidade.
O povo não mais se apieda de maus gestores da coisa pública, salvo os inconsequentes que idolatram corruptos de carteirinha. Esta última camada de gente ama e não abdica de poder usufruir das benesses da pior escória humana. Nesta semana o titubeante Presidente da República resolveu tirar do cargo de Ministro da Justiça o deputado Osmar Serraglio com o propósito de remaneja-lo para outro sem exonera-lo, a fim de manter na sua vaga de Deputado Federal o "aspone" e "corrupto" Rocha Loures para que este goze do foro privilegiado.
Paira duvida no ar se o deputado titular do cargo aceitará ou não, porém se recusar com certeza o Ministério vago será ocupado por outro parlamentar do PMDB para beneficiar o menino de marotagem da Presidência. Salvo se este aceitar em fazer a delação premiada. Porque ninguém de sã consciência ignora que ser processado no STF é um privilégio porque dificilmente um processo de competência originária daquela Corte chega ao fim, caindo, assim, no purgatório das causas insolúveis. Infelizmente este mau exemplo do Temer não está reservado apenas ao plano da política federal, porque políticos enrustidos de má índole se espraiam nos estados e municípios com igual desenvoltura e desamor à causa pública.
Veja-se que nesta República de Curitiba o atual Governador agiu com igual despudor quando nomeou secretário especial um seu amigo, que havia usado indevidamente do nome da sogra para praticar peculato, para que fosse beneficiado pelo foro especial. E foi, pois a pena concretizada simplesmente prescreveu para o desprestígio do Tribunal de Justiça. O instituto da prescrição que tecnicamente corresponde a Inércia do Estado, na verdade reflete a omissão e descaso do julgador ou julgadores que contribuíram para essa sujeira.
E o pior: estes ou estes julgadores permanecem ilesos e sem nenhuma censura por suas prevaricações! Infelizmente este é o andar da carruagem neste país de mutretas, insegurança e desprestígio internacional. Parece, ademais, que para ser Ministro de Estado da Justiça neste estado de podridão é preciso ter o dom de ser a pessoa indicada para aplacar os bons propósitos da Justiça e tolher o ímpeto investigativo da polícia federal, sem estes predicados, o ocupante é um estorvo aos interesses obscuros dos políticos liderados por Renan Calheiros ET caterva.
É lamentável a deterioração que correu na política pela possibilidade da famigerada reeleição que serve para perpetuar os políticos de maus costumes em tirar proveito do cargo eletivo. Sem expungir da utópica reforma política o instituto da reeleição para todos os cargos, o país continuará amamentando uma classe de desocupados e nocivos ao interesse público.
Quem vive exclusivamente da política não tem passado nem história, nem patrimônio moral e muito menos nome a zelar, porque não sabe distinguir minimamente o quão difícil é trabalhar para sobreviver e valorizar o pão de cada dia. É difícil até excepcionar as exceções pelo número reduzido de políticos bem intencionados. Em um balaio cheio de gatos é difícil enxergar uma só raposa no meio deles!
E imaginar que a raposa possa representar na ordem do dia, a melhor espécie dentre a fauna política... É por estas e outras que maré do grande mar brasileiro está de mal há pior! Por enquanto para pescar nas suas águas turvas e más cheirosas basta arremessar como isca uma nota de dois reais presos na linha do anzol para imediatamente apanhar um bem afortunado e perfeito corrupto...