Retrospectiva
Como é de praxe nesta época de final de ano os veículos de comunicação de todo o mundo apresentam a retrospectiva dos grandes e pequenos acontecimentos que repercutiram dentro das sociedades. E como não poderia deixar de ser também vou me atrever e catalogar os momentos que marcaram o calendário dos brasileiros. Desde já abstraio todas as maldades elencadas na retrospectiva apresentada pela Rede Globo que culpou o Bolsonaro por tudo de ruim que aconteceu no universo.
Nem vou referir a última delas veiculada pelo comentarista Andreoli no programa Globo Esporte” ao acusar o Presidente de omisso por não impedir a festa de final de ano promovida pelo jogador Neymar. Vou deixar esse ranço de lado e abordar eventos sérios que merece reflexão e seriedade.
1. Janeiro. Praias lotadas, agito no litoral, shows todos os dias, bares lotados, aviões entupidos de passageiros, batuques e muito romance no ar.
2. Fevereiro. Tudo azul da cor do mar. Foliões atrás dos trios elétricos, Marques de Sapucaí numa total orgia Momesca, suor, cerveja, pó e muita alegria.
2. Março. Um vírus chinês apareceu aos poucos até tomar conta do mundo -, um fenômeno de popularidade pois chegou até a dividir as opiniões médicas, inclusive, quanto à forma de prevenção.
3. Abril. O Doria soltou a franga. Assumiu as regras para combater o vírus com desfeita para o Presidente que foi alijado de atuar por determinação do STF.
4. Maio. Mortes sem trégua. E como não sou besta me recolhi cada vez mais ao redor de minha insignificância. Me sujeitei a ficar preso em casa, sem condenação e nem tornozeleira.
5. Maio. Fiz uma expedição dentro de casa. Levei trinta dias para percorrer cada metro quadrado a ponto de ficar estressado. Cansei mais do que o Fernão Dias Paes Leme quando entrou pelo sertão em busca de esmeraldas. Por recomendação de um estudante quintanista de Medicina fui internado no meu próprio quarto por uma semana. Fiquei de cama.
6. Junho. Morte, morte e morte. Continuei recluso e só saía escondido dentro do automóvel para conferir se não estava sozinho na cidade. Medo de que os outros tivessem abandonado Curitiba por ordem da Secretaria de Saúde do Município. A única mulher macho da administração do Greca.
7. Julho. Começou o período eleitoral. Tudo muito estranho. Nem comício, nem fogueira de São João, nem o PT para encher a paciência e muito menos a Amante que caiu nos braços de um novo amor.
8. Agosto. Decidi fazer viagens aéreas de elevador. Cada dia do mês viajei de um andar para o outro e conclui no final do périplo que foi muito mais barato do que viajar pela Air Emirates.
9. Setembro. Diminuíram as mortes e as notícias alarmantes do Covid. Só o Doria queria porque queria a vacina para injetar na população de seu estado. Eu resolvi ignorar tudo e me prevenir como manda o bom senso. Se você não tem fórmula para matar o vírus serve aquela mais antiga para matar vermes.
10. Outubro. Tudo liberado. O vírus deu trégua. Parece que estamos enxergando uma luz no final do túnel. Tudo aberto, arrombado, escancarado.
11. Novembro. Nada de notícias trágicas, bares abertos, praias lotadas e eleições. Um mês para ninguém esquecer.
12. Dezembro. Com o término das eleições a Imprensa voltou a intimidar com o vírus chinês. São Paulo fechou para balanço. O governador viajou para Paris. A vacina está chegando. Onde? Alguém viu alguma por aí? “Troco um jegue por uma vacina!”
Frase atribuída maldosamente pela Maria Louca como dedo do seu amigo Lula. Natal virtual e presentes de verdade. Papai Noel com Covid, corado de febre.
E eu em casa fazendo crochê. É verdade: peguei duas agulhas e um novelo de lã e aprendi essa arte sem querer. Acho que se o Covid continuar no ano que vem vou dar aula de crochê pela internet. Não fiz até agora nenhuma roupa, mas fiz dezenas de bolas de lã de todas as cores, para os bichanos brincarem. Estou pensando em vender nos Pets e também por correspondência. Preço módico e sem intermediário.
Este foi o ano de 2.020 que vai deixar saudades, quem tinha trabalho trabalhou em casa e quem não tinha permaneceu em casa.
A vida que muito petista pediu a Deus. E que venha o 2.021 para a felicidade de todos que estão de saco vazio que a bem da verdade são poucos, pois a maioria tem a sensação de que está cumprindo pena onde só o Lula deveria estar e não está: em regime fechado. Mas que venha o Novo Ano porque estamos de braços abertos para dar aquele abraço de urso ...
“Não é fácil elaborar uma retrospectiva do ano sem falar dos políticos, STF, Bolsonaro, Boulos, PT, PDT, Maia, Alcolumbre, Rede Globo, Chinês, Band, Ratinho e Coxa. Mas a missão foi cumprida. Que venha o Novo Ano mas que venha muito bem humorado!”
Edson Vidal Pinto
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