Rio, pobre Rio
O bom e alegre carioca tanto brincou com o seu título eleitoral e elegeu ao longo dos anos gente que não vale o que come, que hoje está amargando as consequências de sua própria desídia. E começou lá atrás quando elegeu como seu governador o Leonel Brisola, um gaúcho falador, contador de causos, que deixou a bandidagem dos morros longe da polícia permitindo , também, que os bicheiros tomassem conta das esquinas da cidade, num acordo branco para se manter no poder. E conseguiu.Depois dele tanto os governadores como os prefeitos municipais parece que foram votados e eleitos com os eleitores os escolhendo por suas fichas pregressas na polícia, pois foram escolhidos os piores das piores espécies de corruptos que dilapidaram os Cofres Públicos, com perdas de cargos após delações premiadas num redemoinho de escândalos que se abateu sobre o estado. Neste cenário podre até um governador que foi Juiz Federal colocou a mão na jaca e foi banido da vida pública. A falta de vergonha e pudor dos políticos no trato da coisa pública foi tão acelerado, que não se sabe ao certo se tem algum que valha a pena ser votado. Gato escaldado tem medo de água fria. E para piorar o PT assumiu as rédeas do governo federal com um grupo de sectários sem eira e nem beira que colocou o país de pernas para o ar, sem nenhum projeto efetivo para a área de segurança pública, contribuindo para fortalecer os traficantes e vulnerar, ainda, mais,- a frágil segurança interna dos estados. O Rio ficou ainda mais fragilizado. A violência tomou conta da cidade com tiroteios, arrastões, assaltos, homicídios e sequestros. E para agravar mais o STF impediu que a polícia pudesse invadir os morros e combater as quadrilhas, para não colocar em risco a vida e a integridade física de seus moradores. E com tudo isto a favor, a bandidagem tomou conta do Rio de Janeiro que hoje em dia é conhecida como cidade sem lei, onde tudo acontece com bandos de traficantes armados vigiando seus espaços e percorrendo impunemente as vias públicas, num verdadeiro acinte e deboche às autoridades constituídas. O Rio virou
o próprio retrato de um país sem governo, entregue a própria sorte.
E não levou muito tempo para os bandidos criarem suas próprias seguranças dentro da cidade, a ponto dos chefões do tráfico estarem cobrando entre cinquenta e cem mil reais para que comparsas de outros estados que lá quiserem se refugiar , possam ficar em seguros sob suas proteções e sem o risco de serem incomodados pela polícia. E na favela da Rocinha a oferta em questão permite que o “hóspede” fique instalado em ponto estratégico do morto, com vista panorâmica para a cidade mais bela do mundo. Triste retrato de uma cidade que foi outrora a Capital do Brasil, onde o carioca vivia a vida e o malandro do morro, quando muito, tirava proveito da desatenção de um ou outro turista desatento, sem violência, só na esperteza e sem colocar em risco a vida de ninguém…
“O Governo do Rio perdeu a guerra contra o tráfico; o carioca vive inseguro, preocupado, em total insegurança. Este o triste retrato de uma cidade que acorda e dorme ao som dos tiros de seus verdadeiros governantes.”