Se O Mundo Parar
Lembro de um filme que assisti há muitos anos atrás em que o planeta Terra de repente parou e as pessoas também permaneceram estáticas, cada uma como se fosse estátua; porém só uma pessoa não ficou imóvel e permaneceu normal naquele cenário surrealista. Claro que era alguém que não foi afetado por um fenômeno desconhecido e tinha condições de se locomover e fazer o que bem entendesse, por isto passou a agir e fazer coisas que sempre quis e que nunca tinha conseguido. Pois é, tem dias que fico pensando se o enredo daquele filme acontecesse de verdade e que eu fosse o único que pudesse me movimentar e realizar algumas modificações na atual conjuntura do país. Seria sensacional.
Claro que no início meu coração bateria acima do normal só de pensar “por quê só eu ?” Mas com o passar dos minutos com certeza relaxaria e aos poucos iria realizar meus desejos nunca revelados. Sairia de carro de Curitiba para Brasília dirigindo um automóvel, não um veículo qualquer mas uma Ferrari, da cor vermelha, que eu pegaria da vitrine de alguma revendedora de carros importados e quando chegasse em Brasília levaria algumas “estátuas” para a prisão de segurança máxima e jogaria as chaves das celas no Lago Paranoá. Dentre as “estátuas” referidas estariam onze togados, o Luiz Ignácio, o Dirceu, o Renan, Alcolumbre, o “Centrão”, o Ciro, a Marina, a Dilma e um trem de gente que atrapalha o futuro do país. Seria por assim dizer uma meia limpeza mas suficiente para os demais ratos da vida pública se esconderem.
Depois pegaria a Ferrari e iria para o Rio de Janeiro me hospedar na suíte presidencial do Copacabana Palace. Claro que depois de carregar tantas estátuas para a prisão eu tiraria uma semaninha de folga , pois ninguém é de ferro. E sem o Luiz Édson para atrapalhar eu quebraria todas as estátuas de traficantes das favelas e limparia a Cidade Maravilhosa do perigo de sucumbir na criminalidade de seus homens públicos. Suas respectivas “estátuas” e de todos os políticos do Rio seriam solenemente depositadas no presídio do Bangú II. Em São Paulo eu doaria a estátua do Doria e da turma toda da CUT para o Kin , o dono da Coreia do Norte , para ele colocar todas elas em exposição na praça da Paz Celestial da capital.
E voltaria para Curitiba onde deixaria a Ferrari no local que tinha retirado. Só por gozação colocaria a “estátua” do Grega na sala de visita da casa da Maria Louca só para ver o pau comer depois que a Terra começasse a girar novamente. É claro que colocaria a “estátua” do Ratinho de ponta cabeça nas águas do Passeio Publico para ver se ele acorda com a água fria e começa a governar. Nossos três ilustres senadores eu despacharia para um lugar incerto e não sabido para que só voltassem depois que outros três fossem eleitos : o Moro, o Deltan e um advogado trabalhista de conhecida reputação e ilibada conduta. E por último iria para casa descansar e esperar a Terra entrar nos “”eixos” e acordar aos poucos todos aqueles que estivessem dormindo.
Sei que poderia ter feito mais coisas e limpar o país de gente indesejável que prega o “nós e eles”, a diferença social, “ele não”, quem cultua o racismo, a intolerância religiosa e outras coisas mais, mas não daria tempo. Porque no filme que me referi no começo a Terra parou apenas um dia e depois voltou ao normal. E num dia só mesmo o Super-Homem com sua força e velocidade fantástica é que poderia remover tantas estátuas para Anchorage (Alaska) e não perder o fôlego. Eu como simples mortal só pude fazer o que eu fiz, e acho que fiz o que pude …
“Tem momentos que escrevo com as asas da imaginação e transformo em ficção a vontade que tenho do povo brasileiro acordar e expulsar os corruptos e indesejáveis da vida pública. É um sonho que um dia espero seja realidade. A Terra nunca vai parar, mas todos nós podemos parar os maus políticos!”
Édson Vidal Pinto
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