Secretário Sem Crédito.
Alguém sabe quem é o Secretário de Estado da Segurança Pública do Paraná ? Ou ouviu alguma entrevista dele nos meios de comunicação prestando contas das ações de sua Pasta? Pois é, pelo que eu sei é um Oficial graduado do Exército Brasileiro e nada mais, um Secretário de Estado como tantos outros do Governo Ratinho que pouca gente sabe de onde veio e o quê está fazendo de útil para o povo do Paraná.
Porque vamos e venhamos a segurança pública está um verdadeiro caos. E não sou eu que estou dizendo mas os deputados estaduais Coronel Lee e Soldado Fruet que postaram a viva voz no WhatsApp (Grupo Direita Volver) críticas acerbadas contra o referido Secretário por ter mentido em recente e raro pronunciamento que a segurança pública vai muito bem e que o investimento feito nas instituições subordinadas está em quarto lugar do país. Esclareceram os parlamentares que o orçamento aplicado diz respeito apenas à logística e não na valorização dos policiais.
Inclusive o Coronel Lee fez uma grave acusação de que na licitação para compra de pistolas o Edital foi alterado para adquirir armas sem a aprovação do corpo técnico da Polícia Militar, não havendo a devida constatação de que as mesmas sejam eficazes e seguras nos seus manuseios. E que a segurança publico em mais de uma centena de municípios inexiste por não contar com um mínimo de efetivo para fazer o trabalho policial preventivo. Declarações explosivas que mereceriam pronta averiguação do Ministério Público e que não chegam aos ouvidos do povo em geral face a couraça de segredos que envolve a aludida Pasta. Esta é a face do atual governo estadual. Mas o assunto pior vou abordar agora: o percentual de aumento (reposição) do funcionalismo publico estadual.
Um verdadeiro deboche com o anúncio feito de três por cento que não chega nem a cobrir a inflação do último ano que ultrapassou a casa dos dois dígitos. Para um governo que até agora não sabe a força dos baderneiros sindicalistas, arrefecidos pela política austera do Governo Federal, abusa em oferecer um percentual de miséria aos seus servidores a ponto do deputado Soldado Fruet afirmar que o aumento para o soldado da Corporação corresponde oitenta reais a mais no seu soldo. Um absurdo.
Há muitos meses tenho passado na frente da Associação dos Delegados Civis do Paraná (rua Padre Agostinho) e deparo com cartazes escritos de que o governador Ratinho é inimigo dos policiais. Pudera, são os policiais que fazem o trabalho pesado da sociedade e não tem merecido o devido reconhecimento governamental. E pelo visto o Secretário de Segurança que tem dupla remuneração não está nem um pouco preocupado com a situação de seus subordinados.
Assim é fácil e cômodo ser Secretário sem reivindicar e lutar junto ao governador situação de melhoria dos profissionais das Instituições que compõe dita Secretaria. E de outro prisma os professores merecidamente tiveram reposição salarial diferenciada (principalmente os que ganhavam menos) e na Prefeitura Municipal o Greca agradou seus funcionários proporcionando uma reposição salarial bem acima de dois dígitos da inflação.
Claro que o funcionalismo estadual na sua maioria está insatisfeito e contra o Governador, o que poderá refletir nas urnas uma surpresa porque o Requião embora não seja flor que se cheire sabe muito bem tirar partido de qualquer situação que lhe favoreça. E não é bom ter a Classe Policial contra, principalmente nas vésperas de eleição.
Fui diretor-geral da Secretaria de Segurança Pública e sei muito bem avaliar a situação da área; ou o Governador abre os olhos e toma uma atitude de aproximação e respeito que o caso exige ou vai amargar com sua inoperância e insensibilidade um desastre político…
“Ingressei no Ofício Publico na época em que o funcionário estadual ganhava mais do que o funcionário municipal e o vereador sequer era remunerado.
Hoje vereador ganha mais do que a maioria dos servidores estaduais e os funcionários do município igual ou mais que o Estado paga aos seus servidores. Sem referir na quebra criminosa de isonomia entre o pessoal da Ativa e os Aposentados. Falência total do Pacto Federativo.”
Edson Vidal Pinto