Segredos Exclusivos de Um Interrogatório Sem Fim!
Hoje, 11 de maio de 2017.
A República de Curitiba continua em pé, o pequeno rodamoinho mal chegou a levantar o pó da Praça Santos Andrade. A reunião dos petistas foi mais uma manobra de muito estardalhaço e pirotecnia com pólvora molhada. Num verdadeiro furo jornalístico e em primeiríssima mão vou relatar toda a verdade que aconteceu ontem na sala de audiências do fórum da Justiça Federal, quando o Luiz Inácio foi interrogado.
E como eu sei? Ora, ora, quem tem "pistolão" não morre pagão! Foi minha querida amiga Castorina, bela exemplar de cupim fêmea, que não cansa de devorar a madeira da cadeira em que senta o Moro, que me confidenciou detalhes da audiência.
Ela habita há muito tempo a sala de audiências do fórum, pois ali chegou após um voo de reconhecimento vindo da região do Capão da Imbuia e por encontrar a janela aberta do prédio resolveu fazer o seu lar na cadeira do Juiz. Gostou do ambiente formal e respeitoso da sala e da madeira de puro pinho que se delicia diariamente.
Logo que ouvi pelo rádio que o interrogatório tinha terminado, movido pela curiosidade, resolvi telefonar para a Castorina e ela me contou tudo que aconteceu em quatro paredes. Ela fez questão de frisar que o Luiz Inácio iniciou especulando e demonstrando boa vontade e simpatia.
- Boa tarde Excelência, como é bonitinha a sua beca...
- É Toga - corrigiu o advogado de defesa.
- Sim, claro, me desculpe eu não estou familiarizado com essa indumentária formal; e como vai sua mãezinha que mora em Manaus?
- Manaus, não, Maringá!- corrigiu mais uma vez o advogado.
- Verdade desculpe-me Excelência, mas como são cidades próximas confundi apenas o nome...
Castorina disse que o Juiz apenas ouvia calado.
- Escute bem Moro...
- Dr. Moro - corrigiu imediatamente o advogado mais diligente.
- Pois é Dr. Moro, espero que não exista nenhum mal entendido entre nós dois! Saiba que eu sou o Lulinha Paz e Amor, vivo em apartamento cedido por um amigo, da "grana" da aposentadoria e da Presidência da República. Além disso, do dinheirinho que ganho jogando no bicho...
- Bicho, não! -exasperou- se o advogado, temendo que o Moro desse voz de prisão ao seu cliente.
- Retifico o que eu disse, jogo do bicho é proibido, né?
O Juiz se limitava em fazer anotações, os Promotores se entreolhavam, e os advogados suavam em bicas.
- O senhor gosta de sushi? - arriscou perguntar. E como não houve resposta, Luiz Inácio fez rápido cafuné na própria cabeça, e pensando acertar em cheio, perguntou:
- E uma cachacinha das boas? Ninguém resiste, não é mesmo?- olhou para todos os presentes e sentiu que não agradou. Ficou em silêncio. Foi quando Juiz lhe perguntou:
- O tríplex é seu?
Luiz Inácio ficou nervoso, mas respondeu:
-Pô, nem sei falar o nome dessa coisa e o senhor acha que ele me pertence? Poupe-me, doutor!
- E o sítio do Atibaia?
- Do sítio só sei que os patinhos de brinquedo são dos meus netos!
- E o que é seu, senhor Luiz?
- A Caninha "51" excelência, nada mais eu tenho. Tudo que falaram é mentira, os documentos não são verdadeiros, eu sou uma grande farsa, nem eu acredito que existo!
- Então me diga: quem é o senhor? O interrogado pensou um pouco e respondeu:
- Eu sou... Um Anjinho que não sabe de nada!
Dai, levantou da cadeira onde estava sentado, viu a janela aberta e saiu através dela voando, batendo freneticamente as asinhas...
Difícil de acreditar, não é mesmo? E alguns quarteirões dali um pequeno amontoado de petistas quando viu o líder supremo voando, acenaram freneticamente e em coro gritaram:
- É ele! O nosso herói da honestidade impoluta!
Um sem terra distraído perguntou:
- O Anjo Manuel ?
Não seu burro! Respondeu em coro o grupelho reunido:
- É o Luiz Ignacio o futuro presidente !!!
E lá dentro da sala de audiências Castorina tirava suas conclusões:
- Homenzinho convencido mas não me engana; Anjinho só se for da Terra do Nunca ou do presépio da Casa da Dinda!