Sem dignidade não dá
Diferente da atividade política partidária, no âmbito da Administração Pública, se o ocupante de cargo de relevo não tiver uma biografia respeitável o indivíduo não consegue se manter ou se conseguir só vendendo a própria alma ao diabo, não importa onde esteja e nem o que pretenda fazer de bom. Cargos executivos dependentes de mandatos eletivos também entram nesta regra, apesar de que referidas autoridades venham da referida política, porque é norma prevalente manter a descrição, a liturgia do cargo, a transparência e o decoro. Sem estes qualificativos por mais importante que seja a posição no organograma físico do Estado, o seu ocupante sempre terá restrições e sofrerá descréditos por onde esteja. Tal como está acontecendo com o Luiz Ignácio - um reles e ordinário indivíduo egresso da prisão - que num passe de pura alquimia jurídica até hoje não digerida, da noite para o dia, foi ungido de volta ao cargo de Presidente da República. Desde que assumiu tudo o que disse ou fez tem o timbre do descrédito, exceto para aqueles que aceitam seus erros danosos e manobras politiqueiras revestidas de suspeitas, por ser ele o líder de fantasiosa e inescrupulosa ideologia. Portanto temos um Presidente que vive tolhido na sua liberdade de ir e vir, sem possibilidades de impetrar Habeas Corpus para seus afilhados e comandados do STF, que com certeza lhe concederiam a ordem sê impetrada, mas que seria inexequível. Um remédio constitucional natimorto porque o povo não engoliria conviver e nem dividir com ele os mesmos espaços públicos e ambientes sociais. E não precisa enxergar muito longe para ver que temos um Presidente impopular e mal visto, porque seus antecedentes de vida são os piores possíveis. E como o cargo não dá respeito ao seu ocupante, este, com certeza foge de tudo e de todos, assim como o diabo foge da cruz. Então, o que pretende fazer esse homem odiado, tripudiado e desmoralizado? Ah, com certeza enfraquecer ainda mais os Poderes da República, as Instituições fiscalizadoras, dividir o povo, aliciar o alto comando das FFAA e dilapidar com a democracia. Esta é a verdade, pois alem disto, não tem a menor lógica que ele continue pendurado no principal galho do país. Tática copiada do que aconteceu na Venezuela de Chaves. É óbvio que onde ele está não vai querer sair, pois sem o cargo que ocupa, não poderá agregar seus adeptos e nem fomentar desgraça para poder desfraldar sua bandeira vermelha. Para os canhotas ele é um líder necessário; para os democratas o símbolo do atraso. E assim será até o final de seu governo, claro se ele e sua turma não conseguirem alcançar seus objetivos, daí chegaremos até o último dia de seu mandato como verdadeiros frangos depenados…
“Ninguém Preside uma Nação democrática sem a auréola da honestidade, respeito e competência. Tais qualificativos são condições mínimas para incutir no povo a esperança de um futuro promissor. O Luiz Ignácio é a antítese disto. Sua permanência no cargo só pode ser por maracutaia e objetivos escusos. Ou alguém ainda duvida de suas intenções?”