Sem dinheiro para picanha.
As Universidades federais dominadas pelos canhotas resolveram peitar o governo do camarada Luiz Ignácio entrando em greve por melhores salários, a paralisação foi total, portas fechadas e alunos sem aulas. Típico movimento orquestrado por sindicato da classe dos professores que encontra pronta adesão de seus filiados, por inexistir política de recursos humanos que reponha (ao menos) uma vez por ano a perda do salário decorrente da espiral inflacionária, e isto é claro, atinge o bolso dos servidores assalariados que não se negam em aderir a paralisação. No âmbito das Universidades federais tais protestos ocorrem em larga escala, principalmente para marcar oposição decidida e inarredável quando o governo é do contra, podendo nestes casos a greve perdurar por meses até que o objetivo seja alcançado. E por mais tempo de paralisação dos estudos melhores resultados politicamente são conseguidos, porque via de regra a culpa sempre cabe ao descaso do governo por não atender as justas reivindicações do pessoal da educação. E quando aos dias não trabalhados sempre existe um acordo esdrúxulo que não fica valendo nada, apenas os alunos são prejudicados. Ora, os alunos, estes não passam de pequenos mariscos entre a fúria do mar com o rochedo, só não são dispensados porque sem eles não existem Universidades e nem sindicatos próprios. Só que nesta grave existia um aspecto peculiar : os grevistas e sindicato pintadinhos de vermelho baterem de frente com um governo todo ele pintado de vermelho, claro, o final de tudo só poderia dar bode. É verdade sabida, de todos os cidadãos que pensam, que o caixa do governo está no seu limite mínimo, pois o Luiz Ignácio é um gastador emérito, gastar o dinheiro do contribuinte a torto e a direito é com ele mesmo, principalmente em emendas parlamentares para garantir a sua governabilidade. No início do ano anunciou uma reposição salarial ridícula para os servidores públicos, inclusive com parcelamentos a parder de vista, sendo que na ocasião os sindicatos (pelegos do governo) ficaram silentes e rezando para não serem lembrados.
Contudo, na greve das Universidades federais os sindicalistas estofaram os peitos e na esperança que encontrariam pronta solução por estarem afinados ideologicamente com o governo, fizeram o que fizeram. Uma greve mal calculada. Pois o governo federal não tem dinheiro para aquinhoar os professores universitários, até porque se fosse atendê-los despertaria a ira dos demais segmentos do funcionalismo público. Os reitores do PT pediram arrego para a presidente do partido que agendou uma reunião com o Luiz Ignácio, a fim de resolver o imbróglio.
Na reunião o presidente prometeu liberar alguns tostões para pesquisas científicas (?), reparos de prédios e futuramente estudar uma reposição salarial mais satisfatória. Promessa nada mais do que promessa. Mas deu azo para por término na greve. Pois bem, na próxima segunda-feira às Universidades reabrirão suas portas, os alunos poderão voltar às salas de aulas, os sindicalistas sumirão por algum tempo para serem esquecidos, os reitores vão dizer que a paralisação foi um sucesso porque o governo sensibilizado disponibilizou recursos para melhorar a qualidade (?) do ensino, e os professores quando arrotarem nas salas de aulas vão culpar o excesso de picanha que comeram no almoço…
“A greve das Universidades federais terminou com todos os envolvidos com cara de vão de cerca. Os sindicalistas calados e pedindo para serem esquecidos. Só perderam os alunos que não tiveram aulas. Foi um período de férias para os reitores, professores e funcionários.
Se o Bolsonaro fosse o Presidente a greve com certeza jamais terminaria como está terminou.”
Édson Vidal Pinto