Sem TV e Nem Rádio
E por ser dia de descanso e lazer vou evitar uma leitura sombria e recheada de desencantos, para fazer um análise dos acontecimentos de ontem, sem ter assistido TV e nem ouvido rádio. Claro que vou abordar as comemorações de 7 de setembro, um acontecimento marcante da História do Brasil, quando nos tornamos um país liberto e soberano do reino de Portugal. E como tradicionalmente acontece o povo sai de suas casas para assistir o desfile civico-militar, com estudantes, policiais civis e militares dos estados, além das FFAA com seu maquinário pesado e aviões rasgando o céu, proporcionando a alegria com suas marchas e bandas para ouvirem os aplausos patrióticos dos bons brasileiros. Lembro ter assistido na década de sessenta do século passado, minha querida irmã Marley, então aluna da Escola Normal de Curitiba, desfilar com seu tradicional uniforme azul e branco, com gravata azul, bordada com as iniciais “IE” juntamente com suas colegas, pela Rua XV de Novembro, também, alunos de outros colégios compondo blocos de estudantes numa verdadeira festa patriótica. Época de um país diferente, sem divisões entre “nós” e “eles”, nem de raças, porque não existiam os sindicatos, a CUT, o PT, o PSOL, o Luiz Ignácio, o José Dirceu, a Gleisi, o MST e toda uma parafernália de siglas de partidos políticos que disseminam o ódio e pregam a discórdia como forma para se sustentarem. E o pior: têm militantes e adoradores. É claro que a mudança para o novo século trouxe não apenas os bafos malcheirosos que contaminou o país tornando-o diferente, como, também, influenciou o modo de ser dos brasileiros, que deixaram a malemolência de lado, a fleuma de passividade para se tornarem menos solidários, desconfiados e com os nervos a flor da pele.
Pois as minorias tanto insistiram que mudaram os hábitos e costumes, criando obstáculos, atritos e diferenças. São os novos tempos. E será que isto afetou a comemoração festiva de 7 de setembro?
Como disse, não sei como tudo aconteceu, portanto, vou procurar adivinhar. Brasília teve um desfile apoteótico, com o Chefe da Nação no palanque principal, tendo ao lado os Chefes do Poderes Legislativo e Judiciário, além é claro de seus honrados ministros e os chefes das FFAA. Segundo o Jornal Nacional ( eu acho) estivam presentes mais de três milhões de pessoas que aplaudiram os militares e os excluídos, e em coro gritaram por quase vinte minutos sem parar o nome do homem mais honesto do Brasil: “Luiz Ignácio! Luiz Ignácio!” O General Caxias tremeu de emoção em seu túmulo. E na Av. Paulista, em São Paulo ?” O Bonner leu uma rápida nota (eu acho) dizendo que o Bolsonaro foi vaiado pelas cento e vinte pessoas que estavam presentes no local, tendo saído escoltado por policiais militares para não levar outra facada. O seu grito de “Fora Xandão” foi um fisco histórico. E o Jornal Nacional terminou. Será que eu acertei? Será ? Se não for verdade é puro fake News, pois é inegável que a popularidade do Luiz Ignácio está chegando no píncaro da glória, por assim dizer, no auge do auge. E não poderia ser diferente porque ele é o “filho do Brasil”, o salvador dos artistas, da Globo, dos jornais, dos professores universitários, do Ducce, do Gil, do Boulos, do Haddad, do Mercadante e até do Requião. Ele é o “nosso” bem amado, o nosso Paulo Gracindo de nossa Sucupira, o benfeitor dos pobres e dono de nossa tão esperada picanha…
“E viva o Luiz Ignácio e seu governo de prosperidade para o Brasil. Viva os ministros de Estado e os do STF. Viva os parlamentares,
defensores da Pátria e da moralidade pública. Viva os comandantes das FFAA, guardiões da Constituição.
Viva 7 de setembro (?). Viva o povo que faz do seu voto uma titica.”