Sim, vamos à guerra!
Enfim, o Apocalipse! Depois de chuvas e trovoadas ameaçadoras a humanidade está prestes a enfrentar o pior: o fim da Terceira Guerra Mundial!
- O fim? Não é o começo, não? - perguntou o Sezinando, meu amigo oculto.
- Óbvio que é o fim mesmo,
cara. - respondi com convicção. - Pois com as armas nucleares de hoje toda a guerra não tem começo, mas, sim, fim ...
- Pô, eu não tinha pensado nisso ...
- E vamos nos preparar para dar o primeiro tiro antes que seja tarde demais ...
- Nós ?!?! Por quê, nós??
- Porque o Eduardo tanto provocou todo mundo que a China resolveu peitar a ofensa de que não é responsável pelo coronavírus, e se não houver desculpas formais do governo brasileiro, ela vai aceitar a briga!
- Logo conosco?
- pois é, contra nós.
Daí um silêncio sepulcral entre o diálogo, dava para ouvir o zumbido de um mosquito da dengue.
- Mas, o que nós temos que ver com isto? O Eduardo que vá se explicar ...
- É, mas não é tão fácil, assim. A China fica muito longe, além do mais, eles estão querendo brigar a todo custo com alguém no ocidente e nosso país ganhou a preferência ...
- E por que eles não vão guerrear com os americanos? Os russos? - insistiu Sezinando.
- Ora, meu amigo, porque eles também tem armas nucleares ...
- E nos?
- Só bucha de canhão: o Lula, a Dilma, Mercadante, Odebrecht, FHC, Amante ...
- Ah, então empatamos em armas devastadoras. Acho que nossa munição destrói qualquer país em fração de segundos ...
- Sim, eu sei. Só que essa gente está no exterior aproveitando a vida e não voltarão tão cedo para o Brasil. - respondi preocupado.
- Sei, sei ...e o Alcolumbre?
- Está fora dos planos, pois pegou coronavírus ...
- E o Maia?
- com apenas 76.000 votos não fará nenhum estrago no inimigo .
- E o impoluto Toffoli?
- Poderá destruir metade, mas não a totalidade da China.
- Ah, lembrei: que tal então arremessar uma munição com o Gilmar ?
- Não dá, ele foi dar aula em Portugal ...
- E o Renan?
- Esse atualmente é “café pequeno”.
- E o Ciro?
- Depois que o irmão dele praticou tentativa de homicídio contra policiais militares amotinados, ele está com o rabo entre as pernas : nem late mais!
- E o Maria Louca?
- Enferrujou e caiu de moda ...
- Talvez a Marina, hein?
- Ela está hibernando, só aparece de quatro em quatro anos ...
- Então estamos fritos!! Vamos ser destruídos! Não temos armas para combater o inimigo! - se desesperou o Sezinando.
- Sim, é verdade. O Eduardo nos colocou nessa fria porque tem a língua grande demais e um pai que não sabe censurar o próprio filho. - respondi. Mas na obrigação de acalmar o meu amigo, comecei a fazer algumas ponderações. - Poderíamos revidar a ameaça da ameaça abrindo espaço para uma guerra comercial.
- Como? - quis saber o Sezi.
- Com a declaração de que não vamos mais comer pastéis, taí um bom começo.
Já imaginou o baque econômico que vamos causar àquele país?
- Nem comprar seda, nem bugigangas “made In China”, nem automóveis de baixa qualidade, nem frequentar escolas que ensinam mandarim...
Senti que meu amigo já não estava mais aflito, foi quando para acalmá-lo de vez, arrematei:
- E você já pensou se a gente acaba ganhando a guerra?
- ?
- O que vamos fazer com tantos chineses para dar de comer, educar e arranjar trabalho?
Daí olhei bem firme nos olhos do Sezinando e ele nos meus, cada um pensou para si por alguns segundos, e caímos na gargalha ...
“O Eduardo é um filho que não tem jeito. Pau que nasce torto, morre torto. Arranjou encrenca logo com a China; não poderia ser contra corinthianos, flamenguistas, vascaínos, palmeirenses, gremistas e até mesmo atleticanos? Mas, não, metido a besta provocou quase metade dos habitantes da terra. E agora? Vai pedir arrego ou vamos ter que lutar? Que sina, meu Deus!”
Edson Vidal Pinto
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