Sob o céu de Guaratuba!
Domingo, 08 de janeiro.
Tem dias que a natureza esta exuberante, principalmente quando estamos na frente do mar admirando o horizonte. O sol entre o azul do céu oferece um espetáculo para os olhos e ao coração!
É impossível não enxergar o Criador dos Mundos num cenário tão grandioso e belo. Fico pensando o quanto somos infinitamente pequenos, apesar de imaginarmos o contrário, nada representamos senão seres viventes que tem uma trajetória de vida cujo tempo é um simples sopro.
E nada mais. Por que então carregamos dentro de nós tanta soberba, orgulho, maledicência e destruição? Somos predadores de nós mesmos quando queremos sobrepujar com a força o direito que não temos, fingimos e dissimulamos para atingirmos objetivos que nunca foram nossos. E quando paramos para raciocinar nem sempre enxergamos os nossos erros.
Este o gênero humano com suas idiossincrasias. Cada segundo de tempo que passa menos entendemos e mais nos distanciamos uns dos outros, pois a correria do dia a dia nos deixa menos sensíveis e solidários. Estamos perdendo a graça de amar o próximo, dar as mãos, oferecer um ombro amigo e compartilhar da dor alheia. Refugiamos-nos na clausura de nossas insignificâncias para desfrutarmos egoisticamente de um mundo que é só nosso, de nossa família e de mais ninguém!
Nele reinamos e desfrutamos do nosso próprio espaço como se nada mais fosse importante, onde nós e os nossos fosse os únicos com o direito de ser feliz. Tudo o mais é secundário e desprezível. Nessa argamassa de pensamentos e desejos egoístas vamos construindo o nosso amanhã, cada um por si, sem dó e nem piedade.
E Deus? Nossos pensamentos 0 esquecem, Ele não tem importância porque o nosso bem estar deve estar em primeiro lugar, nossa família a razão de nosso viver e Dele nos lembramos apenas nos momentos de perigo e de barreiras aparentemente intransponíveis. Fora isto, Deus permanece ignorado e distante de nossas regalias.
É pena, muita pena mesmo, que Deus não esteja em primeiro lugar para sermos lembrados como seus filhos, respeitando a tudo e a todos para merecermos igual respeito. Mas o mundo materialista nos faz esquecer-se do Divino e dos Mistérios que estão por de trás das cortinas do tempo, apenas a grandeza do mar perante os nossos olhos, ou a altura das montanhas ou a imensidão das planícies é que nos devolve à realidade.
Somente perante a grandeza de suas obras e quando nos sentimos verdadeiramente pequenos é que Deus aparece em nossos corações, quando então nos curvamos com respeito! Tal como agora eu estou me sentindo, sob o imenso azul do céu de Guaratuba!