Tabuleiro Político
Tem dias que tenho vontade de dar uns palpites no atual quadro da política com o único propósito de mexer algumas “pedras” que são empecilhos, a fim de encontrar uma saída para o marasmo e oxigenar a vida pública do país. Esclareço que não sou nenhum expert em política-partidária mas conheço o suficiente a natureza humana e a biografia de muitas pessoas públicas que rondam há demasiado tempo os ambientes palacianos. E como hoje é domingo, dia de jogar conversa mole fora, vou rabiscar algumas linhas para colocar em prática este meu desejo oculto. Cenário nacional. Presidência da República.
Na atual conjuntura e levando em conta os nomes dos postulantes para disputar a presidência eu não tenho nenhuma dúvida, por falta de melhor opção, que o Presidente Bolsonaro será reeleito com considerável folga de votos. Mas sabendo que muitos eleitores gostariam de uma terceira via como opção de escolha, um único nome poderia sacudir a disputa e tornar incerto qualquer resultado. Este nome seria o do gal. Mourão pela prudência de comportamento nas crises que o governo, do qual é seu Vice-Presidente, tem reiteradamente enfrentado.
Ele e o Bolsonaro estão distanciados em razão do temperamento nada fácil do capitão no trato com àqueles mais chegados, embora nunca tivesse rompido publicamente pela lealdade que dedica ao seu colega de farda. Claro que o cenário da disputa seria de difícil prognóstico porque o Mourão concorreria na mesma faixa de eleitores do Bolsonaro e abriria uma brecha perigosa para que a candidatura nati-morta do Luiz Ignácio possa adquirir fôlego nessa briga há três. Acho que entre Bolsonaro e Mourão quem escolher um nome de respeito como vice da chapa, chegaria a vitória. Cenário paranaense. Vaga (1) para o Senado Federal.
Hoje quem tem a vaga garantida para reeleição por mais oito anos para não fazer absolutamente nada é o Álvaro Dias, um político em final de carreira que não tem mais nada há oferecer pois seu tempo já passou. Porém um nome poderá barrar essa sua pretensão de querer continuar vivendo às custas do Estado no melhor resort de Brasília: Sérgio Moro. Não que este seja ainda uma “lenda viva” por ter combatido a corrupção do país, mas porquê seu nome ainda é muito lembrado dentro do estado do Paraná e seria um ótimo teste para aferir seu real prestígio perante o eleitorado. Pois caso saísse vitorioso da disputa estaria com chances futuras de abiscoitar o governo do estado. É o tudo ou nada -, mas se o Moro quiser arriscar concorrer à Presidência será o fim de sua vida pública.
Pois não tem cacife fora do Paraná para chegar a lugar nenhum. E seria um passo gigantesco alimentar a pretensão em querer derrotar o Ratinho Jr. na sua caminhada a reeleição para o governo do estado. Este (Ratinho) apesar de suas limitações como homem público já costurou sua cama política e não terá adversários na disputa. Nem o velho e ultrapassado Roberto Requião, agora do PT, fará sombra ao atual mandatário. Política municipal. Quem poderá suceder o Greca na Prefeitura de Curitiba? Eis uma questão em aberto no atual cenário político pois com exceção do Nei Leprevost que é o Secretário de Estado da Justiça e do Trabalho do atual governo estadual, nenhum outro nome já cogitado leva mais credibilidade e demonstra tanta vontade para administrar a cidade de Curitiba.
Mas ainda é prematuro saber como se desenhará o cenário com outros eventuais postulantes. Pois bem. Depois de escrever li e reli o texto e acho que me sai razoavelmente, pois os nomes que citei estão na boca do povo e em condições de propiciar um alento de mudanças…
“Sei que é perigoso querer ser realista no mundo político e traçar prognósticos -, porque nos bastidores dela (política) é que se costuram nomes para concorrer às eleições. Os eleitores são meros coadjuvantes para digerirem prato feito.
Oxigenar é palavra proibida e maldita entre os detentores de cargos eletivos. Por isto os nomes dos políticos são sempre os mesmos.”
Edson Vidal Pinto
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