Toga Sem Brilho
Os seres humanos perderam o senso de equilíbrio quando permitiram a inversão de valores, a licenciosidade sem freios e a absoluta falta de respeito ao próximo. Na sociedade atual o homem quer ser mulher e a mulher quer ser homem contrariando a lei natural das coisas, sem oposição de quem quer que seja. Valores morais há cada dia que passa é letra morta na educação e formação dos indivíduos, culpa dos pais inconsequentes, de um magistério sem vocacionados e de sociedades degredadas. Ninguém tem respeito por ninguém e autoridades que não se dão o respeito -, é difícil conviver num país dividido e com tantas diferenças e contradições.
O Brasil tenta não mudar apesar da assunção de um novo governo porque a reação “dos contra” luta contra a decência imposta na administração do Estado, que agora colide com interesses escusos dos péssimos políticos, empresas, banqueiros acostumados com o lucro fácil e com a resistência hercúlea dos corruptos para não serem presos. E a Justiça que deveria ser um Poder exemplar desqualificou-se pela pobreza moral de muitos de seus Juízes. Os Tribunais Superiores estão com seus cargos loteados por verdadeiros picaretas do direito, homens e mulheres sem luz própria, sem compostura e comprometidos ideologicamente ou com escritórios de advocacia. Ressalvadas algumas poucas exceções.
Com o Poder Judiciário destroçado comandado por um monstrengo denominado Conselho Nacional de Justiça que sepultou o pacto federativo, imiscuindo-se nos atos de gestão e financeiro dos Tribunais estaduais, ditando normas equivocadas e diretrizes ao talante da imaginação de seus Conselheiros alguns inclusive estranhos à Magistratura, é um sistema engessador que atende o comando do Presidente do STF com suas mazelas notoriamente conhecidas. É a maior sinecura do Judiciário brasileiro. Uma vergonha! Um mau STF onde seus ministros são tripudiados publicamente contamina os maus desembargadores e maus juízes.
Estes também se acham no direito de serem arrogantes, soberbos e desclassificados. Exemplo? Ontem na praia de Santos o Des. Eduardo Almeida Prado Rocha de Siqueira membro do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, quando caminhava pela orla foi admoestado por policiais da guarda civil porque não fazia uso da máscara protetora do Covid. Irado humilhou os agentes públicos e quando recebeu a multa rasgou a mesma e jogou na calçada. Um verdadeiro troglodita vivendo na selva urbana. A cena foi inteiramente gravada e distribuída na mídia para quem quiser se indignar. Meus Deus, que nível chegou alguns magistrados que não zelam mais pelos seus Tribunais, nem se envergonham perante seus demais pares e deslustram o brilho da Toga.
Para tais comportamentos é imperativo impor a devida censura administrativa inclusive com pena de aposentadoria compulsória, por falta de condição comportamental perante a sociedade do qual serve. São corrigendas necessárias mesmo cortando a própria carne para ressalvar o prestigio da Magistratura -, episódio que não comporta proteção corporativa e que deve servir de exemplo para todos os juízes. A Toga agoniza nos ombros daqueles que não tem honradez para sustentá-la...
“Uma autoridade judiciária que humilha servidor público que está no exercício regular de sua função é um mal educado, intolerante e desclassificado. Merece rigorosa punição. Chega de Magistrados que não tem estofo moral e nem respeito ao próximo. Os jurisdicionados não merecem ser Julgados por Indivíduos inconsequentes.”
Edson Vidal Pinto
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