Tribunal Desmoralizado
Pela importância do STF no contexto do Poder Judiciário, além de uma história significativa para o país e de ter tido no passado pessoas de alto saber jurídico e ilibada conduta moral, hoje, lamentavelmente não passa de arremedo de justiça com todos os seus integrantes escolhidos por interesses ideológicos. Sim, porque mesmo os dois únicos nomes escolhidos pelo Bolsonaro, foram nomeados atendendo o critério único de preferência do governante sem atender minimamente suas qualificações de juristas eméritos (que não são) , mas como tentativa de que pudessem se opor as decisões dos demais pares. E isto só aconteceu no início e timidamente, sem, contudo, terem demonstrado fôlego e nem posicionamento próprio. Preferiram permanecer sobre o vai e vem das ondas e da conveniência a fim de não se indisporem com o grupo majoritário. E com isto os atuais inquilinos do STF são vulneráveis às críticas pela institucionalização da política e da ideologia no âmbito da Corte -, pela parcialidade notória dos julgamentos com decisões favoráveis aos amigos e rigorosa aplicação da Lei aos adversários (do Chefe). E por consequência o Brasil perdeu seu rumo, quer pela insegurança jurídica que gerou consequências nefastas no seio do povo, quer pelas decisões teratológicas (aberrações) que modificaram o rumo do país ao permitir ressuscitar da masmorra um ladrão para torná-lo Chefe da Nação. Esta a verdade nua e crua da atual situação socio-econômico-cultural e moral do país. No Estado Democrático de Direito se os três Poderes não forem harmônicos e independentes a Lei e a Ordem não subsistem e, daí, o caos com a divisão de classes e o império da criminalidade e violência. E com os três Poderes da República vulnerados pela corrupção e entreguismo, a democracia se esboroa e a divisão de pensamentos torna-se um barril de pólvoras. E não se vislumbra nada e ninguém que queira reaproximar os contrários em busca de uma saída pacífica, pois o próprio presidente por governar com ódio nos olhos e veneno na boca busca aprofundar o abismo entre os desiguais; e também, por ser um megalomaníaco quer atrair a atenção do mundo provocando lá fora (em outro Continente) um povo irmão.
Sob a luz da realidade e pondo a nu toda verdade, para quem pensa no futuro, sabe que o país agoniza pela aparente falta de saída. O beco em que está metido parece ser o fim da linha. E para piorar ainda mais, anteontem, perante um público de convidados escolhidos a dedo tomou posse o Dino (aquele que confabula com traficantes) no cargo de inquilino do STF.
Com uma biografia que não o torna qualificado para o exercício do cargo, apesar de ter sido Juiz Federal não vocacionado, porque desde logo optou pela carreira política (foi péssimo governador e parlamentar medíocre), ao que parece foi escolhido pelo Luiz Ignácio para preencher a “cota” destinado a um comunista. Só que lá ele não será o único. E não adianta pensar que o Dino ao envergar a Toga será independente, imparcial e tecnicamente comedido em suas decisões, porque não será. Pau que nasce torto não tem jeito, morre torto. E com os juízes do STF sem nenhuma representatividade, a Magistratura como um todo perdeu o prestígio e o brilho. Pelo menos é assim que os jurisdicionados e os bons advogados pensam…
“Pensa que não dói criticar o próprio Poder do qual faço parte? Cada palavra que escrevo é como rasgar a própria pele, mas como Magistrado não posso dar as costas à verdade. Gostando ou não.”