Um ministério em causa própria
E como é dia de descanso o jeito é brincar com coisa séria, nada difícil como veremos adiante, pois vivemos num país que tem um governo federal que por si só é uma piada pronta. Exemplos? Temos um Ministério da justiça e da Segurança Publica mas não temos justiça e muito menos garantia de vida; dizem que também temos um Ministério da Fazenda cujo titular come pelas mãos dos outros porque não conhece porcaria nenhuma de economia. É claro que também temos um presidente que, com o perdão da palavra, deveria estar preso ao invés de estar enchendo o nosso saco. Se fizéssemos uma análise minuciosa dos principais auxiliares do “filho do Brasil” e os seus respectivos Ministérios, quase com certeza, chegaríamos à conclusão que eles estão no lugar certo para tirar proveito próprio, sem nenhum compromisso com eventuais políticas públicas. O Brasil que se lasque, a ordem é bagunçar o coreto. O Ministério dos Direitos Humanos propiciou que seu titular desfilasse na marquês do Sapucaí, no último carnaval, como destaque de um carro alegórico. Um ministro sacolejando o esqueleto sem se preocupar com o decoro e a respeitabilidade do cargo. Tudo dentro da toada do melhor populismo. Como a várzea prefere e aplaude. Esta a marca do petismo explícito. Mas um Ministério que tem a denominação de Cultura e é responsável por liberar verbas para atores, músicos, shows contratados por prefeituras e espetáculos da pior qualidade, parece que está nas mãos de uma cantora (como no tempo do Gil) para administrar as atividades da área a fim de atender interesses próprios. Com o Gil era diferente: ele prestigiava os “canhotas”, e os outros, que comessem o pão que o diabo amassou. Mas a atual ministra -cujo nome é Margareth Menezes-
destinou dinheiro para diversas prefeituras realizarem shows em que foi a cantora principal. Em outras palavras: abriu os cofres públicos para ser a própria beneficiada. Isto não é crime ? Sabe que não. Você sabia que a Presidência da República (atual) tem uma Comissão de Ética que examina todas as questões que envolvem o pessoal (honrado) do governo com as verbas públicas, e após examinar os casos da ministra-cantora concluiu não ter existido nenhuma irregularidade ? Sua participação foi ética e está acima de qualquer suspeita. Ah, são duas as conclusões dessa tal Comissão: ela só não poderia receber cachê; e a outra, de que realizados os shows em diante ela não poderá receber dinheiro algum. Decisões ambíguas. Mas na prática nada aconteceu, a moçoila cantou, se recebeu ou não pelas apresentações, ninguém ficou sabendo. A única certeza é a de que ela continua firme e forte no cargo. Não é uma gracinha? E pensar que tem um Tribunal de Contas da União que ficará responsável em apreciar as maracutaias (como esta) do governo do Luiz Ignácio. Vivemos ou não num país de mentirinha? Mas como é domingo, um dia de ócio e despreocupação, o melhor ler estas verdades e chorar de rir, até a raiva passar…
“Fui Procurador de Justiça e chefiei a Coordenadoria de Crimes Contra a Administração Pública, e o lema era “o dinheiro público é sagrado”. Agimos com rigor e fiscalizamos os três Poderes do estado sem distinção ou privilégio. O que mudou? O MP ou os seus agentes?”