Um país de pirados!
De uns tempos para cá parece que os agentes políticos do estado entraram no sambódromo da Sapucaí e resolveram nunca mais sair da avenida. Entra legislatura e sai legislatura e os tipos folclóricos da política sempre estão em evidência, fazendo mil malabarismos nos semáforos das ruas para serem lembrados na hora do eleitor votar. O tal de Suplicy, figura carimbada da pauliceia desvairara, foi um caricato do PT. Apareceu na condição de Senador da República até em novela da TV Globo.
E não se acanhava de participar contando nos programas intragáveis do enjoado Supla, seu filho pródigo. E a Dilma? Dava suas bicicletadas não apenas na economia como nas ruas de Brasília, toda paramentada com roupa e capacete de ciclista, rodeada de seguranças, acenava toda deslumbrada para o público que delirava quando ela pedalada. Deveriam ser militantes do partido, sindicalistas ou do MST. E o Collor, então? Lembram? Foi o primeiro presidente exibicionista que corria a pé, de calção e camiseta cavada, para mostrar aos brasileiros que estava em plena forma física para enfrentar os “Marajás”. E sem muita pompa acabou atropelado pela turba da Terra do Nunca. Ah, tem a Marina Silva, que parece cuco de relógio de parede, pois só sai da casinha de quatro em quatro anos. Tenta ser o que é demais para seu caminhãozinho carregar, mas tem ideia fixa.
Felizmente não engana ninguém. Embora recolhido no aconchego de seu bendito lar, onde ganha cinco aposentadorias, não dá para esquecer nunca do interminável José Sarney, com seu terno de quatro botões, cabelos sempre muito bem penteados e que é um verdadeiro camaleão da política. Transitou entre militares, comunistas e oportunistas, sem nunca ter arrebitado uma única vez o seu nó da gravata. A sua imortalidade advém de sua eleição para a Academia Brasileira de Letras.
E quem não se lembra da deputada Benedita? Uma mulher com o diabo no corpo que prega explicitamente a luta fratricida, indispensável para a tomada do Poder, que para ela é muito bom e indispensável para a sobrevivência de sua grande família. E aqui entre nós? Nenhum político foi mais absurdamente melodramático na sua passagem pública como a Maria Louca, ocupou todos os espaços, espezinhou seus adversários, atemorizou seus inimigos e reinou por décadas sem nenhuma oposição verdadeira. Verborrágico, usufruiu do Poder como nenhum outro. Levou nas costas seus dois irmãos que ele nunca deixou de referir que são dois gênios, merecendo cada qual os melhores cargos de seu governo, todos comissionados. E agora no ostracismo quer porque quer ser Prefeito de Curitiba.
Será seu canto do cisne preto, pintado de branco. O Presidente Bolsonaro também tem ensaiado algumas bizarrices, principalmente quando dá entrevistas vestido com camisas de times de futebol.
Com o futebol brasileiro em baixa e com os times mais endividados que mutuários da Caixa Econômica Federal, as aparições com ditas camisetas soam como maus presságios.
O Ciro Gomes? Não vou mencionar as suas peripécias e nem seu palavreado “Sucupirense” da novela do “Bem Amado”, do saudoso Paulo Gracindo.
Não vou falar porque seu irmão Cid, Senador da República, vai levar o troféu da família pela estultice ímpar que protagonizou no Ceará. Dirigindo um trator escavadeira tentou investir contra um quartel da Polícia Militar ocupado por policiais em greve, tendo levado por seu atrevimento dois tiros de borracha no peito.
Esses dois irmãos, dizem as pessoas daquelas bandas, são possuídos pelas almas danadas dos cangaceiros Volta Seca e Virgulino Ferreira. Pois, é. Dá tempo ainda de escrever dobre o rico menino rico, o Luciano Huck, um ainda arremedo de político, mas que está desde já prometendo protagonizar cenas que ninguém vai acreditar. Quem viver verá! E como este espaço é curto, o rosário com nomes de outros políticos pirados fica, infelizmente, incompleto...
“Tem gente que entra na vida pública pensando que está na arena de um circo. Acham que são obrigados a pular, fazer rir, fazer acrobacias, cantar, aprontar, dançar e perder a compostura. Só que a História não se apieda, nenhum pouco, dos fanfarrões, grosseiros, farsantes e aproveitadores!”
Edson Vidal Pinto
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