Um Palanque Ou Patíbulo?
Todo político precisa estar em evidência para ser lembrado pelos eleitores no dia das eleições e para aparecer vale tudo -, antigamente mandavam confeccionar “santinhos” com a foto do rosto estampada de um lado e do outro o currículo de vida, que incluía além do nome também suas múltiplas atividades : professor de geografia; casado; pai de cinco filhos; acordeonista; serviu no Tiro de Guerra de Cruzeiro do Oeste; ex-Rotariano; ex-Mesário da 2a. Zona Eleitoral; ex-pescador de lambari; fundador da Associação Cristã do Santo Sudário e mestre de bateria da escola de samba Martelo de Borracha.
Mais tarde além dos Santinhos distribuíam calendários de papelão e folhinhas de parede com fotografia estampando todo o seu clã familiar. Mas o que funcionava mesmo e atraia votos era fazer comício encima de palanque, adredemente montado na praça principal da cidade, com microfone e alto-falantes estrategicamente espalhado nos postes do logradouro público.
Modernamente o político sobrevive das postagens que faz na mídia eletrônica para enaltecer seus feitos e mostrar seu trabalho quase sempre em prol dos mais necessitados.
Ah, tem aqueles que para aparecer se sujeitam em ser papagaios de pirata para sair na fotografia em que um terceiro é o personagem mais importante. É aquela velha máxima : podem falar mal de mim, mas falem. Só que ser político também tem prazo de validade porque : ou nada mais tem para oferecer ou seus eleitores morreram de velhice.
E perder eleição representa o início do fim ou o fim mesmo. Quer um exemplo ? O Roberto Requião que reinou politicamente por décadas e com seu jeito de troglodita atraiu milhares de adeptos que o elegeram em tudo que ele quis; foi imbatível nas urnas e ninguém mais do que ele como governador do Paraná usufruiu mais dos cavalos da Polícia Militar e da residência oficial do Canguiri com mordomia de um príncipe indiano, do que qualquer outro governante.
Olvidando de seu desprestígio e desgaste acabou não se reelegendo Senador da República, recolhendo-se então na sua insignificância como um ex-homem publico, aposentado às custas dos Contribuintes. Um verdadeiro crime de lesa Pátria. Com oitenta anos nas costas passou a viver dessa imoral aposentadoria. Mas foi só o Luiz Ignácio ter sido solto pelo STF e se arvorar candidato à Presidência da República que o Requião vislumbrou a chance de voltar para “o bem bom”. Saiu do MDB e entrou no PT. Daí proclamou-se candidato ao cargo de Governador. Um tiro n’agua ou um foguete que não dá mais chabú.
O Ratinho sabidamente será reeleito no primeiro turno se não aparecer um terceiro que surpreenda. Mas a jogada da candidatura não é outra que não “montar” um palanque para as estrepolias do Luiz Ignácio, pois este sabidamente não tem espaço no território do estado para falar aos seus eleitores. Será um palanque itinerante que irá sem nenhuma dúvida encher o saco dos bons cidadãos.
A única intenção será eleger o Luiz Ignácio para o Requião abiscoitar um cargo no Governo Federal. Diretor da Itaipu. Porém, segundo a Mãe Diná o Luiz Ignácio não terá sucesso na sua empreitada porque o palanque do Requião não passará de um patíbulo, onde ambos serão devidamente tosquiados e politicamente sepultados …
“E lá vem a Mãe Diná novamente com suas previsões extraídas da sua bola de cristal. Tomara que desta vez ela não erre. Pois será a melhor maneira de eliminar dois “incômodos” com um só gole de purgante.”
Édson Vidal Pinto