Um Sábado de Eleição?
Com a posse do Bolsonaro o país entrou em efervescência, pois uma nova onda parece varrer aos poucos o ranço da pior política. É verdade que o Maia na Câmara Federal conseguiu se sustentar na presidência, pela falta de um nome que lhe pudesse peitar.
A maioria dos deputados optou em se acomodar e fugir da raia da disputa. Covardia em forma de conveniência política para sobreviver politicamente naquela Casa Legislativa. Mas batalha mesmo ocorreu ontem no Senado, quando destacada maioria optou pelo voto aberto no Plenário para a escolha de seu Presidente. Circunstância que desgostou o ensaboado e matreiro Renan Calheiros, por saber que esse tipo de votação não lhe interessa nem por brincadeira.
Porque malandro prefere ser votado na sombra, no escuro e preferencialmente na calada da noite, a fim de manter seus eleitores de igual nível, no anonimato. A sessão foi suspensa.
E o Renan que é um candidato de comprometida reputação e possuidor de um currículo de vida que inveja até o Lula et caterva, busca reverter nesta manhã a decisão que lhe é desfavorável. No jogo da política tudo pode acontecer; a noite é sempre criança para os políticos do mal encontrar saída para o impasse.
A sessão está marcada para reiniciar às onze horas desta manhã, quando ladainhas desafinadas vão tentar superar a manifestação de vontade do voto aberto. Parece que os Senadores acordaram e entraram na onda da efervescência para limpar o ranço e a podridão do Legislativo.
E o Renan dentre tantos homens públicos de pior calibre moral é o maior deles, o país não suporta que ele continue mandando num dos Poderes da República.
Seus inconsequentes eleitores de seu estado natal podem ter sufragado seu nome e tê-lo reconduzido à reeleição, mas o Brasil não aguenta mais seus desmandos e patéticos conchavos políticos.
Sê a sessão for mantida e a eleição realizada nos termos propostos pela maioria será o início do fim de mais um político vil, que terá um cargo eletivo, mas sem lustro e nem voz de comando. Será mais um entre tantos Senadores.
O poder de decisão estará nas mãos de terceiro e seu prestígio será lembrança do passado. Político como Calheiros que se acostumou em compartilhar com as benesses que só o Poder proporciona jamais se conformará como mero coadjuvante dentro de um reino que foi só seu.
O ostracismo é o castigo dos deuses. Não sei se haverá eleição e se houver nem adivinho quem possa ser eleito. O Álvaro seria um nome de respeito e coerência, apesar dos inúmeros equívocos que cometeu como candidato à Presidência da República. Mas ninguém duvida da sua conhecida competência e lisura.
Mantido o voto aberto: tchau, tchau Renan! Que os Senadores da República deem exemplo de amor ao Brasil e defenestrem de vez, o rato que tem roído as entranhas da República...
“Escrever ao talante da imaginação é um exercício mental que nem sempre dá certo. É com ousadia que traço essas linhas sem saber se o Senado da República ressuscitou de vez. Tomara que Calheiros seja mais um político de página virada!”
Edson Vidal Pinto