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Out09

Um Senhor Juiz

Categorias // Flagrantes do mundo jurídico - Por Édison Vidal Lidos 106

Como em toda profissão tem aqueles que são vocacionados e fazem dela um verdadeiro apostolado, primando pela competência, estudo permanente, ética, urbanidade e bom senso. Mesmo quem não tem curso superior e  abraça por amor o ofício em que busca se aprimorar e trabalhar de maneira diferenciada, consegue sempre os devidos elogios e méritos.
Um dedicado lustrador de sapatos que tem nos lábios o sorriso daquele que gosta do que faz, tem muito mais mérito do que o empregado de uma empresa que toda hora olha no relógio na espera sofrida de poder ir embora. Aquele que gosta da profissão (seja ela qual for) que tem, pode na hora de se aposentar  dizer que nunca trabalhou; no entanto, o insatisfeito pelo trabalho que executa é um sofredor e conta os minutos para se aposentar, para tirar o peso do mundo das custas. Este é o verdadeiro Atlas. E como é fácil distinguir o bom profissional daquele outro que só quer ver o tempo passar para ir embora, pois este está sempre mau humorado, impaciente e pronto para despejar impropérios. Sou de uma geração de Operadores do Direito que a grande maioria de Juízes, Promotores de Justiça e Advogados abraçavam suas respectivas profissões com o espírito altruísta de servir, aceitar as regras do jogo, cumprir as leis e zelar pela recolha feita, mesmo sabendo que is tempos era difíceis e o dinheiro curto. Na advocacia existia um leque de opções e os mais qualificados sabiam que o prestígio lhes garantiria honorários condignos. Já na Magistratura e no Ministério Público as carreiras exigiam como condição principal residir nas Comarcas do interior do estado, para só eventualmente voltar à Capital e com a mínima chance ser promovido ou nomeado para o Tribunal de Justiça. Eram anos e anos de muitas mudanças pelas Comarcas, com sacrifício para as famílias, residências simples, fóruns precários e salários pouco atrativos. Era mais uma aventura por ter mil e um obstáculos. Mesmo assim, o Juiz era a maior autoridade e gozava do respeito de seus jurisdicionados, pois era comedido nas suas  ações, falava pouco e ninguém ousava enfrentar a sua autoridade. O Promotor de Justiça pela sua atuação de acusador no Tribunal do Júri era respeitado e temido, sua palavra tinha credibilidade. Bem diferente de hoje em dia, não é mesmo, porque os inquilinos do STF conseguiram através de seus ativismos políticos, deslustrar o prestígio do Poder Judiciário brasileiro; e a nova geração de Promotores e Procuradores de Justiça inclinaram-se para abraçar a ideologia castradora. E onde entra o viés ideológico e político partidário nas Instituições, sai pela janela das mesmas, a moralidade, independência e o lustro das togas e becas. Bem diferente, mas muito, muito diferente de ontem, quando o princípio de autoridade prevalecia e ninguém tinha ousadia de querer confronta-lo. Foi justamente nesta época, nos anos  de 1.968, quando eu dava meus primeiros passos como Promotor de Justiça Substituto, que cheguei na cidade da  Lapa e conheci um “senhor” Juiz de Direito, titular da Comarca, de nome Luiz Carlos Reis -, um homem com postura de fidalgo, educado, que nos seus gestos simples imprimia a marca de imparcialidade e era respeitado por onde andava.
A cidade por ser tradicional, constituída de casarios coloniais, não dispunha de casa para alugar, por isto o dr.Luiz Carlos residia com a família um pouco distante, na área do Hospital São Sebastião, do governo estadual, em uma das seus casas construídas para moradia de alguns funcionários. Assim, todos is dias, o Juiz percorria uns oito quilômetros até a entrada da a cidade, onde tem um painel do inesquecível Poty (homenagem aos tropeiros). E o Promotor era um “senhor” agente Ministerial, o dr. Luciano Branco de Lacerda, um jurista de nomeada. Foi com estes dois  profissionais que eu procurei moldar meu caráter e forjar meu aprendizado para poder chegar onde cheguei. Lembro de um episódio em que foi protagonista o dr. Luiz Carlos, em plena época do Governo Militar. Na Lapa existe um quartel do Exército, comandado por Tenente-coronel. Um soldado do batalhão testemunhou um homicídio acontecido na cidade. Na instrução do processo o Juiz , nos termos do Código de Processo Penal, requisitou através de ofício ao  Comandante Militar que este determinasse que seu subordinado comparecesse para ser inquirido em audiência, designada para determinado dia e horário. Dias antes da realização da audiência o dr. Luiz Carlos recebeu ofício do Comandante se recusando a cumprir a requisição feita, porque o artigo citado não tinha nada a ver com a tal “requisição”. Sem nenhum alarde o dr. Luiz Carlos telefonou ao Tenente-Coronel convidando-o para tomarem um cafezinho no fórum, a fim de dissipar qualquer mal entendido. Cioso de duas obrigações e deveres o militar aceitou o convite. No encontro de ambos o Juiz polidamente entrou no assunto que gerou a recusa do Comandante e este se sentiu por cima, afirmando eur estranhará que o Juiz citasse um artigo da lei que tratava de situação diferente. Foi quando o dr. Luiz Carlos perguntou:
-Comandante, eu gostaria muito de ver o seu Código?
-Claro, MM.  - chamou o ajudante de ordens que estava no corredor e pediu que este mostrasse o Código.
O Juiz pegou o código e disse:
-Coronel, o senhor não olhou o Código de Processo certo; o senhor olhou o Código de Processo Penal Militar, porém, a requisição de seu soldado para comparecer na audiência designada, está prevista no Código de Processo Penal, somente!
O militar viu o erro que cometeu e em poucos minutos saiu do gabinete. Estava arrasado. E o mal entendido foi devidamente resolvido. Tudo numa boa. Era assim o dr. Luiz Carlos, um Juiz sem alardes, que buscava sempre apaziguar os ânimos e a harmonia entre os jurisdicionados. Lembrei do amigo, e nesta singela crônica presto-lhe minhas homenagens, também como colegas, pois ambos somos desembargadores aposentados…


“Os Magistrados vocacionados tem sempre uma fórmula mágica para supera os pequenos desentendimentos, buscar aparar  as arestas, sem melindres e sem deixar sequelas. Pois a missão do Julgador é buscar sempre a harmonia social. E os Juízes de ontem faziam isto com maestria. Hoje, tem Juiz que não atende advogado, muito menos parte do processo, sem justificativa razoável.”

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Blog da Bebel

São José dos Pinhais recebe espetáculo teatral sobre os desafios da escolha da profissão  

O espetáculo teatral “É Agora!3” chega em junho a São José dos Pinhais. As sessões ocorrem na quinta-feira (5/6), às 8h30 e 10h30, no Colégio Estadual Tiradentes, e na sexta-feira (6/6), às 8h30 e 11h10, no Colégio Estadual Tarsila do Amaral. As apresentações são gratuitas e contam com intérprete de Libras e acessibilidade física e de conteúdo. Com duração de aproximadamente uma hora, a peça leva os alunos do Ensino Médio da rede pública a refletir de forma leve e divertida sobre os desafios da escolha da profissão.

 

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Cultura tangueira é apresentada em projeto de Samara Sfair em Curitiba

A expressiva arte do tango ganha destaque na Mostra Solar, na Casa Hoffmann, com o projeto inovador “Tango: a arte de não estar só”, idealizado pela produtora cultural, dançarina e educadora curitibana Samara Sfair. O público terá a oportunidade de vivenciar duas apresentações interativas e gratuitas nos dias 22 e 31 de maio, sempre às 19h30, com a participação especial do renomado dançarino curitibano Julian Cazuni. As performances prometem envolver a plateia em uma experiência única, apresentando uma coreografia original que narra a história de um casal ao longo de cinco músicas.

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O curitibano Alexandre França retorna aos palcos da capital após 6 anos

Um dos nomes de destaque da cena de compositores da cidade, Alexandre França volta aos palcos da cidade para uma única apresentação no Wonka bar, dia 15 (terça), após um hiato de seis anos, dentro do projeto Porão Loquax. No show, França vai mostrar seu repertório novo, misturado à alguns clássicos de seu repertório, como “Inverno” e “Mercadoramama”. Ao seu lado no palco estarão os músicos Mauro Castilhos (percussão), Cláudio Rombauer (baixo) e Gilson Fukushima (guitarras), além da participação especial de Nati Bermúdez.

 

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Flagrantes do Mundo Jurídico

Lendas Brasileiras

E como hoje é sexta-feira — cuja noite é tradicionalmente reservada para o lobisomem —, uma criatura tenebrosa que é homem de dia e, quando escurece, se transforma em figura grotesca com rosto de lobo, que vaga pela noite em busca de vítima para sugar o sangue, e, quando o galo canta e surgem os primeiros raios de sol, volta a ser um homem igual aos outros... Ele só morre se alguém lhe der um tiro de revólver com bala de prata. Chic, hein?!

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Tá Fazendo Frio Aí, Gente?

Fiz esta crônica ontem à tarde, quando meu relógio marcava 16h50. A temperatura estava em 17 graus, mas a previsão para as próximas horas é alarmante: espera-se, por volta das 2h da madrugada, 4 graus positivos. Uma queda brusca de temperatura. E o mesmo vale para os dias seguintes — previsão de 0 grau nas noites de quarta e quinta-feira. Se os meteorologistas não errarem, teremos frio pela frente, atrás e pelos lados.

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Perdi Minha Mulher!

Você gosta de viajar? E quem não gosta, hein? Viajar é uma das melhores coisas da vida — claro, estou falando de viagens de turismo, férias, descanso. Não importa quando ou para onde. Porque viajar a trabalho, para cumprir compromissos ou reuniões, é chato e enfadonho. Sempre que faço uma viagem aérea, penso na tripulação da aeronave. Todos eles estão ali viajando a trabalho, dia após dia, em uma rotina que, imagino, não deve ser nada agradável.

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No balcão sem frescura

Não poderia ser outro!

 Nunca duvidei desde muito tempo que o tal do Dino seria indicado pelo Luiz Ignácio  como candidato ao STF na vaga da Rosa Weber; e a previsão se confirmou

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Italianos e o Churrasco...

Quando criança, íamos passar o final de semana na chácara em São Luiz do Purunã. Me recordo de acordar aos domingos com o sino da igreja soando de maneira extremamente delicada, é algo que até hoje tem um significado

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Festival de Petisco em bares de Curitiba

Os amantes das comidas típicas de bares assim como eu, poderão se deliciar com o 1º Festival de Petisco de Curitiba

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Mamãe, eu quero!

Concerto de Natal beneficente terá entrada gratuita no Teatro Positivo

Apresentação adiciona tecnologia e interatividade a espetáculo de música e dança

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Beakman é presença confirmada no Geek City

Atração promete trazer muita nostalgia e ciência para o evento

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Espetáculo inovador de teatro ilusionista no Ave Lola

O público paga quando quiser no ingresso, ao final do espetáculo

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E-ticket

Viajar de carro no Brasil

Cada vez mais as road trips são um novo segmento de destaque entre os Brasileiros. O resgate de viajar de carro é poder explorar e conhecer sem pressa os encantos de cada região

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Barreado fora de Morretes!!

Com esses dias frios, nada como comer bem. A dica de hoje é uma tradicional receita do litoral Paranaense: o barreado. Mas nem só em Morretes, podemos degustar essa maravilha e por isso mesmo listamos algumas opções locais imperdíveis

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Chope nas alturas

Sim, a notícia mais comentada da semana no setor de Turismo, depois das Olimpíadas, foi a divulgação da companhia aérea holandesa KLM que a partir de agosto, passará a servir chope de barril em seus voos

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Aplausos

Curso: designer de sobrancelhas, um mercado promissor e rentável

Com aulas didáticas e metodologia simplificada, o curso de design de sobrancelhas, ministrado por Livia First, ensina os segredos para quem deseja se aprimorar ou entrar neste vantajoso segmento da estética facial.

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Marisa Monte anuncia shows em Curitiba no Teatro Positivo

Em setembro de 2022, Portas se abrem para os fãs de Marisa Monte em Curitiba

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Positivo faz concerto internacional de Natal no Barigui

Inspirado nos grandes festivais europeus, Clássicos Positivo leva orquestra filarmônica ao parque em duas apresentações, abertas e gratuitas, no dia 11 de dezembro

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