Urro de Leão!
Até hoje não sei porque o leão é considerado “ o rei das selvas” se ele habita as “savanas”. Acho que o único rei das selvas era o Tarzan, figura gráfica de gibi criado por Edgar Rice Burroughs; sendo certo, ainda, que o leão caricato e medonho dos contribuintes é aquele do Imposto de Renda que serve para dilapidar o bolso dos assalariados. Nada mais.
E tem dias que nós os seres humanos temos vontade de dar urros de leão, colocando para fora do peito e da alma tudo aquilo que nos chateia. E são tantas coisas que se pudéssemos urrar a torto e a direito este seria como espirro de quem tem tosse comprida. E não é exagero, não. Você é capaz de assistir o “Jornal Nacional” da Globo sem urrar? E as novelas? E o BBB? Andar no trânsito? Ouvir pronunciamentos de políticos do lulapetismo? Deparar com a inflação mostrada às escancaras nos preços dos supermercados? Ver a cara do Maria Louca e de seu clã? Assistir uma sessão plenária do STF na TV Justiça? Um jogo do Coxa? A histeria da Gleisi no ataque ao Governo? As bobagens desnecessárias ditas pelo Bolsonaro? Os comentários dos cronistas esportivos? E mil e outras besteiras que ocupam as vinte e quatro horas do nosso dia? Pois é, para aguentar tantas e tantas avalanches de besteirol bem que Deus, quando criou o homem e a mulher, poderia ter nos dado a capacidade de poder chegar à janela de nossa casa, olhar para fora e urrar!
Até poderia ser que o mundo não melhorasse, mas com certeza serviria para esvaziar o nosso saco de angústias e frustrações. Porque do jeito que o país está não dá mais; pois sem urrar nem o leão aguenta. Todo o dia acontece algo diferente que abala e entristece, o brasileiro vive sobressaltado e tenso. Violência, corrupção, desamor, inflação, desemprego, brigas, separação, ódio, vingança e tudo mais que seja para constranger germina no solo fértil das indiferenças.
É preciso dar um basta e mudar, voltar o velocímetro, zerar a quilometragem rodada e sair novamente do marco zero. Como? Pensando positivamente, ignorando os fantasmas da desarmonia, acreditando no amanhã, agindo com seriedade e ter a fé que remove montanhas.
Sim, voltar os olhos ao Criador Incriado, O Arquiteto dos Mundos, e rezar para continuarmos lutando o bom combate, sem esmorecer perante as tentações e nunca desistir ante as adversidades. E o urro do leão? Ah! E como ninguém é de ferro não custa imitar de vez em quando o “rei das savanas” e dar aquele urro de desabafo. Pode ser que não sirva para nada, mas quem pode dizer que não? Vale a pena tentar...
“Desanimar ante as adversidades, jamais!
O ser humano tem a capacidade de suportar o fardo que a vida lhe reserva. Mas às vezes dá vontade de urrar; e como dá. Urremos, pois!”
Edson Vidal Pinto