Ventania.
Hoje, 09 de junho de 2017, sexta feira.
O outono tem surpreendido os curitibanos pelo frio, chuva e vento. Tudo bem quanto à queda de temperatura e os aguaceiros porque é comum nesta estação do ano, o estranhável é o vento uivante por ser atípico. Quem reside em andares mais alto dos prédios sabe muito bem do que estou me referindo.
A força do vento para o observador leigo serve dentre outras coisas para limpar o céu ao afastar as nuvens escuras a fim de dar lugar ao sol ou ao luar, tornando o cenário mais belo para os nossos olhos. Pena que essa força do vento não consiga varrer para longe a podridão que assola o país.
Os políticos e a corja de agentes públicos que estão solapando e maculando a vida nacional continuam incólumes e na certeza da impunidade. Soma-se para piorar ainda mais a situação o surgimento de um novo feudo familiar que está aos poucos dominando a política, transferindo de pai para filho a primazia de se servir do Estado sem nenhum pingo de pudor.
São os filhotes e futuro donos do poder, porque se tornarão profissionais da política e perniciosos ao interesse público. São poucas as exceções neste rol de ungidos. Como o nepotismo não abrange este segmento só nos resta conviver com esta dura realidade. A política necessita de novos protagonistas que tenham o ideal de servir a coisa pública e zelar pelos princípios de transparência e honestidade.
Eventual reforma política deve necessariamente começar e terminar por um único artigo, o da proibição da reeleição para todos os cargos eletivos a fim de propiciar a oxigenação necessária da vida política, sem o qual persistirá a causa rançosa que compromete todo o sistema eleitoral. Tudo o mais não terá mínima relevância.
O país necessita de mudanças urgentes para não sucumbir neste abismo em que se encontra, pois não dá mais para continuar como está. O momento não é de Revolução entre classes sociais, como dias atrás pregaram publicamente os inconsequentes e insanos populistas Benedita e Requião Silva, mas de um Judiciário que se imponha com imparcialidade e disciplina para alijar de vez àqueles políticos e dirigentes que infringiram a Lei.
Não importa seus nomes e nem posição, pois só assim, com a respeitabilidade instaurada e o princípio de autoridade recuperado que a Nação encontrará seu verdadeiro caminho. Utopia? Que nada, tudo começa comuna simples palavra: vontade! Porque infelizmente o vento que sobra por estas bandas não chegam nem a bafejar e muito menos mover a menor das nuvens que paira sobre o céu de Brasília!