Em Busca do Boteco Perfeito – Parte 2
Hoje, transcreverei mais um causo que o ilustre Dante Mendonça relata em seu livro “BOTECÁRIO”, e a busca pelo boteco perfeito...
Balcão. Tamanho, porte e qualidade, o balcão é a alma do bar.
Copos, talheres e serviço de copa. Cada bebida tem o copo que merece e o freguês merece essa consideração. Adentrando ao bar, verifique se o proprietário faz parte da família “plástico”: copos de plástico, talheres de plástico, mesas e cadeiras de plástico.
Bar com essa linhagem não é de boa cepa. Acautele-se.
Banheiro. Banheiro limpeza, boteco beleza.
Bebidas. A qualidade e a variedade de bebidas é o espírito do boteco. A quantidade não importa, vale o caráter e a honestidade da adega.
Conforto térmico e acústico. Nada pior do que boteco gelado e, mais que barulhento, que o barulho faz parte...um boteco estridente, com a música mal-tratando os ouvidos.
Pior ainda quando o bar apresenta orgulhosamente uma “porrinhola”, aquela traquitana onde o músico “interpreta” num só teclado, todos os instrumentos. A bateria, inclusive.
Acepipes. Variedade, qualidade, tradição e imaginação dos petiscos ou tira-gostos, como queiram.
Qualidade do gelo. É quesito para profissionais. Pela qualidade do gelo se conhecem as boas intenções do estabelecimento.
Ambientação geral. Um boteco pode parecer ordinário, mas precisa ter caráter, estilo e personalidade.
Alto astral e simpatia. Como afirma o cartunista Jaguar, “um bom botequim tem que ter principalmente um bom dono. Se o dono é chato, já azeda”.
Presteza do serviço. Aqui o garçom faz a diferença: além de automático, ele precisa ser o teu confidente, o amigo compreensivo, daqueles que você não precise pedir, ele já sabe que você quer o “automático”.
Por último, mais que importante, e fundamental: o bar perfeito é aquele provido de gente bonita, ou não?
Como relatei na coluna anterior, inúmeros causos divertidos são relatados neste compêndio.
O livro não é novo, mas para quem ainda não conhece, fica a dica, repleta de histórias de botecos, e muito bom humor.
Bem, por hoje é isso, e para não esquecer, naqueles botecos que tiverem a possibilidade, façam como eu, peçam NO BALCÃO SEM FRESCURA....
#fui
Botecário – Dante Mendonça
Motos no balcão do bar - Divulgação