O Costelão e a Lendária Rabada do Schapieski
Quem não é de São José dos Pinhais (assim como eu) pode pensar que se trata de um local remoto, difícil de chegar, mas não pode haver engano maior: o Costelão do Schapieski é praticamente uma instituição.
Seu amplo salão, com mesas e cadeiras rústicas, simples e sem frescura, é frequentado por todo tipo de gente e é fácil conseguir indicações na cidade.
Para abrir o apetite Seu João Schapieski é quem organiza o salão, orienta garçons e churrasqueiros e ainda consegue arranjar tempo para receber pessoalmente cada uma das centenas de fregueses, que, nos fins de semana, a partir de meio-dia e meia, lotam o restaurante e formam fila na entrada.
Filas que motivaram a mudança de endereço. Entre 1985 e 1995, o Costelão funcionou em um endereço próximo. “As filas começaram a ficar grandes demais e a gente achou melhor mudar para este galpão maior”, conta seu João, admitindo que a vinda de diversas fábricas para a cidade foi um dos fatores que impulsionou o restaurante.
O bom atendimento começa na entrada, com uma mesa com batidas e cachaças para abrir o apetite e ajudar a espera a passar mais depressa, e continuar no salão onde, por mais lotado que o Costelão esteja, sempre há um garçom atento.
Há quem prefira, retirar seu pedido direto no balcão, com vista para as grelhas e espetos abarrotados.
Apreciadores de sushi ou de lascas de pupunha talvez fiquem um pouco desapontados com uma churrascaria aonde se vai para comer carne.
Mas seu João não faz tudo sozinho “esta é uma empresa familiar”, ele explica. Começando por dona Marta, sua esposa, que cuida do caixa, o Costelão é tocado também pelo filho e pela nora.
Apesar do “Costelão” no nome, o freguês pode pedir, sem medo de errar, diversos acompanhamentos.
Os meus e de meus parceiros de Shapieski (os jovens Arthur e Augusto), são a polenta frita e o risoto feito de maneira artesanal. Combinam muito bem com o galeto assado e a linguicinha que ajudam a esperar pelo mignon ou pela alcatra grelhada. Que deveriam entrar num compêndio de como preparar carnes na grelha.
E a costela…ah a costela....preparada na brasa baixa, distante do fogo, sem pressa, macia e suculenta, nada daquele negócio de vir mais osso e gordura do que carne. De comer de joelhos!
Nas quintas, único dia em que o restaurante funciona também para o jantar, ainda tem a lendária Rabada do Schapieski.
Sim, para quem gosta de comer rabada com polenta e agrião, não conheci até hoje, lugar melhor para fazê-lo.
A carne é magra, a polenta preparada cuidadosamente para que fique no ponto, uma receita familiar que virou tradição às noites de quintas feiras.
Vai ver é por isso que o seu João não se preocupa muito com publicidade. “Minha melhor propaganda é o freguês satisfeito”. Um amigo confirma a história, “trouxe meu sogro, prometendo que ele nunca mais ia querer voltar naquelas churrascarias afrescalhadas”. Dito e feito: mais um freguês devoto.
Para quem gosta de comer bem, em um lugar simples e totalmente sem frescura, como eu gosto, fica a dica.
Bem, por hoje é isso, e para não esquecer, naqueles butecos que tiverem a possibilidade, façam como eu, peçam NO BALCÃO SEM FRESCURA....
#fui
Costelão do Shapieski
Endereço: Rua Deputado João Leopoldo Jacomel, 1018 - Braga, São José dos Pinhais - PR
Telefone:(41) 3282-5075
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