Psicomotricidade relacional contribui para desenvolvimento de crianças e adolescentes
Profissionais de educação, saúde e assistência social lotaram o auditório do CIAR (Centro Internacional de Análise Relacional), em Curitiba, para entender o que é e quais os benefícios da psicomotricidade relacional para o desenvolvimento de crianças e adolescentes. A apresentação foi feita pelo professor Dr.h.c em Psicomotricidade Relacional e Análise Corporal da Relação , José Leopoldo Vieira, considerado referência na área.
Os participantes do III Seminário Teórico-Prático de Psicomotricidade Relacional vivenciaram a metodologia, considerada uma metodologia de trabalho revolucionária pelo seu modo de abordar as relações e o desenvolvimento humano. A psicomotricidade relacional pode ser desenvolvida no âmbito escolar, clínico e empresarial, com crianças, jovens, adultos e idosos.
O psicomotricista Leopoldo Vieira mostrou em sua abordagem que a prática da psicomotricidade relacional se constitui em estratégia eficaz para a autonomia, protagonismo e desenvolvimento de aspectos socioemocionais das crianças e adolescentes. A prática gera ganhos significativos no desenvolvimento de habilidades e na aprendizagem cognitiva. Quando aplicada por profissionais habilitados traz benefícios expressivos: minimiza problemas de comportamento, eleva o grau de aprendizado e promove a redução dos níveis de violência.
Além disso, as crianças e jovens que passaram pelas sessões de psicomotricidade relacional melhoram o cuidado consigo e com os outros, têm mais comportamentos de cooperação, conquistam afirmação de identidade, ajustam positivamente a agressividade, passam a aceitar regras e limites e expressam afetividade.
Leopoldo Vieira após fazer uma abordagem histórica sobre a psicomotricidade relacional mostrou cases de sessões da metodologia aplicada em escolas públicas. Contou que em parceria com Secretaria Municipal de Educação, estabelecimento de educação básica municipal receberam a prática da Psicomotricidade Relacional, somando com os estagiários nos anos seguintes mais de o atendimento de 4.000 alunos de 8 a 13 anos. A maioria com dificuldades de aprendizado, problemas de comportamento, mostrando todos os resultados da exclusão social, da desestruturação familiar dentre outras situações que prejudicam o desenvolvimento social e pessoal de crianças e adolescentes.
Interessante colocar, destaca Leopoldo Vieira, que recentemente um outro projeto similar, desenvolvido e coordenado por Isabel Bellaguarda, diretora do Ciar de Fortaleza, escolas que receberam a metodologia se situavam entre as piores. Hoje estão entre as 72 melhores escolas, conforme pesquisa que mede o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica.
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