Como funciona a Tabela Fipe?
A tabela Fipe muda de estado para estado, sendo que no Paraná, temos uma das tabelas mais caras do país. Isso porque a Tabele Fipe, criada para ser parâmetro de preços, em 1973, pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, se baseia na média do valor vendido. Serve para vendas, compras e seguros, e até mesmo o IPVA (imposto sobre propriedade de veículo automotor).
São coletados preços dos veículos usados, seminovos e novos e então é aplicada a média descartando os preços considerados muito abaixo ou acima. A atualização é mensal, já que novos modelos estão sempre surgindo. Quando as lojas e vendedores estipulam o preço do carro a ser vendido, muito se baseiam pela Tabela Fipe.
A Tabela dá para o vendedor e comprador terem uma ideia, já que trata-se de uma média. Boa parte das vezes é preciso vender por valores abaixo do encontrado. Até porque é possível encontrar muitos carros que tem uma quilometragem elevada, o que acarreta em manutenção mais recorrente. O mercado ainda rege a maioria das vendas. Por isso, antes de vender ou comprar, pesquise.
Quando o dono carro deseja vende-lo, e contrata alguém para esse serviço, acaba por aumentar o valor da tabela Fipe, já que o preço real será acrescido de uma comissão de venda e vai para os cálculos com um valor maior. Soma-se a isso várias situações semelhantes, teremos uma representatividade considerável de carros com o preço um pouco maior para os cálculos da média.
Os itens avaliados são: modelos, cor, conservação, acessórios, ano, região, tudo baseado na oferta e procura do automóvel, influenciando a mudança do valor na Tabela Fipe.
Como fazer o carro valer mais na tabela Fipe?
Regiões agrícolas, por exemplo, tem mais procura por picapes. É importante pensar na revenda quando for escolher alguns itens do carro. As capitais podem ter preços mais elevados que as cidades periféricas.
Se o carro tem direção hidráulica, alarme, ar condicionado, trava, vidros elétricos, já saiu na frente de muitos outros sem acessórios na comparação da Tabela Fipe. Na hora de adquirir um carro, pagará mais por esses confortos, mas no momento da revenda, valerá a pena.
A cada ano que passa seu carro irá desvalorizar, a menos que seja um carro raro, de colecionador, daqueles com placa preta.
Claro que o valor depende do veículo, se o estado de conservação está bom, em qual Estado e região está sendo vendido. Veículos com algum item especial ou excelente estado, baixa quilometragem, pode sugerir preços mais elevados, assim como veículos mais difíceis de serem encontrados. A documentação também é um item importante para alguns compradores. O manual do carro ainda guardado, chave reserva, impostos e multas zeradas, sem problemas com partilhas, inventários. Além disso, muitos apresentam todas as revisões do carro feitas na autorizada, garantindo tratamento original ao veículo, isso eleva o valor do carro na venda. São cuidados que, durante os anos, pode ter para na hora da venda, ganhar um pouco mais.
Uma das avaliações feitas pela Tabela Fipe é a cor do carro. Muitos fogem de cores berrantes ou carros brancos, que podem indicar carro de aluguel ou taxi. Que são carros muito rodados e podem ter tido a quilometragem adulterada.
Cuidado também com a conservação do veículo, desde bancos, painel, pintura, lataria, limpeza, etc. um carro com ferrugem, e outras avarias, logo de cara, será prejudicado.
Itens como documentação atrasada, lataria em más condições e mecânicas sem boas condições de funcionamento podem jogar o preço para baixo da referência. Por outro lado, equipamentos opcionais ou instalados após o veículo ter saído da loja não garantem que seja possível vendê-lo por valores acima da tabela. Lataria sem sinais de conserto, baixa quilometragem e manutenção em dia com as notas fiscais podem fazer a diferença na hora da venda. Documentação em dia é obrigação do vendedor. A Tabela FIPE serve apenas como referência, não para ditar o valor do carro. Então o mesmo modelo, do mesmo ano de fabricação, pode ser comercializado acima ou abaixo da tabela.
Quais modelos tem bons preços de Fipe
Já que a tabela se baseia numa média de vendas, quanto mais carros, a chance de desvalorizar é menor. Portanto, os mais populares são mais fáceis de vender posteriormente, já que a procura é maior. Isso porque os carros mais populares tem peças e manutenção mais baratas, seguro e costumam ser econômicos. Temos como exemplo o Chevrolet Onix que se conserva com bom preço há alguns anos, Prêmio Maior Valor de Revenda 2015, da Agência AutoInforme. Em média um carro perde 10% do seu valor ao sair da concessionária. Para efeito de calculo, de quanto perderá se não der conta de seu financiamento, por exemplo.
Pode acontecer de outros carros menos esperados conservarem um bom preço na revenda. As 10 menores taxas de desvalorização foram:
1- Honda HR-V - 4,5%
2- Jeep Renegade - 6,4%
3- Chevrolet Onix - 8,3%
4- Land Rover Discovery Sport - 9,3%
5- Volkswagen up!/Cross up! - 9,4%
6- Ford Ka - 9,9%
7- Suzuki Jimny - 10,0%
8- Honda CR-V - 10,1%
9- Volkswagen Fox/CrossFox - 10,3%
10- Honda City - 10,4%
Nos últimos anos outros carros conseguiram se manter em alta: HB20, Ford Fiesta, Volkswagen Up!, Ford Palio e Renault Sandero, por exemplo, Quando os carros tem pouca saída, não são tão econômicos, etc. a desvalorização é maior. Os dez carros que mais desvalorizaram na Tabela Fipe foram:
1- Chery Tiggo - 21,9%
2- JAC J2 - 21,7%
3- JAC J3 Turin - 21,1%
4- Hyundai Elantra - 20,3%
5- JAC J3 - 20,2%
6- Citroën C4 Lounge - 20,1%
7- Chevrolet Cobalt - 19,1%
8- Chery Celer Sedan - 18,9%
9- Citroën Aircross - 18,6%
10- Mitsubishi L200 Triton - 16%
Na hora da revenda, esses dados são apenas uma base. Outros fatores como procura na sua região e conservação farão a diferença.