Curitiba recebe monumento de 4 metros em homenagem à Santa Rita de Cássia
A apresentação da imagem aconteceu na última sexta-feira (21)
Dentro dos festejos de Santa Rita de Cássia – conhecida como a santa das causas impossíveis e considerada pelo Vaticano a terceira mais popular do mundo - o Santuário Santa Rita de Cássia [rua Padre Dehon, 728, no bairro Hauer, em Curitiba], inaugurou na sexta-feira (21) um monumento de 4 metros de altura em homenagem à sua padroeira.
A apresentação da imagem – que foi instalada num pedestal em frente ao Santuário - aconteceu após a celebração da missa e novena. A celebração e a inauguração foram transmitidas pelo Facebook (Facebook.com/staritactba).
O monumento - o maior de Santa Rita de Cássia na capital paranaense - foi adquirido com o apoio dos devotos e ficou aberto à visitação no sábado e domingo.
Feito em fibra de vidro e resistente às intempéries climáticas, a imagem que homenageia a padroeira foi realizada pelo artista plástico Luiz Carlos Brazzale e a equipe da Pietá – uma das maiores fabricantes de artefatos e arte sacra do país - que fica em Londrina-PR e atua há 30 anos no mercado.
Religiosidade e popularidade
A festa em honra à Santa Rita de Cássia – celebrada em 22 de maio - é um dos eventos mais tradicionais do bairro Hauer, uma vez que a devoção à santa está presente desde a chegada dos pioneiros colonizadores da região, em 1863.
O santuário recebe devotos de todo o Brasil ao longo do ano. “Muitos fiéis chegam para agradecer a intercessão de Santa Rita de Cássia junto a Deus. E é por isso que a igreja também está sempre florida, especialmente às quintas-feiras, quando temos os dias devocionais e as novenas. As flores representam gratidão”, explica o sacerdote.
O Santuário de Santa Rita de Cássia também é conhecido por manter, todas as quintas-feiras, uma novena perpétua em honra à padroeira às 9h, 16h e 19h. As celebrações das 9h e 19h são acompanhadas de missas.
De acordo com o Vaticano, atualmente Santa Rita de Cássia é considerada como a terceira santa mais popular do mundo.
História e vida de fé
Santa Rita nasceu na Itália, em 1381. Chamada Margherita, ganhou o carinhoso apelido de Rita com o qual seria conhecida no mundo todo, associado ao título de Santa das Causas Impossíveis.
Sua história de fé começa com um casamento contrariado. Conta a narrativa que para satisfazer ao gosto dos pais, a jovem casou com um homem temperamental com o qual teve dois filhos. Durante os 18 anos do matrimônio, ela procurou pregar a paz e a harmonia no lar e, à custa de muita oração, abrandou o temperamento forte do esposo chamado de Paulo Ferdinando.
Um dia, entretanto, seu marido foi brutalmente assassinado e jogado à beira de uma estrada. Na intenção de vingar a morte do pai, os dois filhos de Rita juraram fazer o mesmo com seus malfeitores. Para evitar que seus filhos fizessem o mal a terceiros, Rita pediu que Deus os protegesse e, se fosse o caso, levasse suas almas. E foi o que aconteceu. Os dois morreram, vítimas de uma doença sem cura, após perdoarem os criminosos que tanto odiavam.
Abalada com a morte do esposo e dos filhos, Rita desejou recolher-se ao Convento das Agostinianas de Cássia, mas não foi aceita. Com espírito fervoroso, rogou aos santos de sua devoção: São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolau de Tolentino. Ingressa no convento, viveu ali 14 anos até sua morte, trazendo na testa um estigma e associando-se assim a um dos momentos mais fortes da crença católica: a Paixão de Cristo.
Rita morreu no mosteiro de Cássia, em 22 de maio de 1457 e não foi sepultada; seu corpo ficou exposto no oratório até 1595, ocasião em que foi transferido para a igreja anexa ao mosteiro, hoje dedicada a ela. O seu corpo permanece intacto.
Foi canonizada em 1900 e, desde então, é modelo e amparo para milhares de pessoas, sendo considerada nos dias atuais como uma das santas mais populares do mundo.
Segundo o Papa João Paulo II, “Rita foi reconhecida ‘santa’ não tanto pela fama dos milagres que a devoção popular atribui à eficácia de sua intercessão junto de Deus todo-poderoso. Porém, muito mais pela sua assombrosa ‘normalidade’ da existência quotidiana, por ela vivida como esposa e mãe, depois como viúva e enfim como monja agostiniana”.
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