Da China aos EUA, os olhos voltam-se de novo para Curitiba
Inovar sempre foi uma característica de Curitiba. A cidade - que pensou uma urbanização de vanguarda em 1943 (com o Plano Agache, do francês Alfred Agache) e a modernizaria em 1965, com Jorge Wilheim - sempre esteve adiante com ideias que inovaram na mobilidade e na urbanização, sem contar no mundo acadêmico e tecnológico.
Esta visão de futuro, que atraiu por anos milhares de estudiosos e lideranças, está sendo resgatada. E Curitiba está fazendo com que o mundo volte seus olhos para cá, para capital da Luz dos Pinhais. A nossa capital passou por um período de penumbra, com a falta de criatividade e de falta de iniciativa e diplomacia da gestão anterior - agora está retomando com muito trabalho o espaço que sempre teve no cenário mundial.
O foco de vender Curitiba, seja para turismo, para atração de investimento ou pelas inovações de políticas urbanas, já resultou em oito novos acordos internacionais. Recebi, ainda, 81 delegações e comitivas internacionais. Foram também promovidos encontros e congressos, bem como ações para estreitar as relações comerciais.
Busquei também aproximar o corpo diplomático do município aos consulados e seus representantes na cidade. Como resultado imediato, garanti o apoio dos consulados ao Natal de Curitiba, reforçando, dessa maneira, a identidade cosmopolita e multiétnica de Curitiba. Dentre os projetos de diplomacia implantados, retomei ainda o diálogo com a Agência Brasileira de Cooperação do Itamaraty; assinei o protocolo de intenções entre a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e Curitiba; estabelecemos o Termo de Entendimento Suécia e Brasil – Agricultura Urbana; o Protocolo de Intenções Finlândia; o Protocolo de Intenções Columbus e o Protocolo de Intenções Orlando. Também realizamos, no âmbito do turismo, o evento Orlando Week: Turismo, aderimos ao projeto Mobilise Your City, e promovemos o Climate and Clean Air Coalition: Workshop e Consultoria, sem custo ao Município. Também realizamos um importante café da manhã com secretários municipais, oferecido pela Câmara de Comércio dos EUA – AMCHAM, e um encontro estratégico com o corpo consular de Curitiba.
Inaugurei, no Centro Cívico, a Praça da China onde instalamos no local a estátua do filósofo e pensador chinês, Confúcio, feita pelo artista Wu Weishan. A praça é uma homenagem aos nossos parceiros e remete à Bienal de Curitiba 2017, que homenageia, este ano, a China. A estátua de Confúcio é um presente recebido do governo chinês.
Nesses nove meses, tempo de uma gestação, em analogia, recebi delegações de diversos países. Entre eles: Japão, Qatar, Estados Unidos, Israel, Colômbia, Paraguai, Mongólia, Ucrânia, Finlândia, Itália, entre outras nações. Além de diplomatas, representantes de diversas delegações estiveram na Secretaria Municipal do Meio Ambiente, IPPUC, Vale do Pinhão e outros órgãos da Prefeitura de Curitiba para conhecer o nosso trabalho, identificar possíveis parcerias e realizar estudos sobre a cidade.
Além das ações consolidadas, temos outros tantos projetos em andamento. Ainda este ano, vou assinar o protocolo de intenções com a Agência Brasileira de Cooperação, acordo de cooperação entre instituições holandesas, também entre cidades da Europa e da América Latina. Com o Japão, devemos firmar uma nova parceria internacional com a agência Jica, para o desenvolvimento de novas tecnologias para geração de energia, promover a Maratona Internacional de Curitiba e receber os atletas de Columbus, estabelecendo, ainda, o projeto Embaixadores do Futuro. Há também, neste movimento de parcerias internacionais, o projeto de gestão integrada de resíduos sólidos urbanos, o projeto TOI Mayor’s Challenge, a promoção da Fira Barcelona e a candidatura de Curitiba ao Comitê Regional do ICLEI América do Sul. Na área cultural, esperamos receber também o ilustre conserto do pianista húngaro György. Todo esse movimento de internacionalização insere a cidade, mais uma vez, à agenda global das relações políticas e diplomáticas, abre as portas para a expansão de novas parcerias comerciais e oportunidades de negócios em âmbito global, além de reaquecer a economia e explorar o potencial econômico da capital paranaense, resgatando o protagonismo internacional da nossa amada Curitiba.
- Tags: arquitetura, curitiba, mobilidade, rafaelgreca, urbanização