Especialista financeiro dá dicas para entrar no azul em 2021
Educador financeiro Uesley Lima apresenta passos para sair do vermelho e ter o controle das finanças em 2021
Em janeiro de 2020, quando a Covid-19 ainda não era sequer conhecida pela grande maioria das pessoas, o Brasil já possuía mais de 61 milhões de endividados. Se não bastassem os problemas do dia a dia, a pandemia foi impactando profundamente tanto o bolso quanto a saúde das pessoas ao longo do ano.
O número de famílias com dívidas bateu recorde em abril, com o patamar de endividados atingindo sete a cada 10 brasileiros segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), maior número da série histórica desde 2010. Além disso, 80% das pessoas endividadas sofreram com impactos emocionais, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Diante de todo esse cenário e das incertezas por conta da Covid-19, uma grande dúvida fica aguardando resposta: é possível começar a se livrar das dívidas e alcançar o azul em 2021? O educador financeiro Uesley Lima apresenta 10 dicas para sair do endividamento e retomar o controle financeiro da sua vida no próximo ano:
1) Entender a realidade da sua situação financeira é o ponto de partida para regular despesas e fazer render o seu dinheiro. Afinal, não tem como se planejar sem conhecer a equação financeira da sua casa de quanto entra e quanto sai por mês.
2) Para isso, faça uma planilha de controle financeiro e preencha com as suas fontes de renda e com todos os seus gastos. Complete o documento com o seu salário ou outras receitas, assim como com as despesas com moradia, alimentação, transporte, lazer e dívidas. Quer um modelo para seguir? Envie um e-mail para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. que mandaremos uma planilha para você preencher.
3) Com base na planilha completa, é hora de fazer o seu diagnóstico financeiro. É o momento de fazer a conta de ganhos menos gastos para se ter a dimensão do fluxo do seu dinheiro. Se estiver no azul, ótimo, continue assim! Mas, se estiver no vermelho, não se desespere: você agora pode encarar a sua realidade financeira e planejar como contornar essa situação.
4) Com tudo mapeado, comece a classificar as dívidas, colocando prioridades nas dívidas que mais pesam no seu bolso e que estão te impedindo de chegar no sonhado azul. Lembre-se que os endividamentos principais são os do cartão de crédito e cheque especial, que possuem juros mais altos.
5) Depois de classificado, é hora de pagar ou renegociar as dívidas. Quitar as dívidas é a melhor solução, mas, na maioria dos casos, a estratégia que dá para fazer é renegociá-las. Procure o gerente do seu banco, ele provavelmente estará disposto a renegociar os valores, ou mesmo faça um empréstimo pessoas com juros menores, para priorizar o pagamento dos juros mais altos. Quando o 13º cair, resista a qualquer tentação de compra e tente se livrar das dívidas que mais pesam no seu bolso.
6) Depois da estratégia com as dívidas, é hora de focar na planilha para cortar gastos. Enquanto você ainda não consegue ter o padrão de vida que deseja e se manter no azul, elimine as despesas supérfluas ou não necessárias. Sim, é difícil, ainda mais com a quantidade de produtos e serviços que queremos adquirir, mas foque nas suas prioridades atuais. É um movimento a longo prazo: quanto tiver sua vida financeira controlada e saudável, você terá a oportunidade de comprar mais (e melhor) futuramente.
7) Depois de controladas, é essencial não fazer novas dívidas. Continue preenchendo sua planilha de finanças pessoais para não perder o controle do seu dinheiro. Quando chegar nessa etapa, você já vai ter completado a parte mais complicada, mas é igualmente difícil manter o processo e evitar retornar para o começo dessa lista. Reforçando: não perca o foco e não faça novas dívidas!
8) Depois de realizar todos esses passos, você vai começar a perceber que sobrará dinheiro no bolso no final do mês. Essa etapa é a confirmação do seu empenho, de que você não só conseguir contornar as dívidas como pode pensar em se planejar para investir. Procure estudar formas de aplicar e fazer render o seu dinheiro.
Se a poupança foi a primeira opção que veio à cabeça, o especialista reforça que existem alternativas mais atrativas para investimentos e com melhores retornos financeiros. “Para aqueles que buscam uma rentabilidade um pouco maior, aplicar na Bolsa de Valores é o caminho para o sucesso econômico”, pontua. Há 15 anos ensinando pessoas com e sem experiência a investirem no mercado financeiro, Lima fundou o Grupo The One e já ensinou mais de 5 mil brasileiros a operarem na Bolsa com a mesma facilidade com que se guarda dinheiro na poupança.
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