Grupo paranaense de refeições coletivas recicla mais de 84 toneladas de óleo vegetal ao ano
O consumo de óleos vegetais nas cozinhas é cada dia maior e, o que muitos nem imaginam, é que eles são os maiores poluidores de águas doces e salgadas. Para se ter uma ideia, apenas 1 litro de óleo pode contaminar mais de 1 milhão de litros de água. Por isso, os resíduos de gordura não podem ter como destino pias, bueiros ou ralos.
Segundo a Oil World o Brasil produz 9 bilhões de litros de óleos vegetais por ano. Desse volume, 1/3 vai para óleos comestíveis, ficando o consumo per capita em torno de 20 litros/ano, resultando numa produção anual de 3 bilhões de litros de óleo. Se levarmos em conta o montante coletado de óleos vegetais utilizados, temos menos de 1% do total produzido. Ou seja, mais de 200 milhões de litros de óleo usados por mês acaba tendo como destino rios e lagos.
É por isso que cada vez maislanchonetes, restaurantes e cozinhas industrias investem na coleta e reciclagem do óleo utilizado. No Grupo Risotolândia, que produz diariamente mais de 550 mil refeições, o óleo utilizado é armazenado em bombonas plásticas e coletado por uma empresa especializada. Depois, é feita a retirada de impurezas (restos de comida, farinha e água) e o produto é enviado para produção de biodiesel, tintas e cosméticos.
“Atualmente 99,9% da nossa demanda é destinada à produção de biodiesel, uma forma de energia limpa e renovável”, explica Gilberto de Cristo, coordenador de meio ambiente da Ambiental Santos. A empresa (licenciada pelos órgãos ambientes competentes) está há 20 anos no mercado, atende mais de 4 mil contratos no Paraná e Santa Catarina e tem capacidade para reciclar e armazenar até 1,000 mil toneladas de óleo ao mês.
Refeições Coletivas
Com produção diária de mais de meio milhão de refeições, o Grupo Risotolândia destina mensalmente 7 mil litros de resíduos de óleo à Ambiental Santos.“Nossa coleta é sempre planejada e agendada, de acordo com a demanda da nossa cozinha e os cardápios da semana. Somos muito rigorosos com o destino final de qualquer resíduo da nossa cozinha. Tudo por aqui é coletado, tratado e higienizado”, diz Claudileine Scarpa Gomes, supervisora de meio ambiente e conservação do Grupo.
Em casa, os consumidores também podem fazer sua parte. Após utilizar o óleo, basta esperar esfriar, embalar numa garrafa PET e colocar no PEV (Ponto de Entrega Voluntário) mais próximo de casa. “O descarte incorreto do óleo pode contaminar milhares de litros de água, sendo uma ameaça à população. Além disso, ele pode encarecer o tratamento da água nas cidades, tornando-se um grande problema de gestão pública”, finaliza Gilberto.
Site: www.risotolandia.com.br