Halloween: o dia ‘gringo’ de pregar sustos faz sucesso por aqui
“Travessuras ou gostosuras?” Você com certeza já ouviu, em algum filme ou seriado hollywoodiano, essa pergunta sendo feita por crianças fantasiadas de mortos-vivos, monstros, fantasmas ou bruxas, que batem de porta em porta na vizinhança atrás de guloseimas, prontas a fazer uma traquinagem no caso de não serem atendidas. Nos Estados Unidos, essa uma das principais brincadeiras da festa de Halloween, que acontece sempre na noite do dia 31 de outubro. Mas a celebração, muito popular no hemisfério norte, se espalhou pelo resto do mundo, e chegou também ao Brasil. Aqui, damos dicas para as comemorações das casas em Curitiba ficarem ainda mais assustadoras e divertidas. Se você mora em casas em condomínios fechados, é bom reunir os vizinhos e deixar tudo mais alegre e sinistro. Quanto mais gente, mais sustos e pegadinhas.
Apesar de a festa parecer em um primeiro momento agourenta, ela é na verdade feita para ser engraçada, uma paródia do sobrenatural. É uma comemoração para as famílias, que agrada principalmente as crianças. Os pequenos ficam livres para soltar a imaginação, se fantasiar, comer doces e, quem sabe, ir para a cama mais tarde.
No início, uma festa para celebrar a abundância
O Halloween tem origem em um antigo festival celta, o Samhain, que na língua local significava “fim do verão”. O Samhain era uma homenagem ao “Rei dos Mortos” na mitologia daqueles povos, mas também celebrava a abundância de comida à disposição após a época de colheitas.
No decorrer dos séculos, as festividades foram absorvidas pela Igreja Católica. Mudou-se a data do Dia de Todos os Santos, até então comemorado em 13 de maio, para o dia 1º de novembro. Assim, a Igreja misturou uma tradição considerada pagã aos rituais cristãos.
Comer sempre foi uma parte importante da festa. No princípio, as crianças iam de porta em porta cantando rimas ou dizendo orações aos mortos. Em troca, ganhavam pedaços de bolo.
Os celtas usavam fantasias assustadoras para que os espíritos que estivessem vagando por aí nos dias de festival não os reconhecessem, e assim os vivos não fossem importunados por eles.
O Halloween chegou aos Estados Unidos no fim do século XIX, levado por imigrantes irlandeses. Os americanos deram toque que deixou a data nos moldes que conhecemos hoje. É uma ocasião também muito importante em países como o Canadá e o Reino Unido.
No Brasil, o Dia das Bruxas
Por aqui, convencionou-se chamar o Halloween de Dia das Bruxas. A festa não era muito popular fora do mundo anglo-saxão, mas começou a se espalhar no Brasil por meio das escolas de idiomas, que promoviam atividades voltadas à cultura dos países de língua inglesa. A partir daí, o entusiasmo das crianças pelos temas simpaticamente assustadores tratou de levar a celebração para casas e condomínios.
Além das comidas, fantasias e decorações “horripilantes”, uma dica é programar a projeção de famosos filmes de terror durante a festa. Você não precisa nem se preocupar em escolher. Canais de televisão costumam agendar maratonas dessas obras “do mal” na noite do dia 31.
Sangue de framboesa: comidas gostosas e assustadoras
A comida da festa precisa ser, sem dúvida, saborosa. Mas, afinal de contas, é Dia das Bruxas, então ninguém vai reclamar se ela também dar medinho e ajudar na decoração.
Já pensou em fazer um bolo com cobertura de sangue de framboesa? Se você quiser, pode também moldar cacos de vidro de açúcar para dar ao confeito a impressão de perigo.
Cachorros-quentes com salsichas imitando dedos são outra boa pedida. É só cozinhar a salsicha e depois fazer pequenos cortes para imitar as ruguinhas das articulações. Use pedacinhos de cebola nas pontas, como se fossem unhas. O efeito no meio pão, com ketchup à guisa de sangue, é assombroso.
Para dar um ar jovialmente psicopata à sua festa, coloque os shots de bebida em seringas (novas, por favor). O efeito fica melhor se os líquidos tiverem corante vermelho.
O ‘bolinho de cérebro’ também é rápido e fácil. Você pode usar a sua própria receita de cupcake ou comprá-los prontos. Feito isso, misture chantilly com algumas gotas de corante comestível laranja ou marrom. Coloque o mix em um saco plástico grosso, corte uma das pontas e, como um confeiteiro, decore os bolinhos fazendo ziguezagues que imitam as curvinhas do cérebro que estamos acostumados a ver em desenhos infantis.
‘Buuu’: capriche na fantasia
As fantasias são o ponto alto da festa de Dia das Bruxas. Você pode escolher entre uma vasta gama de personagens assustadores: mortos-vivos, múmias, fantasmas, bruxas, vampiros, lobisomens, esqueletos e diversos outros monstros. É importante caprichar na indumentária, já que ela é a alma da festa, e com certeza vai animar as conversas dos participantes. Carregue na maquiagem.
Há lojas especializadas que alugam esse tipo de fantasia para festas. Elas não são difíceis de encontrar. Mas, se quiser, você pode improvisar com o que tem em casa. Não é difícil fazer uma vestimenta de múmia, por exemplo, com bandagens. Outra possibilidade é fuçar o baú da sua avó: lá, saias, meias e casaquinhos antigos, bem combinados, podem ser tudo o que você precisa para vestir uma bruxa. Depois, é só encontrar um chapéu pontudo e usar massinha para simular uma verruga no nariz.
Não esqueça de outra fantasia: a da casa. A decoração é importante para colocar todo mundo no clima. Uma coisa que não pode faltar é a tradicional lanterna de abóbora esculpida. Com certeza você já viu uma em algum filme.
Com pratos descartáveis e papel crepom branco cortado em tiras, é possível confeccionar fantasminhas para pendurar pelo ambiente. Use canetinha preta para desenhar olhos e bocas.
Em cartolina preta, você pode recortar aranhas e morcegos. Aposte nas combinações de preto, laranja e roxo. Não tem erro.
Com essas dicas, a sua festa de Halloween, seja em casas ou em condomínios fechados de Curitiba, tem tudo para ser horripilante e divertida. Aproveite o Dia das Bruxas, mas tente não matar ninguém do coração.
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