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Jul08

Os caminhos de um cientista

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Em 1984 nascia, no interior de São Paulo, um garoto de uma família de classe média, para a qual a Universidade Estadual Paulista (UNESP) não passava de um local que fornecia água mineral de graça.

O garoto cresce e, trabalhando com informática de dia, estuda à noite. Certo dia, a professora de matemática do último ano do ensino médio explica à classe que, mesmo sem dinheiro para prosseguir os estudos, aqueles que assim o desejassem poderiam ter acesso à educação superior por meio das universidades públicas. (Uma consideração: uma breve conversa em meio à agitação dos alunos plantou a semente capaz de mudar uma vida). Além das bicas de água pura, a universidade poderia oferecer ao jovem a chance de se dedicar aos estudos integralmente e perseguir seu sonho de ensinar e pesquisar.

Após dois anos de licenciatura em matemática, outro mestre transforma a vida do rapaz, fazendo-o enxergar que sua vocação é outra: a ciência da computação. Quando se forma, ainda que já tenha algumas ofertas de emprego, ele se inscreve em diversos programas de pós-graduação e acaba indo para a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde irá desenvolver uma pesquisa voltada para processadores. (Uma explicação: no Brasil, é uma área considerada como ciência básica, pois suas pesquisas não serão vistas pela sociedade, pelo menos não diretamente. O aprimoramento de processador só será notado se uma indústria adotar a técnica nova.)

Com bastante frio mas de coração aquecido, em 2006 o pós-graduando inicia seu mestrado na capital gaúcha, depois do qual faz o doutorado. A vida de um aluno de mestrado ou doutorado exige muita dedicação, são horas de leitura e elaboração de artigos, dias pensando e testando hipóteses. Não é fácil para quem depende de uma bolsa do governo, que teve seu valor atualizado pela última vez em 2013. (Uma reflexão: a jornada de um cientista é longa, requer um fluxo de nutrientes que exigem um tempo até que se criem raízes e se desenvolva um tronco forte, apto a frutificar.)

No final do doutorado, o pesquisador se vê diante de uma encruzilhada: lecionar em universidades particulares ou investir mais tempo e dedicação para pleitear um posto de professor e pesquisador em uma universidade pública. Tendo feito dois anos de pós-doutorado na UFRGS, em 2016 ele passa num concurso e ingressa na Universidade Federal do Paraná, na capital do estado, como professor e pesquisador. 

Com essa mudança, o recém-professor começa a se dividir entre as atividades de ensino, pesquisa e extensão. Acostumado a pesquisar no âmbito de grupos já consolidados, seu desafio agora é conseguir recursos para seguir desenvolvendo suas próprias pesquisas, contribuindo com a formação de novos alunos. 

Muitos pesquisadores são levados a se afastar de seus projetos nesse momento, pois, se os recursos já são escassos de modo geral, eles praticamente inexistem para dar respaldo à pesquisa de jovens cientistas. Outros migram para centros de pesquisa no exterior, com a esperança de um dia voltar a fazer ciência em seu país natal. Quando um pesquisador migra ou reduz seu ritmo de pesquisa, é como se anos de investimento público fossem desperdiçados. Faz sentido cortar uma árvore logo quando ela começa a dar frutos? 

O jovem pesquisador, porém, encontrou um desfecho diferente para a sua formação. Após enviar diversos projetos a variados órgãos de fomento, em 2018 ele recebeu um apoio de 100 mil reais para dar prosseguimento a sua pesquisa e, no ano seguinte, é agraciado com novo aporte, dessa vez no valor de 1 milhão de reais. Dinheiro privado, vindo do Instituto Serrapilheira. Destinado a uma pesquisa de base, ou seja, sem retorno direto visível. 

O valor recebido será integralmente usado para formar futuros pesquisadores. O jovem pesquisador consegue assim apoiar outros cientistas em desenvolvimento, criando uma rede de jovens que serão os futuros pesquisadores da universidade e da indústria.

Marco Antônio Zanata - Foto: Divulgação Instituto Serrapilheira
Marco Antônio Zanata - Foto: Divulgação Instituto Serrapilheira
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Blog da Bebel

São José dos Pinhais recebe espetáculo teatral sobre os desafios da escolha da profissão  

O espetáculo teatral “É Agora!3” chega em junho a São José dos Pinhais. As sessões ocorrem na quinta-feira (5/6), às 8h30 e 10h30, no Colégio Estadual Tiradentes, e na sexta-feira (6/6), às 8h30 e 11h10, no Colégio Estadual Tarsila do Amaral. As apresentações são gratuitas e contam com intérprete de Libras e acessibilidade física e de conteúdo. Com duração de aproximadamente uma hora, a peça leva os alunos do Ensino Médio da rede pública a refletir de forma leve e divertida sobre os desafios da escolha da profissão.

 

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Cultura tangueira é apresentada em projeto de Samara Sfair em Curitiba

A expressiva arte do tango ganha destaque na Mostra Solar, na Casa Hoffmann, com o projeto inovador “Tango: a arte de não estar só”, idealizado pela produtora cultural, dançarina e educadora curitibana Samara Sfair. O público terá a oportunidade de vivenciar duas apresentações interativas e gratuitas nos dias 22 e 31 de maio, sempre às 19h30, com a participação especial do renomado dançarino curitibano Julian Cazuni. As performances prometem envolver a plateia em uma experiência única, apresentando uma coreografia original que narra a história de um casal ao longo de cinco músicas.

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O curitibano Alexandre França retorna aos palcos da capital após 6 anos

Um dos nomes de destaque da cena de compositores da cidade, Alexandre França volta aos palcos da cidade para uma única apresentação no Wonka bar, dia 15 (terça), após um hiato de seis anos, dentro do projeto Porão Loquax. No show, França vai mostrar seu repertório novo, misturado à alguns clássicos de seu repertório, como “Inverno” e “Mercadoramama”. Ao seu lado no palco estarão os músicos Mauro Castilhos (percussão), Cláudio Rombauer (baixo) e Gilson Fukushima (guitarras), além da participação especial de Nati Bermúdez.

 

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Flagrantes do Mundo Jurídico

Perdi Minha Mulher!

Você gosta de viajar? E quem não gosta, hein? Viajar é uma das melhores coisas da vida — claro, estou falando de viagens de turismo, férias, descanso. Não importa quando ou para onde. Porque viajar a trabalho, para cumprir compromissos ou reuniões, é chato e enfadonho. Sempre que faço uma viagem aérea, penso na tripulação da aeronave. Todos eles estão ali viajando a trabalho, dia após dia, em uma rotina que, imagino, não deve ser nada agradável.

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Na Cova da Indecência

É impressionante a queda moral de certos indivíduos que ocupam cargos públicos eletivos (ou não), quando teimam em fazer atos arbitrários, faltar com o decoro, primar pela incoerência e colocar as mãos no jarro do Tesouro ou no bolso alheio. Passou o tempo em que os indivíduos falavam baixinho, a palavra empenhada valia, o nome de família era patrimônio, o respeito pelos bens alheios era sagrado, e o trabalho sempre desempenhado com zelo e dedicação.

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Cheguei de Corinthiana

Guardo na memória boas lembranças da minha vida de Promotor de Justiça, principalmente dos tempos em que, por força da carreira, ainda morava no interior do estado — primeiro sozinho, quando solteiro, depois com a família, em cidades que marcaram nossas vidas. Fui titular da Promotoria de Justiça da Comarca de Siqueira Campos, região conhecida como Norte Velho, cuja estrada de rodagem, na época, era de macadame: estreita, perigosa; quando chovia, tornava-se barrenta e lisa, e quando fazia sol, levantava uma nuvem de pó vermelho. Saindo de Curitiba, o roteiro percorrido passava por Campo Largo, Ponta Grossa — onde terminava o asfalto — depois vinha Carambeí, Castro, Piraí do Sul, Jaguariaíva, Arapoti, Wenceslau Brás, e então se chegava a Siqueira Campos.

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No balcão sem frescura

Não poderia ser outro!

 Nunca duvidei desde muito tempo que o tal do Dino seria indicado pelo Luiz Ignácio  como candidato ao STF na vaga da Rosa Weber; e a previsão se confirmou

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Italianos e o Churrasco...

Quando criança, íamos passar o final de semana na chácara em São Luiz do Purunã. Me recordo de acordar aos domingos com o sino da igreja soando de maneira extremamente delicada, é algo que até hoje tem um significado

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Festival de Petisco em bares de Curitiba

Os amantes das comidas típicas de bares assim como eu, poderão se deliciar com o 1º Festival de Petisco de Curitiba

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Mamãe, eu quero!

Concerto de Natal beneficente terá entrada gratuita no Teatro Positivo

Apresentação adiciona tecnologia e interatividade a espetáculo de música e dança

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Beakman é presença confirmada no Geek City

Atração promete trazer muita nostalgia e ciência para o evento

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Espetáculo inovador de teatro ilusionista no Ave Lola

O público paga quando quiser no ingresso, ao final do espetáculo

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Cada vez mais as road trips são um novo segmento de destaque entre os Brasileiros. O resgate de viajar de carro é poder explorar e conhecer sem pressa os encantos de cada região

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Sim, a notícia mais comentada da semana no setor de Turismo, depois das Olimpíadas, foi a divulgação da companhia aérea holandesa KLM que a partir de agosto, passará a servir chope de barril em seus voos

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