Polvo Labs orienta como escolher a melhor tecnologia para desenvolver projetos
A escolha da tecnologia é sempre um desafio para o desenvolvimento de um determinado projeto. As equipes de web, por exemplo, devem ser capazes de se adaptar e abraçar outras tecnologias. O ponto crucial é adotar a melhor tecnologia para se obter os melhores resultados. Israel Marín, coordenador da Polvo Labs, braço de desenvolvimento do Grupo Polvo, acredita que o mercado exige esse perfil profissional, acrescentando que é bom se especializar em uma linguagem e chegar ao “nível ninja”, mas também é necessário ter uma mente aberta para explorar novas possibilidades.
Como não existe nenhuma tecnologia superior a outra e tudo depende de cada situação, os profissionais devem considerar as variáveis específicas do projeto, ensina Marín. Segundo ele, na etapa do desenvolvimento, é aconselhável levar em conta variáveis como: prazo de entrega, número de pessoas, capacidade técnica da equipe, servidor onde o projeto será hospedado e integrações com outros serviços ou tecnologias diferentes. “Cada projeto é completamente diferente do outro e essas variáveis enumeradas devem ser bem estudadas e analisadas por todos os envolvidos para se obter a escolha certa”, pontua Israel Marín.
Necessidade específica
Outro fator apontado por Marín é entender a limitação das tecnologias consideradas e utilizar o melhor de cada uma. “Não precisamos nos limitar a apenas uma tecnologia. Podemos combinar várias que se adaptem melhor a diferentes e específicas funcionalidades e requisitos do projeto em questão”, coloca. Ele também destaca que já conheceu ótimos projetos desenvolvidos a partir de uma mistura de Wordpress (PHP), Django (Python) e NodeJS (Javascript). “Neste caso, as tecnologias, framework ou linguagem de desenvolvimento, foram aplicadas para responder a uma necessidade específica num determinado contexto, visando oferecer a melhor experiência, resposta e performance ao cliente”, observa.
A manutenção e a escalabilidade do projeto são tópicos significativos e devem ser avaliados na escolha da tecnologia. “Às vezes, os desenvolvedores encontram na internet uma biblioteca legal e, que naquele momento, responde perfeitamente às necessidades do projeto, mas com grandes possibilidades de um dia ficar sem o suporte necessário”, alerta Marín. A mesma situação acontece com frameworks lançados no mercado todos os dias. “É importante sempre investigar e analisar o suporte e a comunidade por trás de qualquer ferramenta ou tecnologia para evitar problemas sérios no futuro”, aconselha. Por essas razões, ele também alerta que a manutenção, sustentabilidade e escalabilidade do projeto devem ganhar uma atenção muito especial na hora das análises prévias para a escolha das ferramentas, tecnologia, linguagens ou frameworks que serão usados no projeto.
Mantenha-se atualizado
O coordenador da Polvo Labs acentua que os desenvolvedores de projetos devem se manter sempre atualizados. “A exigência de reciclagem de conhecimentos é constante. Não podemos nos apegar a algo que aprendemos há ano, por exemplo, porque possivelmente isso já não serve mais hoje em dia. Ou, se serve, já não tem a performance que tinha um tempo atrás”, esclarece.
Por outro lado, Marín percebe que colocar em prática novos conhecimentos representa um risco muito grande. E verifica que os projetos menores são ideais para realizar experimentos e assumir mais riscos. “E, dependendo da experiência, podemos avaliar o desempenho dessas novas práticas, tecnologias ou frameworks em projetos maiores sem comprometer prazos ou a qualidade da entrega”.
Variável humana
Marín ressalta que a escolha da equipe certa para o projeto certo é essencial. “Os profissionais têm estágios diferentes de conhecimentos e rendimento, e é muito importante conhecer detalhadamente a capacidade técnica e humana de cada um antes de decidir quem vai para qual projeto”, afirma. “As pessoas possuem uma infinidade de variáveis. Algumas têm um rendimento maior quando trabalham sem pressão, outras já se sentem motivadas por grandes desafios”, constata. E salienta que, com certeza, esses fatores, habilidades ou variáveis dos integrantes da equipe afetarão o resultado final do trabalho. “Conhecer bem a fundo a variável humana e considerar até onde cada um consegue chegar é fundamental”.
Por fim, a escolha da tecnologia ideal é a decisão mais importante de todo o processo. “Vale investir algumas horas estudando qual é a demanda, quais são os objetivos e o que as tecnologias existentes têm de melhor a oferecer para a funcionalidade que precisamos desenvolver”, conclui Marín.