Pedra nos rins é mais comum em homens em idade produtiva
A litíase urinária, também conhecida como cálculo urinário ou pedra no rim acomete cerca de 7% dos brasileiros e sua incidência é mais comum em homens na faixa etária entre 20 e 50 anos. “A cada 100 homens, 20 terão o problema. Já entre as mulheres, o número cai para 10 casos a cada 100”, relata o urologista Dr. Paulo de Almeida Rocha, do Hospital VITA.
O cálculo renal surge do acúmulo de amônia, cálcio, magnésio, minerais, proteínas, vitaminas, oxalatos, cistina ou ácido úrico nos rins, na bexiga ou nos ureteres – canais que ligam os dois órgãos. O problema pode ocorrer de forma isolada ou em grande número, apresentando-se em tamanhos que variam de 1 mm (equivalente a um grão de areia) até vários centímetros.
O médico explica que só quem passou pelo problema consegue dimensionar o sofrimento, que segundo relato de pacientes, pode ser comparado à dor do parto. Mas de acordo com o urologista, o cálculo renal pode ser tratado de maneira rápida e praticamente indolor por meio da Litotripsia Extracorpórea por Ondas de Choque (LECO). Trata-se de um método não invasivo - o único contato que há com o paciente é o gel, o mesmo utilizado para fazer um exame de ultrassonografia - no qual ondas de choque são geradas a partir de uma fonte externa de energia e propagadas no interior do corpo até a fragmentação do cálculo.
No procedimento, que dura cerca de 45 minutos, não há necessidade de anestesia e a sedação é raramente necessária, assim como a sondagem e a internação. A intervenção pode ser realizada em pacientes com cálculo urinário de todas as idades, inclusive em crianças e idosos. “Para os casos que não há indicação da LECO e necessitem tratamento cirúrgico, como os cálculos grandes ou muito rígidos (cistina), é possível utilizar um equipamento de laser, que permite a rápida e precisa fragmentação, sob visão direta do cirurgião”, explica o urologista.
Além disso, o aparelho possui o que há de mais moderno em tecnologia de RX e qualidade de ecografia (ultrassom), métodos de imagem que trabalham integrados para aumentar a eficiência e precisão do tratamento, com posicionamento a laser, sendo capaz de localizar o cálculo em praticamente qualquer altura do sistema urinário, desde os rins e uretéres até a bexiga.
O serviço de Litotripsia do VITA tem Corpo Clínico aberto, isto é, pode ser utilizado mesmo por urologistas que não façam parte da equipe médica do Hospital, os quais podem acompanhar seus pacientes durante o procedimento. “O mesmo equipamento pode ser utilizado por ortopedistas (ortotripsia) para tratar algumas doenças ortopédicas, como as tendinites calcificadas de ombro, cotovelo, quadril e do pé (conhecida como ‘esporão do calcâneo’), trazendo melhora das dores e dos movimentos, de forma duradoura", acrescenta o médico.
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