Peça teatral “Um Mundo Para Todo Mundo” promove inclusão social
Peter tem 10 anos de idade e aprende a ver o mundo através dos olhos do seu coração. Com esta habilidade ele faz novos amigos e descobre que no mundo das diferenças existe um lado mágico e colorido. Peter é o personagem central da peça teatral “Um Mundo Para Todo Mundo”, que promove conscientização sobre inclusão social respeito ao próximo e às diferenças para crianças de escolas municipais de Curitiba entre 6 e 11 anos. O espetáculo é viabilizado pela Lei Rouanet do Ministério da Cultura, com patrocínio da ExxonMobil e conta com a chancela da UNILEHU - Universidade Livre para Eficiência Humana. Idealizado pelo dramaturgo Leandro Borgonha e pelo ator e produtor cultural Rafael Magaldi, o projeto está no seu segundo ano e planeja 46 apresentações gratuitas até o fim do ano, totalizando 100 apresentações em 2016 para mais de 10 mil crianças. Em 2015, outros 10 mil jovens foram beneficiados.
Peter é interpretado por Magaldi, ator principal da peça. Ele contracena com bonecos que ganham vida por meio da manipulação de Borgonha – cada um deles apresenta algum tipo de deficiência. Oliver é deficiente visual e ensina Peter a enxergar com outros olhos. O rei Meritório II, deficiente físico, transmite um senso de humor excêntrico e incessante. O boneco Giglio é deficiente auditivo, mas impressiona pela sua expressividade, e Beni, que é deficiente intelectual, conquista Peter com o encanto da pureza de seu espírito infantil.
Segundo Leandro Borgonha, os Jogos Paralímpicos Rio 2016 contribuiram muito para conscientizar as pessoas sobre temática do projeto. “As paralimpíadas ilustraram perfeitamente os valores que buscamos disseminar através da arte. A inclusão social é um caminho de estímulo para estes heróis da superação, que merecem todo nosso respeito e carinho. Deficiências físicas são apenas um detalhe”.
Para Rafael Magaldi, inclusão social é um tema distante para a maioria das crianças por não fazer parte da rotina delas. Por isso a peça aposta também na encenação de situações práticas do dia a dia. “Demonstramos como as crianças podem ajudar deficientes físicos em situações corriqueiras, como por exemplo conduzir um deficiente visual para atravessar a rua ou abaixar-se para conversar com um cadeirante. Acreditamos que a prática auxilia a assimilação dos pequenos sobre o assunto”.
A peça teatral já foi apresentada para diferentes turmas de nove escolas de Curitiba em 2016. O texto foi escrito por Rafael Magaldi e Leandro Borgonha, com parceria da UNILEHU e coautoria Betina Schlemer. A realização é da Língua Produções Culturais, da UNILEHU e da da companhia de teatro Gepeto Bonecos e Histórias.